Quem está falando é o então secretário do Meio Ambiente
do governo Tarso Genro, do PT:
"Ele (o beneficiado) não vai achar outro secretário
com culhão que nem o meu, pra pagar esse monte de dinheiro, que nem eu vou pagar
pra ele".
. É uma declaração fortíssima.
. O secretário da época era Hélio Corbelini, PCdoB.
. A declaração foi grampeada pela Polícia Federal no
âmbito da Operação Concutare, deste ano, da qual não se tem mais notícia.
. O que foi dito ali e se encontra na página 207 do
inquérito em poder da Justiça Federal jamais veio a público, pelo menos até
este momento.
. Por que razão a frase veio parar aqui ? Porque o
secretário de Tarso Genro plugou a concessão do benefício à compra de convites
para o jantar de lançamento da candidatura de Manuela D'Ávila à prefeitura de
Porto Alegre por parte do beneficiado. E até exigiu que ele comparecesse
pessoalmente ao convescote eleitoral.
. No inquérito da Operação Concutare, esta não é a única
referência explícita ao uso da Sema para beneficiar candidaturas do PCdoB em
Porto Alegrel. Inúmeros outros grampos, envolvendo outros personagens, implicam
Manuela e sua colega comunista Jussara Cony.
. A mídia gaúcha, sobretudo a RBS, que sempre vazou o que
lhe interessou da Operação Concutare, ignorou os casos e já nem toca mais no
assunto.
. Há muito mais e muito mais grave. O governador Tarso Genro trocou o secretário, mudou o presidente da Fepam, fez de conta que investigaria e puniria, mas devolveu a Sema para o PCdoB numa cerimônia para a qual chamou Manuela.
. A nota acima ajuda a esclarecer a notícia que esta página postou nesta quinta-feira:
Além de ter as contas rejeitadas por uso de dinheiro de
origem duvidosa na sua campanha, o que induz à suposição de uso de caixa
2, a deputada Manuela D’Ávila enfrenta pelo menos sete ações de cobranças
feitas por prestadores de serviços que trabalharam para sua campanha a prefeito
de Porto Alegre. Todos foram caloteados pela comunista. Os oficiais de justiça encontram enormes dificuldades
até mesmo para citá-la, porque ela não é encontrada em casa e no escritório há
vários meses. Apenas para a produtora de vídeo que trabalhou para o
PCdoB, o valor devido chega a R$ 500 mil. O caso de uso do caixa 2 será investigado pelo
Ministério Público Eleitoral.