O dia em que Lewandowski se encheu de opróbio e desonra

- As notícias e os argumentos da jornalista Miriam Leitão sobre o julgamento de ontem no STF, expõem com crueza implacável a fria e cínica desfaçatez do ministro Ricardo Lewandowski, que abdicou da sua condição de juiz e colocou-se como advogado de defesa dos seus amigos do Mensalão, a começar por Lula, que foi na sua casa pedir ajuda - concedida integralmente por ele, o que o desmoraliza perante seus pares e perante a sociedade brasileira. Leia:

Dia de não esquecer, por Miriam Leitão
Miriam Leitão, O Globo

A lógica era cortante, mas a voz traía a emoção. A palavra “infelizmente” foi repetida. A ministra Rosa Weber votou de forma implacável, mas admitiu: “A maior tristeza da minha alma.” Sua face pública estava exposta na dureza do voto; sua emoção, implícita nos gestos e voz. E assim ela condenou José Dirceu e José Genoíno por corrupção. “É como voto, senhor presidente.”

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski defendeu o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu de forma mais eficiente que o próprio advogado do réu. O que atrapalhou o voto foram suas próprias palavras quando condenou outros réus ou quando escolheu argumentos que se chocavam com o que dissera minutos antes.

Rosa Weber e Luiz Fux acompanharam o voto do relator Joaquim Barbosa, que condenou oito dos réus neste capítulo. O ministro Fux disse que juntou no voto 14 “elementos probatórios” contra José Dirceu. Lewandowski rebateu um deles. O da reunião no hotel Ouro Minas entre o então ministro Dirceu e a presidente do Banco Rural, Kátia Rabello.

Fux disse que Kátia admitiu em juízo que eles conversaram sobre o Banco Mercantil de Pernambuco. Lewandowski discordou. Disse que Kátia disse em juízo que a mulher de Marcos Valério, Renilda, não dissera a verdade quando contou na CPI que na reunião se falou dos empréstimos ao PT.
Na verdade, o empréstimo era uma coisa; o Banco Mercantil era outra. Pior. Os empréstimos foram estranhos, mas o outro caso era ainda mais indevido. Por 17 vezes o publicitário Marcos Valério foi ao Banco Central pressionar por uma solução que daria aos donos do banco muito mais lucro do que o valor do crédito.

Enquanto Kátia Rabello se reunia com José Dirceu, os donos do Banco Mercantil de Pernambuco processavam o Banco Central. O Rural tinha 22% do banco em liquidação desde o Proer. O que queriam era mudar o fator de correção da dívida. Isso faria um banco quebrado virar um bom ativo.

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CLIQUE na foto para examinar a charge publicada pelo jornal A Notícia de hoje. O jornal é de Joinville e é editado pela RBS. 

4 comentários:

Moedaz disse...

Tóffoli e Lewendowski são uma vergonha para o país.

Anônimo disse...

Políbio, com toda a certeza do mundo o Exmo Sr Min Lewandowski, após o término da seção, quando chegou em casa , entrou no banheiro e se olhou no espelho caiu num choro desesperador, perdeu toda a moral perante seus colegas do STF e a nação Brasileira.

Anônimo disse...

O advogado que 9dedos pediu a Deus.

Anônimo disse...

Polibio - esta palavrinha é chata de se escrever. No título o correto é opróbrio.

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