Vai a R$ 50 milhões o investimento total para a instalação da segunda usina termelétrica movida com a queima da casca de arroz instalada no RS, desta vez em São Borja. O grupo alemão MPC, que vai tocar a usina a partir de agosto e quer vê-la funcionando dentro de um ano, tem interesse também em implementar usinas iguais em São Sepé e Dom Pedrito. O problema dos dois municípios é garantir suprimento de 100 mil toneladas/ano de casca de arroz num raio de 60 quilômetros, coisa que São Borja já fez.
. O grupo MPC comprou os projetos das usinas e parte dos equipamentos que já estavam em poder do banco alemão KfW, o mesmo que financiou o programa desenvolvido em Porto Alegre pela Hamburgo, envolvida nos avais falsos da CGTEE. Prejudicado no negócio, o banco conseguiu segurar os projetos e parte dos equipamentos que já tinham sido comprados, vendendo tudo para o MPC.
. Para apresentar as obras, esteve nesta sexta-feira em São Borja o diretor da MPC Bioenergia do Brasil, Johann Albert Ramcke, do grupo MPC – Münchmeyer Petersen Real Estate Consulting GnbH, maior fundo privado da Alemanha termelétrica
. A usina gerará 12,3 MW.
. No RS, estão instaladas outras usinas de casca-de-arroz: a primeira termoelétrica que aproveita a casca de arroz como combustível no Brasil, foi instalada na filial de São Gabriel (RS) da Arrozeira Urbano, em 1996, e tem capacidade para gerar 2.200 MW de energia. A Camil Alimentos, em Itaqui (RS), inaugurou em 2001 a sua termoelétrica abastecida com a casca do produto. A usina tem capacidade para gerar até 4,5 MW de energia em condições máximas de operação.A Usina da Caal ( Alegrete) deverá gerar 3,8 MW..
. O RS é o disparado o maior produtor de arroz do Brasil e não sabia o que fazer com a casca decorrente do beneficiamento.
Um comentário:
Assim como esse "resíduo" que era literalmente jogado fora - no lixo - quantas outras oportunidades de geração de riquezas existem Rio Grande afora ??
E, diga-se de passagem, numa área como energia que gera um imposto praticamente imune à sonegação.
O déficit de energia no RS é histórico e não dá para entender como projetos que são relativamente simples demoram tanto para sair do papel.
Para a comunidade de São Sepé, essa usina representa muito, pois faltam empregos e renda no município,que é pobre .
Ivan Cezar Ineu Chaves
São Sepé-RS
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