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O Tribunal de Contas da União (TCU) está apurando irregularidades e ilicitudes em cima das denúncias contidas no voto do ministro José Múcio Monteiro, no qual ele aponta
que as manobras que a equipe econômica do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega
fez em 2013 e 2014, batizadas como "pedaladas fiscais", feriram a Lei
de Responsabilidade Fiscal (LRF). Agora, Múcio tem permissão para ouvir cerca
de 17 autoridades econômicas que trabalharam para Dilma Rousseff (PT) nos
últimos dois anos, para dar continuidade às investigações sobre o caso.
Entre os possíveis convocados pelo ministro do TCU estão
o ex-chefe do Tesouro Nacional, Arno Augustin, Mantega, e o então presidente do
Banco Central, Alexandre Tombini. De acordo com O Globo, os ex-presidentes de Caixa, Jorge Hereda, e Banco do Brasil, Aldemir Bendine (atual presidente da Petrobras), também serão ouvidos pelo TCU, assim como Luciano Coutinho, do BNDESA investigação gira em torno de atrasos nos
repasses de recursos a bancos públicos, o que ficou caracterizado como
empréstimo, já que as entidades tiveram de arcar com algumas despesas do
Tesouro. A Caixa Econômica Federal, por exemplo, teve de fazer os pagamentos do
programa Bolsa Família, para depois ser "ressarcido". Essa manobra,
em tese, é vedada pela LRF.
"Um banco público não pode emprestar dinheiro ao
governo, e de certa forma foi emprestado", disse o ministro do TCU.