Artigo, Ligia Bahia, O Globo- Saúde Fon-Fon

A autora, Ligia Bahia, é professora da UFRJ.

Exames, cirurgias, terapias, medicamentos não são acessórios tais como som, acesso à internet e tapetes para carros.

Equiparar seguro de saúde caro e com garantia de livre escolha a carro de luxo tornouse moda nos EUA durante os anos 1970, quando o sistema privado americano atingiu seu apogeu.

No governo Clinton, a expressão “plano Cadillac” retornou ao vocabulário, mas como problema a ser solucionado por uma reforma da saúde.

A metáfora, com sentido negativo, foi utilizada durante o debate e aprovação do Obamacare, que previu cobrar impostos de empresas e clientes de renda alta para financiar a expansão de cobertura.
Durante o processo de aprovação da legislação que regulamentou os planos de saúde, alguns empresários brasileiros, contrários à inclusão dos idosos nos contratos, diziam que os velhos eram carros batidos. Como a comparação pegou muito mal, foi substituída pela classe de passageiros no avião. Passaram a dizer que, independentemente do conforto da viagem, todos chegariam ao mesmo destino

A ideia de anciões avariados ficou intacta, mas o embarque seria admitido para aqueles que pagassem muito mais.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Acho que é a opinião de alguém desconectado da realidade economica. Coisa tipica de funcionario publico (nao todos)! Pena que poucos dao importancia a esse assunto. Vide a quantidade de comentarios.

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