Artoigo, Fernão Lara Mesquita, Estadão - Os caminhoneiros e a dependência em rede


Ilustração do blog Vespeiro.

Para quem lê este país pela imprensa e pela televisão – e é assim, ainda, que todo país vê sua “persona” institucional porque não ha outra maneira de faze-lo – nada parece fazer sentido. Essa perplexidade é que explica a balburdia das redes. Mas quando se põe o pano de fundo real em tela tudo se torna crua e perfeitamente lógico.

Há um pacto de silêncio em torno da reforma de emergência que se faz necessária no Brasil que atravessa os dois polos ideológicos e “irmana” todos os partidos. E a imprensa tem feito menos do que deveria para expô-lo. Faz todo sentido essa barreira de silêncio porque, situação ou oposicão de turno, as chamadas “fontes” do debate nacional são os poderes estabelecidos e essa reforma, uma vez posta para andar, ou vai à questão de fato e muda definitivamente o poder de dono no Brasil, ou continua dando um passo para a frente e dois para traz como vem acontecendo desde o minuto seguinte à proclamação da república que nós nunca instituimos de fato.

Continuamos feudais.


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