Este artigo do Estadão de hoje tem como titulo "Precisamos dar nomes aos bois"
O Brasil ainda não é uma ditadura clássica porque mantém alguns ritos democráticos e institucionais. Mas tampouco é uma democracia substancial
O Brasil não é uma ditadura clássica. Realizamos eleições regulares, partidos disputam espaço no Congresso e a Constituição continua em vigor. Há imprensa, redes sociais e debates públicos. Esses sinais mantêm a aparência de uma democracia funcional, mas, por trás da superfície, acumulam-se evidências de um deslocamento estrutural que corrói seus fundamentos. O diagnóstico de índices internacionais, como o da The Economist, que nos classificam como uma “democracia falha”, é insuficiente. A verdade é mais perturbadora: vivemos uma realidade em que a democracia se encontra suspensa e o estado de exceção fica sob a máscara da constitucionalidade.
Esse estado de exceção não é declarado, como nas ditaduras do século 20. Ele se infiltra por dentro, mantendo os ritos institucionais enquanto esvazia seus contrapesos. Giorgio Agamben descreveu esse fenômeno com precisão: não é necessário fechar o Congresso ou suspender formalmente garantias constitucionais. Basta reinterpretá-las de maneira flexível, sempre em nome de um bem maior, sob a retórica da urgência. No Brasil, a narrativa predominante é a da defesa da democracia e do combate à desinformação.
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3 comentários:
Bueno...
...na ditamole de 1964 (que só virou ditadura depois de 1969), bandido tinha medo da polícia... e os ditos guerrilheiros de então pegavam em armas para derrubar o governo na marra... neste caso, para implantar uma democracia aos moldes de Cuba, Coreia do Norte e União Soviética.
Eu não OUVI DIZER... muito ao contrário de muitos papagaios de hoje...eu VIVI AQUELE PERÍODO... era contra o governo, era um esquedinha na faculdade de filosofia.
Ah mas que interessante... Só agora se deram conta disso.
Será que estão sentindo o bafo na nuca, tal qual a globolixo?
Se o Brasil fosse ditadura, o Estadão já estaria fechado
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