- Este caso da Brita Rodovias é inédito na história das
concessões de rodovias estaduais no RS. A nota da empresa, apesar do tom
cuidadoso com que foi redigida, faz pelo menos duas colocações com alto teor
político, ambas com capacidade de colocar o governo do PT no canto do ringue:
1) A
concessionária não aceita a posição da Agergs, que costuma ser pautada pelo
governo de plantão. É de seu poder discricionário fazer isto. A empresa
considerou a decisão um pega ratão esperto e não fará o jogo do Piratini.
2) A
concessionária avisa que o governo pediu para que a empresa fizesse obras na
rodovia, dado sua pobreza de caixa e sua incapacidade de gerir rapidamente uma
crise, mas que agora nega-se a pagar o que deve, pretendendo aplicar um calote
desavergonhado no credor.
Leia mais (o editor já tinha tratado do assunto na
sexta-feira, conforme nota abaixo):
Na sexta-feira (22), a Brita Rodovias S/A decidiu manter
o valor do pedágio da ERS-115. Na tarde de quinta-feira (21), após reunião do
Conselho Superior da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos
Delegados do RS (Agergs), foi definido que o valor do pedágio da ERS-115 seria
reajustado para R$ 8,30.O aumento, que entraria em vigor após a decisão ser
publicada no Diário Oficial do Estado, teria como objetivo ressarcir a Brita
Rodovias - concessionária que administra a rodovia, por gastos que teve durante
a realização de uma obra de contenção no Km 28 - após um deslizamento ocorrido
em 2011. Segundo uma nota divulgada pela concessionária, na sexta-feira, o
reajuste de R$ 0,40 proposto pelo Conselho Superior da Agergs, não iria lhes
dar reequilíbrio financeiro. Como o trecho era, anteriormente, administrado pelo
Estado, a Brita Rodovias deverá cobrar na Justiça os valores investidos na obra
e manter a tarifa atual das praças do polo de Gramado - no valor de R$ 7,90.
Um comentário:
Se não aceitou o aumento é por conta e risco e deve arcar com as consequencias.
Quem não utiliza aquela rodovia ou sequer tem carro, não tem que pagar por quem passa todos os dias naquele pedágio, ou seja, se for o governo estadual que tem de bancar os custos, significa dizer que é toda a população do RS.
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