* Clipping Marina Falcão | Valor
A fabricante da calçados Vulcabras,
dona da marca Olympikus e Azaleia, anunciou hoje que vai encerrar as atividades
de 12 unidades industriais de dez filiais de sua subsidiária na Bahia. De acordo
com comunicado da empresa, essas unidades ficam nos municípios de Caatiba,
Firmino Alves, Itambé, Itapetinga (com exceção da matriz), Itororó e Macarani.A
companhia disse que está oferecendo um programa de benefícios compensatórios aos
empregados diretamente atingidos, após negociação prévia com o sindicato da
categoria.O enxugamento da operação na Bahia faz parte de um plano de
racionalização e centralização das atividades da empresa no Estado. “Os custos
associados a esse plano serão refletidos nas demonstrações financeiras da
companhia”, disse a Vulcabras, por comunicado aos investidores.
A
atividade fabril na Bahia ficará concentrada no município de Itapetinga, onde
fica a matriz da subsidiária da companhia no Estado.A Vulcabras afirmou que
“simplificará a complexidade de sua gestão operacional e administrativa, assim
como os fluxos logísticos, buscando tornar-se viável novamente”.Ainda segundo a
companhia, os sucessivos e elevados prejuízos que vem apresentando são
“decorrência do aumento da competição, causado pela excessiva entrada de
produtos importados a preços muito baixos, não compatíveis com a estrutura de
custos da empresa na Bahia”.
Um ano atrás, a Vulcabras já tinha fechado
seis filiais no Estado. Na época, a companhia disse que iria manter a atividade
das doze demais filiais no Estado.Este ano, a Vulcabras negociou um aporte com
fundo de investimentos Pátria, mas o plano de capitalização não se concretizou.A
companhia passou recentemente por mudanças na sua gestão. Em julho, o então
presidente Milton Cardoso, que estava no cargo há 15 anos, foi substituído por
Pedro Gredene, que faz parte da família controladora do negócio.
Três
meses depois, Grendene assumiu também o cargo de diretor financeiro e de
relações com investidores da empresa, no lugar de Edivaldo Rogério de Brito. Nos
nove primeiros meses deste ano, a Vulcabras acumula prejuízo de R$ 232,5
milhões, alta de 58% em relação a perda registrada no mesmo período de 2011. A
receita líquida, na mesma comparação, avançou 10,7%, para R$ 413,15 milhões.
2 comentários:
Já previ isso no ano passado. É necessário, sim, desativar essas (e também outras) operações. Não é viável esse segmento industrial no Brasil (produção de calçados esportivos em grande escala), tendo como competidor os países da Ásia. As barreiras tarifárias não causaram o impacto imaginado. Ratifico novamente: vão fechar muitas empresas ainda, até que tenhamos (isso se viermos a ter) uma "luz no fim do túnel".
Com certeza esta reestruturação é necessária para que a Vulcabras/Azaleia retome o caminho do crescimento. Não há cura sem dor. Após este processo de readequação de operação e custos, é necessário uma ênfase na linha de produtos, voltar a "acertar a mão" no que o consumidor, principalmente no segmento esportivo, via Olimpykus, busca.
Passado este momento, e as coisas caminhando com este foco, certamente a ação (vulc3) terá condições de retornar aos patamares de 2010, algo por volta de 6 ou 7 reais.
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