Governo, aliado à Fiergs, não recua no imposto de fronteira aplicado sobre o comércio do RS

Tudo encaminha-se para uma queda de braço no plenário da Assembléia a questão do Imposto de Fronteira do RS, o Difa, que impõe uma alíquota suplementar de 5% sobre o ICMS cobrado na compra de produtos de outros Estados. O Difa não existe noutros Estados, o que aumenta os preços no RS e diminui a competitividade da economia local. 

. Entidades como Federasul, CDL e AGV já mobilizam os comerciantes de todo o Estado para a sessão do dia 10, onde será votado o projeto do deputado Frederico Antunes que implica na edição de um decreto legislativo suprimindo a cobrança.

. O governo endureceu sua posição, beneficiou alguns ramos industriais (16) e se aliou com a Fiergs contra os interesses do comércio do RS, mas depois disto, pressionado, voltou a negociar, fazendo propostas consideradas irrealistas. É que o governo apresentou uma proposta de isentar uma lista de produtos essenciais não fabricados no Estado, que teriam alíquota de 12% por 120 dias.

. A Federal disse que a lista de exceções é “constrangedora” por não se saber quem será o responsável por ela e voltou a lembrar que a compra de produtos de fora do Estado é exigência do consumidor.

. Só houve uma concordância, aliás, previsível. O governo ofereceu o parcelamento de dívidas em atraso de comerciantes, com redução de multa e encargos que pode chegar a 100%, além do alongamento do prazo de pagamento para 60 a 90 meses. Mas o Executivo só trabalha com proposta fechada.

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