Ex-ministro Mandetta defende Marchezan Júnior no processo de impeachment. "A acusação é míope", disse o ex-ministro.

Amanhã serão ouvidos nas oitivas de testemunhas de defesa do processo de impeachment movido pela Câmara contra o prefeito, a empresária Marta Rossi e Samuel Moreira, deputado federal pelo PSDB, de forma virtual. Foram cancelados os depoimentos do jornalista Orestes de Andrade (secretário de Comunicação de Marchezan durante o caso), o deputado federal Maurício Dziedricki e do ex-diretor geral do Dmae, Tarso Boelter. As oitivas serão reagendadas, conforme a Comissão Processante.

O ex-ministro da Saúde, Luiz Mandetta, fez ontem a tarde uma candente defesa do uso de parcela de recursos do Fundo Municipal de Saúde em publicidade no caso de orientações e serviços relacionados com a pandemia do vírus chinês. "O município tem autonomia para usar, inclusive em publicidade dirigida", disse o ex-ministro. Ele disse que examinou as peças publicas e considerou-as "corretas e pertinentes". E ensinou:

- Todas atendem ao conceito de saúde, são muito diretas e coerentes com as diretrizes do Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde. É um dever do prefeito informar, não fazer isso é omissão. Foi declarada a emergência em território nacional. Entendo a importância da Câmara em fazer todos os esclarecimentos, mas fazer nada deve ser submetido à crítica. Nesse momento de pandemia, informar através de comunicação de massa é um dever, sob pena de ser responsabilizado.

Luiz Mandetta foi duro com os acusadores do prefeito Marchezan Júnior:

- É uma acusação míope. Se o que está em tela é fazer ou não campanha, teremos de revisar todo o SUS. O SUS é conhecido por fazer campanhas de saúde. Comunicação é parte das políticas de saúde.