Veja desta semana fala sobre "Lula: o mito e as verdades"

Nesta reportagem de capa de Veja, na qual Lula aparece vestido de prisioneiro, intitulada "Lula: o mito e as verdades", a revista conta que as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público sobre casos de corrupção atingem filhos, parentes, amigos, amigos íntimos, amigas íntimas e ex-assessores do ex-presidente.

A reportagem é de Daniel pereira e Rodrigo Rangel.

Vale a pena ler.

Oito anos na Presidência da República fizeram de Lula um mito. Ele escapou ileso do escândalo do mensalão, bateu recorde de popularidade, consolidou o Brasil como um país de classe média e elegeu uma quase desconhecida como sua sucessora. Os opositores reconheciam e temiam seu poder de arregimentação das massas. O líder messiânico, o novo pai dos pobres, o protagonista do primeiro governo popular da história do Brasil encontra-se atualmente soterrado por uma montanha de fatos pesados o bastante para fazer vergar qualquer biografia - até mesmo a de Lula. Investigações sobre corrupção feitas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público vão consistentemente chegando mais perto de Lula. Ele próprio é foco direto de uma dessas apurações. Do seu círculo familiar mais íntimo ao time vasto de correligionários, doadores de campanha e amigos, o sistema Lula é formado predominantemente por suspeitos, presos e sentenciados. Todos acusados de receber vantagens indevidas de esquemas bilionários de corrupção oficial.
O mito está emparedado em verdades. Lula teme ser preso, vê perigo e conspiradores em toda parte, até no Palácio do Planalto. Chegou recentemente ao ex­-presidente um raciocínio político dividido em duas partes. A primeira dá conta de que sua derrocada pessoal aplacaria a opinião pública, esse monstro obstinado, movido por excitação, fraqueza, preconceito, intuição, notícias e redes sociais. A segunda parte é consequência da primeira. Com a opinião pública satisfeita depois da punição a Lula, haveria espaço para a criação de um ambiente mais propício para Dilma Rousseff cumprir seu mandato até o fim. Nada de novo. A política é feita desse material dúctil inadequado para moldar alianças inquebrantáveis e fidelidades eternas.

Os sinais negativos para Lula estão por toda parte. Uma pesquisa do Ibope a ser divulgada nesta semana mostrará que a maioria da população brasileira condena a influência de Lula sobre Dilma. Some-se a isso o contingente dos brasileiros que até comemorariam a prisão dele, e o quadro fica francamente hostil ao ex-presidente.

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5 comentários:

ARS disse...

Além da veja, a época aponta para a movimentação milionária da camarilha dos quatro, recordista no coaf. Quanto mais tempo os corruPTos ficarem soltos, maior será o rombo nas contas do país.

Anônimo disse...

Mito formado por uma imprensa vendida ( na maioria ) e por uma população de analfabetos e miseráveis, além de empresários ávidos por mamarem nas tetas do governo.
Qualquer pessoa de mediana inteligência sabe que se trata de um VIGARISTA, nada mais do que isso.

Anônimo disse...

LULA AGONIZA, 7¨%

Anônimo disse...

CADEIA NO LULADRAO

Marco Bertalot-Bay disse...

Não vejo que a verdade esteja em jogo neste momento! Esta já se despediu há tempos do debate público. Agora chegou a hora e a vez das religiões políticas, calcadas no medo e no poder como fim em si - frutos do NOSSO relaxo individual e coletivo. Nessa conjuntura de lusco fusco todos temos ótimas e péssimas razões - em geral animais!

Sendo assim a pergunta agora seria: "Como estancar esse despencamento vertiginoso?", pois é só depois dessa aterrissagem que novos caminhos poderão abrir-se para o essencial humano em cada cidadão. Essa ainda delicada essência é a perspectiva realista que nos resta para a doma da safadeza, da mentira e do autoritarismo por meio do cultivo da ética, da verdade e do amor. E isso, por acaso, é querer demais?

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