Gestor de um fundo de 12 bilhões de dólares em Wall
Street, Bill Ackman fez uma aposta alta contra as ações da empresa no mercado
financeiro; poderá perder muito dinheiro caso os órgãos reguladores não
concordem com sua teoria
O material a seguir é de Ana Clara Costa, publicado em www.veja.com.br
O gestor Bill Ackman é figura célebre em Wall
Street. Junto com Carl Ichan e Daniel Loeb, ele forma a tríade de investidores
ativistas que não só compram ações de empresas, mas também interferem na sua
gestão e, em muitos casos, criam brigas inflamadas com outros acionistas e
controladores. Ackman controla a Pershing Square, uma gestora que tem uma
carteira de investimentos de mais de 12 bilhões de dólares. Em dezembro do ano
passado, fez uma operação arriscada: apostou 1 bilhão de dólares na certeza de
que as ações da Herbalife na Bolsa de Nova York vão despencar. Para ele, a
empresa foi criada com base em um esquema de pirâmide que será, em breve,
comprovado pelos órgãos reguladores americanos. Ackman, no entanto, nega
ter informações privilegiadas sobre uma possível intervenção judicial na
Herbalife.
A operação feita pelo investidor nos Estados
Unidos é chamada de 'venda a descoberto' (oushortselling, em
inglês) e é proibida no Brasil. Para executá-la, o investidor aluga as
ações de uma determinada empresa por um preço alto com o compromisso de
comprá-las depois de um certo prazo. Se o preço subir, o investidor perde
dinheiro, pois se vê forçado a adquirir os papéis por um valor superior ao
total de sua aposta. Ao alugar 20 milhões de ações da empresa que
vende shakes de emagrecimento, Ackman apostou que o preço cairia mais
de 20% no prazo de um ano. Ele fez uma apresentação de PowerPoint de 342
páginas para embasar sua decisão. Com isso, conseguiu derrubar as ações da
Herbalife de 40 para 26 dólares em poucas semanas.
. Contudo, o sucesso da operação de Ackman durou pouco.
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