É primosa e didática a reportagem a seguir que o Jornal Nacional apresentou na sua edição de ontem a noite, quando informou que poderão sacar o dinheiro 10,2 milhões de trabalhadores, movimentando um total de R$ 30 bilhões na economia. Os economistas e trabalhadores ouvidos pelo JN, elogiaram o anúncio feito pelo presidente Michel Temer ontem de manhã.
Leia e entenda o que acontecerá:
O governo federal anunciou nesta quinta-feira (22) uma
série de medidas para tentar estimular a economia brasileira. Dez milhões e
duzentos mil trabalhadores vão poder sacar todo o dinheiro que estava bloqueado
em contas inativas do FGTS. O total de saques pode chegar a R$ 30 bilhões.
A medida foi anunciada pelo presidente Michel
Temer durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto. O
objetivo do governo é injetar R$ 30 bilhões na economia brasileira. O
trabalhador poderá sacar o dinheiro das contas inativas do Fundo de Garantia e
usar da forma que quiser.
Até agora, o trabalhador que tinha pedido demissão de um
emprego podia sacar o dinheiro do Fundo de Garantia três anos depois sem nenhum
outro emprego com carteira assinada. Esse prazo não vai existir mais para quem
pediu demissão até 31 de dezembro de 2015.Agora, esse trabalhador vai poder sacar o FGTS mesmo que
já esteja formalmente empregado de novo. Mas atenção: o trabalhador não vai
poder sacar o FTGS de uma conta ativa, ou seja, com dinheiro depositado pelo
empregador atual. Também não tem direito ao benefício quem pediu demissão em
2016. Não haverá limite de saque das contas inativas e o valor
integral poderá ser retirado. A maior parte das contas inativas do país (86%)
tem cerca de um salário mínimo de saldo.
CLIQUE AQUI para saber mais detalhes e entender melhor quem é beneficiado e de que modo o trabalhador poderá sacar seu dinheiro.
4 comentários:
Só não se esqueçam que se for devedor da CEF, primeiro ela retem o valor da divida, e se sobrar algum ela paga com a sobra.
Esse saque é uma forma de SACANEAR e o governo ter mais dinheiro que hoje não tem.
Por que o “furo do ano” virou uma notinha minúscula?
FERNANDO BRITO-23/12/2016
A palavra presepada vem, óbvio, de presépio, mas tem um sentido completamente inverso ao da representação da cena fundamental do cristianismo. Dizem os etimologistas que essa acepção vem dos antigos “presépios vivos” com que se figurava o Advento cristão. Eram toscos, nitidamente fingidos, atores inconvincentes e roteiros atrapalhados.
A Folha, hoje, publica uma matéria que lhe transmitiram, claramente, com um sentido de presepada. Tanto é assim que, aquela que seria a manchete do ano – uma acusação pessoal de Marcelo Odebrecht a Lula – virou um pequeno registro. Nitidamente, faltou munição para “bancar” o suposto furo.
O próprio título – “Em delação, Odebrecht revela estratégia para manter Lula influente” – e, na pequena chamada de capa, afirma que a empresa “diz ter agido para manter a influência de Lula”.
Ok. Partamos do princípio que, de fato, alguém com acesso às declarações de Marcelo Odebrecht à “joia da coroa” das 77 delações da empreiteira – alguém, um dia, por favor, explique como se manteve secreto um esquema que envolvia 77 pessoas dando dinheiro de propina e caixa 2 – deu ao jornal o que ele continha e as provas de que as atividades políticas de Lula eram sustentadas pela empreiteira.
Só quem lê com atenção é que percebe que a suposta e vaga informação é apenas “gancho” para requentar a história do tal “prédio do Instituto Lula”.
O que há ali? Lula “manteria sua influência” com um novo prédio de seu instituto, prédio que, aliás, não é e não foi do Instituto Lula, como a reportagem candidamente registra:
Um ponto a ser esclarecido nas apurações é o fato de a sede do instituto não ter sido instalada no terreno da rua Dr. Haberbeck Brandão, na zona sul, mas em um edifício no bairro do Ipiranga.
Reparem que “pequeno detalhe”: porque o Instituto Lula é onde sempre foi e não é onde lhe compraram um prédio para ser? É algo tão nonsense quanto a história de que o Itaquerão foi “um presente” a Lula. Se eu fosse presidente do Corinthians pediria de volta o dinheiro pago, já que foi “presente”.
Admita-se, por simples exercício, que o prédio foi comprado para isso.Será que Lula pediria para comprar um prédio sem saber qual seria, onde seria, etc? Porque, na versão dos procuradores, Lula não teria achado o prédio adequado. Bem, neste caso só é possível imaginar que ele não tenha pedido que o comprassem ou, no mínimo,que não participou desta história senão para dizer não à cessão do prédio para seu instituto.
Se alguém pediu e a Odebrecht comprou, aqui por engano, não é? Tráfico de influência é solicitar ou obter vantagem indevida por ato de funcionário público. Neste caso, não se apontou solicitação, não se provou obtenção e muito menos localizou-se o ato específico a que ele se referiria.
A história do financiamento de uma campanha em El Salvador, francamente, também falta sustentação para afirmar que vantagens obteria Lula. Quem poderia estar interessada em vantagens – em obras e contratos – em El Salvador era a Odebrecht, não ele. Aliás, não só lá, mas em vários outros países onde andou distribuindo propinas. Ou será que ela corrompeu dirigentes destes países para “agradar Lula”?
Quando o jornalismo parte, sem provas e sem lógica, para montar cenários que “alguém me disse”, agindo como “vaquinha de presépio” da meganhagem jurídica que sabidamente quer “pegar o Lula” o resultado é o que o Houaiss descreve como “espetáculo ridículo, fanfarrice”.
Uma presepada.
Esse negócio do empregador não liberar o FGTS do trabalhador quando ele se demite é um assalto á mão armada, não vejo benevolência nenhuma do governo nessa medida, o FGTS é do trabalhador, não do governo, que seja sempre assim.
Ao "iluminado" e sua "bostagem" das 13:39:
Se assim for, isto é, que os Odebrecht "utilizaram" Lula, porque a defesa de Lula insiste em atacar Moro e Deltan, ao invés de então dizer a "verdade", que Lula foi usado de biombo para escusas transações?? Difícil de se sustentar tamanha falácia não é mesmo "iluminado" !!
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