O Ex diretor da área internacional da Petrobras Jorge
Luiz Zelada compare ao IML em Curitiba na tarde desta quinta-feira (02)
O juiz federal Nivaldo Brunoni negou pedido de habeas
corpus do ex-diretor da Petrobras Jorge Zelada, preso na 15ª fase da Operação
Lava Jato, e manteve o dirigente detido na carceragem da Polícia Federal em
Curitiba por considerar haver provas e indícios de que ele participou do
esquema do petrolão. Zelada foi citado pelo delator Pedro Barusco como um dos
destinatários da propina paga pelas empreiteiras à Diretoria de Engenharia e
Serviços, no período em que ele era gerente geral da Área de Engenharia, além
de haver suspeitas de que ele recebeu propina em contratos de fretamento de
sondas quando ocupou a diretoria da Internacional da Petrobras. A defesa
alegava que a prisão de Zelada, sucessor de Nestor Cerveró como diretor da Área
Internacional, seria uma forma de "antecipação de pena". Os advogados
afirmavam que o bloqueio de contas secretas do ex-dirigente em Mônaco e a
possibilidade de existirem novas contas bancárias não poderiam servir como
argumento para embasar a prisão. O juiz, porém, não concordou com os argumentos
e disse que "o risco de reiteração [de crimes] é concreto. Mesmo após a
'Operação Lava-Jato' ganhar notoriedade, sobretudo no que diz respeito ao
envolvimento de agentes públicos da Petrobras, consta que Jorge Luiz Zelada
realizou transferências de valores entre contas no exterior. Tal conduta
revela, em tese, novos atos de lavagem de dinheiro".