Dilma peita STF, mantém Orçamento e tenta controlar reajustes em série

Clipping - O Estado de S.Paulo - 24 de setembro de 2011

Apesar de ter recebido um ofício em tom de intimação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, a presidente Dilma Rousseff decidiu que não vai refazer a proposta do Orçamento do ano que vem para incluir o reajuste salarial do Judiciário. O governo já sabe, porém, que o Congresso está disposto a aprovar o aumento, o que faz a equipe econômica temer pelo pior: que o reajuste desate reivindicações em série por aumentos em setores do funcionalismo que têm salários bem menores, como militares, Receita e da Polícia Federal.

O ofício de Peluso, encaminhado na quinta-feira da semana passada, pergunta se Dilma pretende incluir na proposta orçamentária para o próximo ano recursos para garantir os reajustes dos juízes e funcionários. Foi enviado um dia após a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, ter dito no Congresso que o governo não trabalha com a possibilidade de elevação das remunerações do Judiciário em 2012. O custo total do aumento do Judiciário é de R$ 8,350 bilhões. Isso faria com que os salários dos ministros do STF saltassem de R$ 26.723,13 para R$ 32 mil.

Depois de tirar do Orçamento o aumento pedido pelos juízes, o máximo que o Planalto aceitou, quando o Supremo reclamou do corte, foi enviar a proposta de reajuste para a Comissão Mista do Congresso. “Mas a proposta orçamentária oficial, a que o governo enviou no dia 31 de agosto, não será mexida pelo Planalto”, disse um assessor da Presidência.

3 comentários:

Anônimo disse...

A conhecida pelos mais velhos está devolta, a inflação.

Governo pinga/rosca está destruindo o Real.

Vai sobrar para a classe trabalhadora privada e para os bolsa familia.

Anônimo disse...

Os Ministros do STF,como de costume,adotam o principio de:se o mingau é pouco, primeiro o meu.Obtendo o meu, o resto que se dane.Julgam-se superiores a todos.

Mordaz disse...

Isto, quando o PT estava fora do governo e os sindicatos não comprados e aparelhados chamava-se de ARROCHO SALARIAL.

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