Caso Daniel Dantas: as opiniões de Lula são de conveniência

Opinião de conveniência é o que se pode dizer da fala deste sábado do prsidente Lula, que desde Bogotá, Colômbia, avisou sobre a saída do delegado Protógenes Queiroz:

- Eu não tenho nada que falar sobre isto. A questão é da Polícia Federal. O caso está encerrado.

. Não era o que Lula pensava na quarta-feira a noite, quando "intimou" o delegado a continuar ou a explicar as razões que o levaram a sair do cargo, já que a versão que a Polícia Federal vendeu foi a de que ele queria fazer um curso em Brasília.

. Na quinta-feira, dia seguinte, o delegado entregou uma representação de 16 páginas ao Ministério Público, fazendo o que pediu Lula:

1) denunciou que saía por pressão da cúpula da Polícia Federal, ou do governo prsidido por Lula.

2) informou que a própria Polícia Federal boicotou suas investigações.

. Isto quer dizer que o maior interessado em abafar o caso é o presidente Lula, o seu governo e o PT, envolvido até a medula no caso Daniel Dantas, conforme se percebe claramente pelas gravações que já foram liberadas. O desfile de nomes, por enquanto, é enorme, puxado pelo petista histórico Luiz Eduardo Greenghald e por gente como Clóvis Carvalho, Zé Dirceu, Jaques Wagner e José Eduardo Cardoso. Claro que nem todos fazem parte da organização criminosa, mas em fases diversas da investigação seus nomes são claramente invocados.

. O jornal O Sul deste sábado revela que o governo "festeja" a saída do delegado Queiroz e do juiz federal De Sancti, mas não festeja o indiciamento de Dantas e sua quadrilha em novos crimes.

. O que mais assusta é que a festa não é apenas do Executivo, mas também da cúpula do Legislativo e do Judiciário.

Leia a nota de hoje de Kennedy Alencar:

Dá uma tristeza ver o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), criticar deputados, procuradores e juízes que vazam documentos. Ele disse que eles parecem "peneira". Chinaglia mira mesmo é na relação desses agentes públicos com a imprensa.
Mas ele pensava diferente quando integrava a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara no primeiro mandato do tucano Fernando Henrique Cardoso. Adorava um holofote e um vazamento para para tratar do Caso Sivam (imbróglio sobre compras de radares para a Amazônia).
O antigo deputado Arlindo era bem melhor do que o atual presidente Chinaglia.

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