Acompanhe no artigo os videos das denúncias de Machado e da reação de Temer.
A caciquia do PMDB perdeu o nexo. Ao tratar Sérgio
Machado como um patife sem explicar por que um sujeito como ele presidiu em
nome do partido uma das mais importantes subsidiárias da Petrobras por quase 12
anos, os pajés peemedebistas estão, no fundo, pedindo à plateia que faça como
eles, que se fingem de bobos pelo bem da nação.
Xamãs como Michel Temer e Renan Calheiros sabem que o
patriotismo do ex-senador Sérgio Machado cabe numa caixa de fósforos. Mas acham
que não devem nada a ninguém. Muito menos explicações. Não convém arriscar a
estabilidade do governo provisório por algo tão politicamente dispensável como
um lote de esclarecimentos sobre a missão partidária que o agora delator exercia
na Transpetro.
Acusado de requisitar uma machadiana de R$ 1,5 milhão
para a campanha de Gabriel Chalita, em 2012, Michel Temer amarrou o futuro de
sua gestão numa frase:
- Alguém que teria cometido aquele delito irresponsável
que o cidadão Machado apontou, não teria até condições de presidir o país.
Em
timbre pausado, Temer disse que a delação do “cidadão Sérgio Machado” é
“irresponsável, leviana, mentirosa e criminosa.”
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5 comentários:
Tudo que vem do UOL é bom ser lido com "reservas", pois sabe-se de seu forte vínculo com as verbas publicitárias do desgoverno petista...
Quando o Brasil esta na UTI usar esse tipo de argumento é agravar ainda mais a doença. Polibio claro que não se pode ser afavor dos ilicitos, mas cuidado tem muitos jornalistas e colunistas agindo como urubus.
Evidente que o PMDB, que agora mostra uma divergência profunda de condução do país com o PT, sempre esteve junto por amor ao dinheiro público desviado. Nunca por convergência programática. Grandes partidos, grandes ladrões, pequenos partidos, pequenos ladrões. Infelizmente a política é dominado por quadrilheiros e sem vergonhas.
UOL, ESTADAO, FOLHA, YAHOO, TERRA, bol- tudo bolivarianos
“Coisas morais nunca foram o forte dele”: como ACM foi o 1º a expor os esquemas de Temer.
Kiko Nogueira- 16 Jun 2016
Além de dar a Michel Temer um apelido preciso, incômodo e, portanto, eterno — “mordomo de filme de terror” —, Antônio Carlos Magalhães foi o primeiro a denunciar publicamente, e com o barulho que o caracterizava, o esquema do então deputado e presidente da Câmara no Porto de Santos.
Uma matéria da Istoé de junho de 1999 falou sobre a tentativa de ACM de “dar as cartas na reforma ministerial de FHC”.
No PFL, ACM, à época presidente do Senado, se esforçava para tirar o PMDB do governo. Fernando Henrique considerava isso um risco para a chamada “governabilidade” (ah, esses eufemismos idiotas).
Segundo a matéria, assinada por Andrei Meireles e Guilherme Evelin, ele almoçou com Covas, que governava São Paulo, e voltou com informações. Covas, é bom lembrar, era santista.
Transcrevo (os grifos são meus):
Entre uma garfada e outra, Covas contou a Antônio Carlos que alguns pesos pesados do empresariado estavam revoltados com a ação dos peemedebistas na área portuária, um feudo do partido no loteamento de cargos do governo FHC.
O coordenador-geral da Ação Empresarial, Jorge Gerdau Johannpeter, chegou a enviar uma carta ao ministro-chefe da Casa Civil, Clóvis Carvalho, em protesto contra a decisão do ministro dos Transportes, Eliseu Padilha (PMDB-RS), de substituir oficiais da Marinha no comando dos conselhos de autoridade portuária de Santos, Rio Grande e Paranaguá.
No porto de Santos, por determinação do Planalto, o ministro teve de voltar atrás e manter no cargo o capitão-de-mar-e-guerra Francisco Luiz Gallo. “As críticas não são procedentes. As mudanças são decorrentes da privatização dos portos”, justificou Padilha em conversas com assessores.
Na avaliação de Covas e ACM, Padilha promoveu as mexidas nos portos com o propósito de ampliar o raio de atuação do PMDB no setor portuário. Denúncias de irregularidades na Companhia Docas Porto de Santos, dirigida por apadrinhados de Michel Temer, estão sob investigação do Ministério Público e do Tribunal de Contas da União (TCU).
Em maio, a construção do terminal II do porto de Santos foi suspensa pelo TCU por causa de aditivos contratuais com a empreiteira Andrade Gutierrez que encareceram em 141,21% o preço original da obra. “As coisas morais nunca foram o forte do senhor Temer. Se abrir um inquérito no porto de Santos, ele ficará péssimo”, disparou ACM.
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