Uma videoconferência entre Washington e Porto Alegre selou nesta quinta-feira o pacto fechado entre o Banco Mundial e o governo do RS, quatro horas depois que a diretoria do BIRD anunciou a concessão de um inédito empréstimo de US$ 1,1 bilhão ao Estado.
. Yeda Crusius foi avisada pelo diretor John Briscoe da novidade, pouco antes do meio dia. Em seguida, ela recebeu um telefonema de felicitações do ministro da Fazenda do governo do PT, Guido Mantega. É a primeira vez que o BIRD concede empréstimo tão grande para qualquer ente público da América Latina, incluindo-se aí os governos federais.
. Mais do que o valor, cresce de importância a prova de confiança concedida pelo Banco Mundial ao novo governo, notícia tão importante ou mais do que o espetacular lançamento de ações feito globalmente no ano passado pelo Banrisul.
. As portas do mercado financeiro se abrem para o governo estadual.
. Com o dinheiro, o governo gaúcho repactuará parte da sua monumental dívida pública de R$ 33 bilhões, em condições muito melhores. Terá mais prazo e sobrará mais dinheiro – um fôlego vital para ajustar as contas públicas estaduais, dilaceradas há 30 anos por um sucessivo e crescente déficit orçamentário de caráter estrutural, que imobiliza o RS. O dinheiro ajudará a desatar este nó ao final deste ano, um ano antes do prazo prometido por Yeda. Isto é algo que jamais foi tentado e obtido por qualquer governo do RS. A partir do ano que vem o setor público estadual terá zerado seu déficit estrutural e voltará a investir.
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