Tribunal de Justiça condena ex-prefeito de Taquara. Ele usou recursos públicos para construir piscina para o filho.

Os desembargadores da 2ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul consideraram comprovado ato de improbidade administrativa cometido pelo ex-prefeito de Taquara, Claudio Kaiser, e seu filho, Cassiano Rodrigo Kaiser. O recurso do ex-prefeito, condenado na Comarca de Taquara, foi negado por unanimidade. Segundo a denúncia do Ministério Público, o fato ocorreu em 2007, quando funcionários públicos foram flagrados prestando serviços de execução de buraco, para transferência de piscina da casa do prefeito e instalação na residência do filho dele, em horário de expediente. Também houve uso de veículos e combustíveis públicos para o transporte da piscina. Em suas defesas os réus alegaram que o transporte não configurava o ato de improbidade e o pai, prefeito, não estava na condição de agente político. Em 1° grau, o juiz Juliano Etchegaray Fonseca considerou configurada a prática de ato de improbidade administrativa, condenando os réus ao pagamento de multa civil, arbitrada em duas vezes o valor de sua remuneração ao tempo da infração. Também impôs a ambos a suspensão dos direitos políticos pelo prazo de oito anos, e os proibiu, pelo prazo de 10 anos, de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais. A desembargadora Denise Oliveira Cezar, relatora do recurso, afirmou que houve ofensa aos princípios da moralidade e pessoalidade, de forma dolosa: atenta contra a razoabilidade aceitar que em uma pequena cidade, como é Taquara, o prefeito não tivesse conhecimento de que se realizaram na casa de seu filho obras civis com a utilização de bens e serviços públicos, sentenciou ela. Participaram do julgamento, votando com a relatora, os desembargadores Pedro Luiz Bossle e Almir Porto da Rocha Filho, no processo nº 70041654401.

* Clipping www.videversus.com.br

7 comentários:

Joao Coragem disse...

Polibio, morei 4 anos em pequena cidade do interior, terra predominante de alemaes (70%). Deixei POA com uma visão romântica de que em cidade pequena onde todos se conhecem o controle publico seria mais eficiente somado ao fato de ser regiao de imigração, de povo ordeiro, correto e de tradição de ajuda mutua em comunidade. Tamanha foi minha surpresa com a corrupção generalizada, todos os níveis roubam e muito da prefeitura. Pior que as histórias de malfeitos do nordeste.... Essa situação somente mudara com tolerância zero do TCE, policia e poder judiciário, já que muita gente vive deste crime, tanto que já banalizou e virou algo aceito pela população....

Unknown disse...

E o partido do honesto, qual e?

Anônimo disse...

O Kaiser achou que éra Kaiser (Impedrador)

Flávio Paranhos, de POA disse...

Necessário dizer que o referido prefeito é do PMDB, mesmo partido de Renan Calheiros, José Sarney e também de Pedro Simon. Por incrível que pareça, ele não é do PT...

Anônimo disse...

Qual o Partido?

Anônimo disse...

"Em suas defesas os réus alegaram que o transporte não configurava o ato de improbidade e o pai, prefeito, não estava na condição de agente político."

uau! que defesa consistente, hein?

quem foram esses adEvogados que bolaram essa tese?

Anônimo disse...

Não existe no mundo um ser humano honesto. Duvido. Das coisas mais ínfimas às grandes improbidades. Todo mundo leva algum tipo de vantagem em algo. A única diferença entre os humanos é a quantidade de hipocrisia que alguns conseguem sustentar a mais que outros, afora isso, todos são iguais.

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