A Justiça Federal de São Paulo condenou nesta segunda-feira a empresária Tânia Bulhões a quatro anos de reclusão, convertidos em duas penas restritivas de direito. Segundo o juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6ª Vara Federal Criminal, a pena prevê a prestação de serviços à comunidade e a proibição de realizar viagens ao exterior por um período superior a 10 dias, sem autorização judicial.
A empresária é dona de lojas de produtos de luxo em São Paulo, tem loja também em Porto Alegre, é casada com um dos irmãos Grendene (donos da Paquetá e Vulcabrás) e foi condenada por falsidade ideológica, descaminho, formação de quadrilha e crimes contra o sistema financeiro nacional. No dia 7 de outubro, ela confessou, diante de um juiz, que tinha uma empresa em um paraíso fiscal no Caribe e que importava produtos de forma ilegal para pagar menos imposto.
Em agosto, a defesa de Tânia Bulhões propôs um acordo de delação premiada, previsto na legislação. Em troca de sua confissão e de mais informações sobre a participação de outros réus, a empresária teve a prisão substituída por pena restritiva de direitos
De acordo com a sentença do juiz, Tânia Bulhões deverá prestar serviços na Fundação Dorina Nowill, que atende pessoas com deficiência visual. O magistrado também determinou o pagamento de 20 dias-multa, que foi considerado efetuado porque na delação premiada ficou acertado que "abrangeria quaisquer outros valores a serem pagos pela ré em decorrência da sentença".
Confissão
Tânia Bulhões admitiu que, em 2004, resolveu expandir seus negócios e se espelhou na Daslu para que fosse montado um esquema de importação de artigos de luxo que reduzisse os impostos a pagar pelo grupo. Em sua confissão, ela deu mais informações sobre a participação de outros acusados e afirmou que seus sócios, a irmã Kátia Bulhões e Ivan Ferreira Filho, acusados de participação no caso pelo MPF, juntamente com Tânia e outras dez pessoas, são inocentes.
2 comentários:
Esta mulher é casada com um fake italian, pois um italiano de verdade não permitiria a delação de seus comparsas.
Quando estive no Uruguai passei em frente da 'casinha' dos Grandene. Acreditem, isso não é casa para qualquer milionário.
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