Entrevista, José Fortunati - Nunca vi um ano com a natureza tão mal comportada como em 2013

José Fortunati, prefeito de Porto Alegre

As forças cegas da natureza parecem ter se abatido sobre Porto Alegre. O que há?
Acho que te referes à sucessão de eventos naturais que se têm ocorrido, causando tensão social na cidade.

Isto mesmo. O que há?
Olha, tenho 40 anos de vida pública e nunca vi coisa igual. Tudo começou com o tufão que açoitou os festejos de virada de ano, exatamente aos 40 minutos do dia 1º. Depois tivemos os rompimentos do Conduto Álvaro Chaves e do Dique do Sarandi, o incêndio do Mercado Público e até as árvores que despencaram no Parque da Redenção, matando e ferindo.

E as forças bastante espertas das áreas políticas e econômicas?
Você sabe que na Câmara de Vereadores possuímos uma base aliada bastante consistente, o que nos dá tranquilidade política. Quando surgiram nós que poderiam ter desdobramento político na forma de crise, fizemos questão de nos antecipar, como foram os casos da secretaria do Planejamento e da Procempa. Claro que as manifestações de rua também foram fator de tensão, mas este foi um problema nacional. O caso da área econômica é diferente.

Por que razão?
Porque não depende de mim. A crise econômica global de 2008 continua produzindo seus efeitos e isto atinge a saúde financeira das prefeituras, sobretudo as que dependem de repasses do Fundo de Participação dos Municípios, porque a União diminui suas remessas. No primeiro semestre deste ano, os créditos do Fundo de Participação dos Municípios caíram 12% em relação a igual período do ano passado. Na prefeitura de Porto Alegre isto não impacta tanto, mas em prefeituras menores a situação é dramática.

O senhor tem adotado medidas de austeridade?
Sim, corto R$ 300 milhões no custeio. O valor é igual ao que investiremos este ano. São 5% do orçamento total de R$ 6 bilhões do ano. 

9 comentários:

Anônimo disse...

Porto Alegre, pertence ao Rio Grande do Sul, que um estado Brasileiro.
Como aqui tudo (Brasil) é na base do improviso, jeitinho, não há planejamento, não se trabalha com prevenção, tabajarismo puro com altas doses de falta de educação, vamos botar a culpa nas adversidades climáticas, já temos um CULPADO "São Pedro".

Anônimo disse...

É a profecia Biblica ... o sexto selo rompido.

Em 2008 ocorreu a seca do Rio Eufrates , um rio gigantesco.
Em 2008 também houve a crise financeira do capitalismo e desde então os países orientais tem avançado.

E o que diz a profecia ?
"E secou-se o grande Rio Eufrates para que fosse preparado o caminho dos reis que vêm do Oriente".

As pessoas comuns não entendem o momento atual , exceto os sábios.

Estamos a um passo da grande Operação do Erro descrita na Bíblia.

Querem pagar para ver ?


César Augusto de Oliveira

Anônimo disse...

O Senhor Jesus Cristo está perto.
Desta vez não virá como o Messias Sofredor e Bom Pastor.
Virá como o Messias Vencedor e Senhor dos Exércitos.

César augusto de Oliveira

Anônimo disse...

O Senhor Jesus Cristo está perto.
Desta vez não virá como o Messias Sofredor e Bom Pastor.
Virá como o Messias Vencedor e Senhor dos Exércitos.

César augusto de Oliveira

Luiz Vargas disse...

Os PeTralha$ e ex-PeTralha$ mesmo quando viram gestores continuam colocando a culpa em algo ou em alguém.
Faz ParTe do DNA deles este tipo de atitude.
Houve uma época que a "culpa" era de FHC e do neoliberalismo.
Hoje a "culpa" é da natureza e da crise econômica de 2008 (aquela que segundo o Guru de Guaranhuns e Garanhão da Rose foi apenas uma marolinha).
Resta adivinhar quem serão os próximos "culpados".

Anônimo disse...

Incêndio do mercado, evento natural? Por que não o incêndio da boate Kiss?
Don Sandeman

Anônimo disse...

Vamos analisar a entrevista utilizando o próprio Modelo de Gestão da Prefeitura, embora o mesmo se encontre falido, pois ninguém mais respeita os critérios que foram estabelecidos em conjunto com o PGQP:

1. As forças não são cegas e sim NEGRAS, tipo o "lado negro" de Guerra nas Estrelas;

2. Todos os "eventos naturais" são previsíveis, desde que haja competência e comprometimento para utilizar as ferramentas de gestão e engenharia que supostamente estão a disposição;

3. O tufão da virada do ano fora previsto pelo Cléo Kuhn com 2 dias de antecedência, somente quem é incompetente é que não acreditou numa ciência chamada Meteorologia, assim como os palcos e toldos sub-estimados;

4. É notório a todos que frequentam a Prefeitura que a obra do Conduto Álvaro Chaves tem problema no seu dimensionamento, assim como dos materiais utilizados, e que por "coincidência" dos mapas astrais foi feito pela MAC Engenharia, empresa envolvida em outras operações da PF como a Operação Solidária;

5. Que o Dique do Sarandi iria dar problema todos os que participaram de reunião dias antes no CEIC (centro de crises da Prefeitura) já cogitavam de tal possibilidade;

6. Incêndio no Mercado, que as fiações tinham problema, é notório o alerta feito desde a gestão de Cechim, assim como as tesouras em madeira do telhado, um risco iminente, porém sempre com alegadas faltas de recursos pela Fazenda Municipal e das tais prioridades;

7. Podas de árvores e remoção continuam sendo um dos maiores problemas de gestão, porém um decreto que regulamenta o assunto foi sepultado pela própria SMAM, basta saber que a SMAM leva mais de 6 meses para autorizar cortes em áreas privadas;

8. Não houve antecipação dos casos da antiga SPM nem da PROCEMPA, pois os mandantes principais nestas secretarias sequer foram citados pelas sindicâncias internas e fatos novos estão aparecendo tanto no MP como na CPI e chegarão muito perto do Paço Municipal;

9. O Prefeito não corta na própria carne, faz com os outros, não deixou que Márcio Bins Ely e Cássio reassumissem, pois é notório que tem problemas, porém quando os problemas bateriam em si como os CCs que recebem salários mais altos pela Procempa mas que prestam serviços no Paço pode;

10. O Prefeito assinou uma Ordem de Serviço, a 03/2013, definindo o que seja nepotismo, cobrou a assinatura de documento de todos os secretários e CCs, porém nomeia a própria esposa e não respeita o art. 19 do Lei Orgânica;

11. As manifestações de rua nasceram no Brasil aqui por causa dos vinte míseros centavos, só porque não quer irritar a ATP, e ainda mantém o filho do presidente da ATP na Procempa, talvez porque a ATP deu um ônibus para cirurgias na Secretaria dos Animais (infelizmente o ônibus está parado na UFRGS, pois o CRVM não permite mutirões de castrações);

12. Nada depende do Prefeito, a falta de recursos é culpa da crise mundial, a quem o Prefeito pensa que engana, crise só para ele, para quem trabalha não há crise, ele que pare de viajar, vá para as ruas, pegue seus secretários pelas orelhas e faça-os também trabalhar. Cobre as metas estabelecidas nos contratos de gestão;

13. Não houve corte de R$ 300 milhões, houve é falta de recursos. O orçamento do Município é peça de ficção de anos, não há ajuste com a arrecadação, os técnicos vão apenas incrementando os valores do ano anterior com IPCs, IPCAs, etc, etc;

14. Cadê os cortes dos 10% dos CCs? Cadê a limitação dos salários no teto no salário do Prefeito? Nada disto ainda apareceu no Portal da Transparência. Previsão: em junho do ano que vem, ainda no período da Copa, após o dissídio, o limite das despesas com pessoal ultrapassarão o teto legal.

Por isto e por muito mais é de que o problema não é sobrenatural e sim de competência e falta de vergonha política para gerir a coisa pública.

Infelizmente, Porto Alegre está quebrada e assim vai ficar até o final do governo Fortunati.

Anônimo disse...

Os trouxas TUC ÂNUS tem memória seletiva, parace que chuvarada e enchente começa e termina no RS.

No Colorado, estado dos EUA houveram 600 deseaparecidos em enchente em 2013; No Paquistão, em 2009 teve 2,6 mortos em enchente; Na China em 2009, houve 1,7 mil morte; Ainda na China, em 1887, houve 900 mil mortes; No Haite em 2004, houve 2,6 mortes.

No Brasil, querem os dados em SC e RJ?

Anônimo disse...

O anônimo das 13.14 h fez uma análise bem consistente das situações intrínsecas e extrínsecas que deixam Porto Alegre como está e a PMPA nesta citada crise financeira.
Pois bem, os funcionários de carreira já sabiam, há algum tempo, que tinha algo de muito estranho acontecendo na Procempa. Alguns denunciavam em blogs alternativos e não tinham espaço na mídia formal. Deu no que deu.
Assim como o caso do vereador Eliseu Santos era pedra cantada e tentaram caracterizar uma "queima de arquivo" como latrocínio.
Esse fato do Projeto PISA já era comentado entre os funcionários do DMAE, desde que o índice de BDI(risco financeiro)foi aumentado em cerca de 100% exclusivamente para que os empreiteiros recebessem mais(o projeto era muito arriscado...)Sem falar que o sr. Presser aprovou um projeto de 2.600 metros de canos de 1.00 milímetros e executou, apenas, 1.500 metros...
Continua a dança com a nomeação da esposa e do processo que o prefeito moveu contra o jornalista Weisseimer pois ele falou sobre isso em seu blog.
Fecha-se o ciclo com a criação de vários cargos de nomeação livre, os secretários adjuntos e as várias gratificações para secretarias, aprovadas antes do prazo fatal de 04 de abril de 2012.
Assim está Porto Alegre, assim está sendo gerida a Prefeitura.
Melhorou, vai melhorar...

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