Advogado diz que lobista do PMDB no Petrolão não vai se entregar. Interpol já caça o fugitivo.

O empresário Fernando Antonio Falcão Soares, o Fernando Baiano - procurado pela Polícia Federal por suspeita de atuar como lobista e operador do PMDB no esquema de corrupção e pagamento de propinas na Petrobras - não pretende se entregar às autoridades da Operação Lava Jato.

. Segundo o criminalista Mário de Oliveira Filho, que defende Fernando Baiano, a estratégia é ingressar com pedido de habeas corpus perante o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) para tentar derrubar o decreto de prisão expedido pela Justiça Federal em Curitiba, base da Operação Juízo Final, sétima fase da Lava Jato.


. Fernando Baiano está sob suspeita da PF porque teria distribuído propinas a agentes públicos e valores para partidos políticos sobre porcentuais de contratos bilionários da estatal petrolífera. O PMDB teria o controle da Área de Internacional da Petrobras. A prisão de Fernando Baiano em regime temporário foi ordenada dia 10. A PF vasculhou o endereço do empresário, no Rio, e apreendeu documentos e computadores. A PF lançou o nome de Fernando Baiano na difusão vermelha, índex dos mais procurados do planeta, segundo registros da Interpol - a Polícia Internacional que mantém conexões com quase 200 paíse.

Fernando Gabeira avisa que é negro o futuro do PT

Este artigo de Fernando Gabeira foi publicado em "O Globo". Chama-se "O muro na cabeça". O jornalista diz que existem  razões políticas e históricas para se desconfiar do conceito de hegemonia,r referindo-se ao PT. 

. Leia mais:

O Muro de Berlim caiu há 25 anos. Foi um marco simbólico da entrada no século XXI. Durante as comemorações de agora, ouvi, de novo, a expressão “muro na cabeça”. No caso da Alemanha, a expressão era uma forma de nomear resistência à integração do país e preconceitos que sobreviveram à queda material do muro. Aqui no Brasil, uso em outro sentido: o muro ainda está na cabeça nostálgica dos líderes do PT que lançaram uma nota, afirmando seu desejo de conquistar a hegemonia na sociedade brasileira.
O conceito de hegemonia é atribuído ao filósofo italiano Antônio Gramsci. Ele defendia que o comunismo deveria se impor através de uma grande mudança cultural, mais poderosa que a simples tomada do poder. Por mais inadequadas que sejam para nossa época, as ideias de Gramsci foram uma saída para o Partido Comunista italiano. Um dos seus frutos é o conceito de compromisso histórico entre o PCI e a democracia cristã.

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Dilma diz na Austrália o que todos já sabemos: "O Brasil não será mais o mesmo depois do Lava-Jato (Petrolão)".

Em Brisbane, na Austrália, onde participa da reunião do G20, o grupo dos vinte países mais ricos do mundo, a presidente Dilma Rousseff saiu do seu estado de perplexidade e defendeu o aprofundamento das investigações da Operação Lava Jato, fazendo de conta que elas não são feitas contra ela mesma e seu governo.

. Segundo ela, o caso "mudará para sempre a relação entre a sociedade brasileira, o Estado brasileiro e a empresa privada porque vai acabar com a impunidade", um retrato perfeito sobre os crimes que são cometidos, inclusive por seu governo e o de Lula.

. Um dos modos de promover o que Dilma analisa é caminhar para o seu impeachment.

. Ela também tratou com aparente naturalidade as manifestações que pedem impeachment :

- O Brasil tem uma situação democrática consolidada e, por isso, faz parte da nossa história tolerar as manifestações, mesmo as mais extremadas.

Estadão diz que Lula e Dilma devem responder por crime de responsabilidade

O prosseguimento das apurações feitas pela Justiça Federal no Paraná, as denúncias da mídia e a pressão do povo nas ruas e mais a boa liderança de Aécio e das oposições, levarão inevitavelmente ao impeachment de Dilma, à prisão de Lula e ao expurgo do PT. Ao lado, foto de ontem em São Paulo.
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No editorial que publica neste domingo, o jornal O Esado de São Paulo defende abertamente a punição de Lula e de Dilma pelos crimes da Petrobrás.

. No caso de Lula, isto significa processo e cadeia, enquanto que no caso de Dilma isto significa impeachment.

. No editorial intitulado "Crime de Responsabilidade", o jornal descreve com precisão e síntese as responsabilidades de Lula e de Dilma pelos crimes:

Somente alguém extremamente ingênuo, coisa que Lula definitivamente não é, poderia ignorar de boa fé o que se passava sob suas barbas. Já Dilma Rousseff de tudo participou, como ministra de Minas e Energia e da Casa Civil e, depois, como presidente da República.
Devem, todos os envolvidos no escândalo, pagar pelo que fizeram – ou não fizeram.

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Mesmo por linhas oblíquas, Aécio e o PSDB querem punição de Lula e Dilma

A nota do PSDB, assinada por Aécio Neves, diz logo no seu preâmbulo que Lula e Dilma também devem ser punidos, como igualmente o PT. Leia:

O PSDB reitera a posição de defesa intransigente da rigorosa apuração do maior escândalo de corrupção da história do País, através da Operação "Lava Jato".


Para o partido e as oposições, tão importante quanto responsabilizar diretores da Petrobrás que se transformaram em operadores do esquema, ou empresas que dele participaram, é identificar e punir os agentes públicos que permitiram o irresponsável aparelhamento da companhia e criaram as condições necessárias para a expropriação de recursos públicos, para dele se beneficiarem direta ou indiretamente.

Delatores dizem na Polícia Federal que R$ 200 milhões em propinas na Petrobrás corromperam PT e PMDB

Ao lado, O Globo de hoje. Manchete mostra os desmandos na Peterobrás. 



O jornal A Tarde, Salvador, informa neste domingo que operadores dos dois principais partidos do governo teriam recebido ao menos R$ 200 milhões em propinas na Petrobras para viabilizar contratos com empreiteiras. Conforme delatores do esquema de corrupção na estatal, os pagamentos foram feitos ao ex-diretor de Serviços Renato Duque, apontado como integrante do esquema do PT que teria como operador o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, e a Fernando Soares, o Fernando Baiano, apontado pela Polícia Federal como lobista do PMDB, que indicou Nestor Cerveró para a diretoria da Petrobras.

. Leia tudo:

. Detalhes sobre o pagamento de suborno, que seria uma pre-condição para obter obras na companhia petrolífera, foram revelados aos investigadores da Operação Lava Jato pelos executivos Júlio Camargo e Augusto Ribeiro, da Toyo Setal, em troca de eventual redução de pena.

Nos depoimentos, eles revelam os valores e as empresas usadas para o repasse do dinheiro aos dois investigados.

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. O PT, seus líderes e eleitores, estão envergonhados e não saem mais de casa.

A foto ao lado é de Nádia Meucci, publicada no blog de Percival Puggina.


Nem um só incidente ocorreu durante a manifestação que mais de 2 mil pessoas promoveram ontem a tarde em Porto Alegre, tudo no âmbito de uma campanha destinada a apoiar o combate à corrupção e a defesa do estado democrático de direito.

. Apenas alguns brigadianos, a pé, acompanharam os manifestantes durante as 2h30min de caminhada, que cobriu o percurso que vai do Parcão à Redenção.

. Diferentemente de ato de duas semanas antes, desta vez os organizadores conseguiram conter grupos mais exaltados que querem a intervenção militar e o impeachment de Dilma. Os cartazes sobre estas palavras de ordem não foram permitidos. Os atos de rua são manifestações democráticas. Impeachment e intervenção militar até poderão ocorrer, mas vencidas preliminares decisivas e constitucionalmente previstas.

. Conhecida por sua aguerrida militância petista, franjas de moradores e frequentadores do bairro Bom Fim e da Feira do Brique da Redenção não tiveram coragem de fazer a defesa dos ladrões do PT e da Petrobrás. Apenas dois rápidos incidentes - bate-bocas - perturbaram a caminhada.

. Moradores dos prédios aplaudiram os manifestantes durante toda a camanhada.

. A mídia desta vez tratou com rspeito os atos públicos de Porto Alegre.

. O PT, seus líderes e eleitores, estão envergonhados e não saem mais de casa.

Prisões de empreiteiros colocam em risco estaleiros de Rio Grande, Charqueadas e São José do Norte

O governador Tarso Genro nada fala sobre as prisões e os riscos dos bilionários negócios navais do RS. Seu governo está mudo, quieto e surdo, até porque o Partido do governador, o PT, foi novamente abalroado de frente pelas prisões, que mergulharam o governo Dilma em nova e devastadora crise política. 

A prisão de dez bilionários da área da construção pesada poderá afetar os negócios que estão em pleno andamento no Pólo Naval de Rio Grande.

. O caso do Pólo Naval do Jacuí, criação do governo Tarso Genro, é dado como perdido.

. Acontece que no âmbito do Petrolão, foram presos o presidente da IESA (Charqueadas e Rio Grande), o presidente da Queiroz Galvão (dona do estaleiro QGI), o vice-presidente e diretors da  Engevix (dona do Estaleiro Rio Grande).

. O estaleiro EBR, em construção em São José do Norte, também corre risco, porque a Toyo Setal, dona do empreendimento, está no epicentro do escândalo. Seu principal executivo, Júlio Camargo, é o principal delator das empreiteiras e com base no que disse foram realizadas as prisões de sexta e sábado.

Tumelero abriu neste final de semana seu home center de Capão da Canoa

Abriu neste final de semana o home center que a Tumelero instalou em Capão de Canoa, já de olho na temporada de verão. A loja abriu com 50 mil ítens de bazar e decoração.

Tarso e o PT do RS calam diante da nova escalada de prisões no Petrolão

O governador Tarso Genro não está fazendo jus à sua reconhecida capacidade retórica, porque emudeceu desde que estourou a sétima etapa do Petrolão, atingindo diretamente líderes do seu Partido, o PT, com a prisão de Renato Duque, homem de confiança do tesoureiro João Vaccari Neto na principal diretoria da Petrobrás.

. E de mais gente que está dentro e fora do governo Dilma.

. Tarso e o PT do RS estão mudos, cegos e mudos.

. Fazem como Lula: calam-se para esperar que a tempestade passe.


. O que parece improvável na fase em que se encontram as investigações da Petrobrás, cuja última etapa, esta sim será a de juízo final, porque chegará ao gabinete de Dilma e ao escritório de Lula.

Dilma vai demitir toda a diretoria atual da Petrobrás

É iminente a queda de toda a diretoria da Petrobrás, Graça Foster, a presidente, à frente.

Missão gaúcha vai a Temer por Iesa

Foi confirmado para terça-feira o encontro entre autoridades municipais e estaduais com o vice-presidente Michel Temer, visando buscar solução para a paralisada planta industrial da Iesa, chave do Pólo Naval do Jacuí, que não consegue recursos para cumprir o contrato de US$ 700 milhões que tem com a Petrobrás e colocou seus 700 trabalhadores em regime de licença remunerada por tempo indeterminado.

. É desespero de causa, porque Temer não manda nada.

. O problema agravou-se esta semana com a prisão do próprio presidente da iesa no âmbito do Petrolão.

. As autoridades locais e estaduais, mais a própria empresa e a Petrobrás, buscam há algum tempo um comprador para a Iesa, visando retomar os trabalhos em Charqueadas, mas quem se interessou até agora, como a Andrade Gutierrez, esbarrou na situação falimentar da Iesa.

. A planta da Iesa foi instalada para produzir módulos de compressão para plataformas de petróleo replicantes que serão instaladas na áreas do pré-sal.

As 17h, na Feira do Livro, autógrafos na biografia de Hermes Pereira de Souza

Neste domingo, 17h, njo último dia da Feira do Livro de Porto alegre, lançamento da biografia do ex-deputado Hermes Pereira de Souza. Ele chegou a militar no antigo MDB do RS. O livro é da neta de Pereira de Souza, Themis, que é escritora e jornalista.


TRF4, Porto Alegre, repele habeas corpus aos presos do Petrolão

A desembargadora Maria de Fátima.



O TRF4,que tem sede em Porto Alegre,  rejeitou, neste sábado, três pedidos de habeas corpus de dirigentes de empreiteiras presos ontem na sétima fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF). As decisões foram proferidas pela desembargadora Maria de Fátima Freitas Labarrère, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), de Porto Alegre. Nas petições, as defesas de Eduardo Emerlino Leite, diretor da Camargo Correa, e de Agenor Franklin Magalhaes Medeiros e Jose Ricardo Nogueira Breghirolli, ligados a OAS, alegaram que os decretos de prisão são ilegais por não fundamentarem as participações dos acusados dos fatos. Os advogados de Eduardo Emerlino, que ainda não teve prisão confirmada pela PF, também alegaram questões de saúde para pedir que a prisão preventiva seja tranformada em domiliciliar. Segundo eles, o investigado é portador de hipertensão arterial de "difícil controle, chegando a registrar picos de 19 por 10 [mmHg (milímetros de mercúrio)]".

. Na decisões, a desembargadora indeferiu as liminares para libertá-los por entender que não há constrangimento ilegal nas prisões, determinadas pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal, de Curitiba. 

2 mil manifestantes protestam contra a corrupção, Dilma e o PT em Porto Alegre

A rua 24 interrompida entre a Hilário Ribeiro e a Praça Júlio de Castilhas, 15h, hoje. O iPhone do editor pegou apenas metade da caminhada. 


O editor contou 2 mil manifestantes no início da marcha de protesto contra a presidente Dilma Rousseff, o PT e os recentes escândalos de corrupção, na tarde deste sábado, em Porto Alegre. A manifestação, que reprimiu qualquer referência a uma intervenção militar, começou ao redor do Parcão e seguiu pela Avenida Independência até a Redenção.   

. Foram 2 horas e meia de caminhada sob sol escaldante. A Brigada acompanhou tudo de perto, mas não houve incidentes. Populares aplaudiram das sacadas dos edifícios e com buzinaços. 

Com bandeiras do Brasil, cartazes e faixas, os manifestantes criticaram a presidente e o PT por supostas tentativas de minar a democracia brasileira (por meio de iniciativas como a criação de conselhos populares) e lembraram os sucessivos casos de corrupção do país, a exemplo das denúncias envolvendo a Petrobras. Liam-se frases como "Viva a Polícia Federal", "Democracia sim, hegemonia do PT, não" e "Brasil livre, sem bolivarianismo ou militarismo". 

. As palavras de ordem mais gritadas pelos manifestantes dirigiam-se ao PT e a Dilma:

- O PT roubou, o PT roubou. Um, dois, três, Lula e Dilma na cadeia.

. No Parcão e na Redenção, falaram poucos organizadores, entre eles Percival Puggina, Marcel Von Haten e Tarsila Crusius.

. Não foi o forte da caminhada e dos protestos. 

Uma das preocupações do grupo era desvincular sua imagem de quem é favorável do retorno de um regime militar. Um dos manifestantes que trazia uma faixa com mensagem favorável a uma intervenção dos militares foi impedido de abri-la por outras três pessoas.


— Nós somos a favor da democracia, esta faixa transmite a mensagem errada e deslegitima o nosso movimento — afirmou o advogado Adalberto Bueno, 35 anos.

Planalto "apavorado" com a decisão do TSE de entregar o exame das contas de campanha de Dilma para Gilmar Mendes

O Palácio do Planalto não quer que o ministro Gilmar Mendes examine as contas de campanha de Dilma Roussef.

. No TSE, o caso foi parar nas mãos dele.

Advogados acionam plantão do TRF4, porto Alegre, para pedir habeas para nove empreiteiros presos no Paraná

Fernando Baiano, lobista e operador do PMDB, para quem levava o dinheiro da propina, está foragido. Ele prometeu detonar o Partido, caso tenha que falar. 



Os depoimentos dos empreiteiros bilionários presos ontem em suas casas e sedes das suas empresas, começaram a ser ouvidos esta manhã em Curitiba.

. Alguns executivos e lobistas fugiram.

. PF, MPF e o Juiz Sérgio Moro querem que os empreiteiros apresentem documentação sobre propinas pagas a políticos, ao PT e também ao PP e PMDB. 

. O escândalo atinge diretamente a base aliada do governo, o próprio governo, Lula e Dilma,.

. O governo está a ponto de sofrer julgamento político. 

. Esta manhã, disse há pouco a Globonews, ninguém do PT quis falar.

. Enquanto os acusados começavam a ser ouvidos, seus advogados se movimentavam para tentar soltá-los – pelo menos nove executivos ligados a empreiteiras que tiveram prisão decretada na Operação Lava Jato entraram neste sábado com pedidos de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre (RS), segunda instância da Justiça Federal. Três deles ainda não foram presos, mas entraram com o pedido de revogação da prisão. Os pedidos devem ser analisados neste fim de semana, no plantão judiciário.


Os policiais ainda não conseguiram localizar três executivos da Camargo Correa: Eduardo Emerlino Leite, vice-presidente; João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da empresa; e Dalton dos Santos Avancini, diretor-presidente. Aldarico Negromonte Filho, acusado de ter ligações com o doleiro Alberto Youssef e Fernando Antonio Falcão Soares, conhecido como Fernando Baiano, são considerados foragidos.

Cardozo tenta preencher o vazio que domina o governo desde o início da nova fase do Petrolão

O ministro da Juastiça, José Eduardo Cardozo, reuniu a imprensa na manhã deste sábado pasra afirmar que o governo deseja que "tudo seja esclarecido", e que a orientação da presidente Dilma Rousseff é de "investigar tudo o que há de irregular".


. Cardozo também descartou uma crise no governo devido aos rumo da operação: "Temos a consciência tranquila. Não há crise, tudo será investigado". Ele avisou:

- Todos serão punidos, doa a quem doer.

. José Eduardo Cardoso tenta preencher o vazio que ficou desde ontem, já que o governo foi abalado por investigações que chegam cada vez mais perto dele. 

. É o governo quem está sendo investigado e não quem investiga.

. O ministro da Justiça disse que a oposição aproveita o episódio para um terceiro turno.

. O PSDB reagiu em nota e informou que a apuração não depende do governo, porque ela é levada a cabo pela Justiça Federal do Paraná, acionada pelo MPF e auxiliada pela PF, não dependendo do governo para nada. Se o governo quisesse fazer alguma coisa, teria feito e não fez, criando obstáculos tremendos até mesmo para o funcionamento das CPIs do Congresso.


Juiz avisa tropa de choque do PT: "tenho documentos de depósitos milionários feitos por corruptores para os corruptos do Petrolão".

O juiz Sérgio Moro tirou ontem a declaração a seguir, que desmonta a boataria espalhada pelo governo e pelo PT, segundo a qual as investigações do Petrolão são feitas apenas em cima de testemunhos.

. Leia:

- A prova mais relevante é a documental. Os depósitos milionários efetuados pelas empreiteiras nas contas controladas por Youssef constituem prova documental, preexistente às colaborações premiadas, e não estão sujeitas a qualquer manipulação.

. O juiz compreende bem o alcance político devastador da operação que conduz e é hábil o suficiente para buscar amparo da opinião pública e dos multiplicadores de opinião. 

Artigo, Merval Pereira - Fim de Linha

"O Mensalão caiu em cima do então ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, como o último da linha de comando, por falta de condições políticas de chegar mais acima na escala de poder, mas desta vez é complicado dizer que Lula e Dilma nada sabiam. O doleiro Alberto Youssef já disse em depoimento da delação premiada que os dois sabiam, e a situação está incontrolável. Desta vez, Lula e Dilma serão chamados a prestar contas pelos crimes que cometeram". 

O escândalo maiúsculo da Petrobras vai bater diretamente na política, porque essas empreiteiras incriminadas e esses executivos ora presos estavam ligados umbilicalmente a políticos, e foram colocados lá cada um com seu cada qual, isto é, diretores indicados diretamente por partidos políticos como PT, PP e PMDB. Por isso mesmo, vai mexer com a estrutura da política brasileira, é um marco que se espera final neste processo político do jeito que está sendo tocado. Chegamos ao fim da linha, não é possível mais. Prejudica a maior estatal brasileira, prejudica o país economicamente e também sua imagem de nação civilizada e moderna, e prejudica a política. É inviável continuarmos nesse processo destrutivo.

O esquema é fundamentalmente de financiamento político, montado no Palácio do Planalto a exemplo do mensalão, para financiar a base congressual governista, e vai bater no ex-presidente Lula e na presidente Dilma, que domina a área de Minas e Energia desde quando era ministra, no primeiro governo petista.


É claro que alguém coordenou esse trabalho, alguém sabia o que estava acontecendo. Muito difícil imaginar que no Palácio do Planalto ninguém soubesse. No processo do mensalão, já havia uma grande desconfiança de que era impossível um esquema daquele tipo sem um alto grau de comando.

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