The Economist diz que grupo Odebrecht destruiu seus princípios e valores

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O artigo que você lerá a seguir, da revista inglesa The Economist, informa sobre o prestígio internacional que tinha sido alcançado pelo grupo Odebrecht, expresso por muitos organismos, com princípios e valores de inspiração luterana. Agora é acusado de irregularidades que nega.

O título do artigo: "Princípios e valores".

O grupo Odebrecht tem muitos e difusos ingteresses no RS, o maior dos quais é com certeza o Pólo Petroquímico de Triunfo, sob o comando da sua controlada Braskem. Homens como Alexandrino Alencar, o lobista que fazia a interface entre a Odebrecht e Lula, pertenceram às direções de entidades poderosas como Fiergs e Federasul. Ele era particularmente festejado entre barões da mídia local e jornalistas à procura de patrocínio, mas através da agência de publicidade Escala, frequentava com desenvoltura todos os meios da vida econômica, social e política do RS.

O grupo começou por Norberto Odebrecht, que o formou na versão atual em 1940, sendo originária de imigrantes alemães e com sede na Bahia. Passou depois a ser comandado pelo seu filho Emilio e agora por seu neto Marcelo, que está detido pela Polícia Federal. O grupo Odebrecht entende como medida desnecessária, pois revelou a intenção de colaboração, com ele permanecendo no Brasil.

O artigo da revista The Economist informa que a empresa foi escolhida em 2010 pelo IMD, uma consagrada escola de negócios da Suíça, como a melhor empresa familiar do mundo. McKinsey, uma conhecida consultoria norte-americana, ressaltou os princípios e os valores de origem luterana que ajudaram o conglomerado a prosperar, tornando-o a mais importante empresa brasileira no mundo, atuando em muitos países, inclusive desenvolvidos como os Estados Unidos e Europa.

O grupo emprega 181 mil pessoas em 21 países, atuando não somente na construção pesada como na petroquímica e até na silvicultura, cuidando da preparação dos seus funcionários dentro dos valores e princípios que foram consubstanciados por Norberto Odebrecht em alguns livros, segundo a revista. O grupo está sendo acusado de ter contado com a colaboração do ex-presidente Lula da Silva para obter encomendas de obras em países estrangeiros, quando os recursos, como os financiamentos do BNDES, tinham o objetivo de atender os fornecimentos do Brasil, o que acontece com muitos países desenvolvidos. O estranho seria que estas personalidades defendessem interesses de empresas de outros países.

Certamente, as descobertas do pré-sal entusiasmaram muitas autoridades brasileiras ainda no período em que o custo do petróleo estava elevado, chegando em torno de US$ 110 por barril, quando hoje está abaixo de US$ 50. Volumosas encomendas teriam que ser feitas de plataformas, sondas, navios e outros equipamentos sofisticados, esperando que parte substancial fosse fornecida por empresas instaladas no Brasil, com elevada parcela de componentes locais. Certamente, havia necessidade do engajamento das grandes empresas de construção pesada, que são poucas, inclusive a Odebrecht. Pareceria estranho que as autoridades, nem sempre preparadas para programas gigantescos, não desejassem organizar estas volumosas encomendas, que eram consideradas urgentes, certamente com objetivos que escapavam da capacidade das empresas localizadas no Brasil.

Se tudo for comprovado, as empresas envolvidas e os corruptos terão que ser punidos, em alguns casos com multas elevadas, o que pode ser feito por acordos. 

4 comentários:

Anônimo disse...

Isto é uma coisa que esta empresa nunca teve, "PRINCIPIOS" e "VALORES"!

Anônimo disse...

Acho que Odebrecht destruiu seu prestígio, agora os princípios e valores destes canalhas continuam os mesmos!

Anônimo disse...

Os princípios, talvez, mas os valores davam um beleza, todos os valores bem acima do que devia ser, superfaturado.

Anônimo disse...



A Escala não foi também agência do Tarso?

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