Site da revista Veja - 10 de abril de 2010
Por Augusto Nunes
“A celebração política no lançamento da candidatura Serra excitou o Brasil que pensa”.
Seis discursos, três dos quais de improviso, e nenhum plural exterminado, nenhum pontapé na gramática, nenhum raciocínio esganado pelo cérebro baldio, nenhuma frase perdida no deserto de neurônios - nenhuma agressão à lógica e ao idioma. Tanto bastaria para que se saudasse com fanfarras e fogos de artifício a festa de lançamento da candidatura presidencial de José Serra. Mas o conteúdo superou a forma, e a celebração política ocorrida em Brasília neste sábado excitou o Brasil que pensa com a sensação de que pode estar perto do fim a Era da Mediocridade instituída há mais de sete anos.O presidente Lula atravessou o verão com Dilma Rousseff no colo e um par de certezas na cabeça: a oposição iria passar a campanha sem discurso e tentando esconder Fernando Henrique Cardoso. Acaba de descobrir que flutuou na estratosfera. Aplaudido de pé pela multidão, FHC foi louvado por todos os oradores, finalmente despertados para a evidência de que o ex-presidente só é impopular entre milicianos petistas e cabeças contaminadas por versões companheiras da história do Brasil. A segunda fantasia foi rasgada ao longo do encontro e ficou em frangalhos com o pronunciamento de José Serra. A oposição tem discurso de sobra.
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2 comentários:
EXCELENTE análise do jornalista Augusto Nunes!!!
KIRK
O PT, por razões que só ele conhece, insiste nessa idiotice de comparar FHC e Lula. O Brasil quer saber do futuro. O que passou pode ser consertado, mas não tem motivo para ficar nessa conversa de quem não tem mais nada para dizer ou fazer por falta de conhecimento ou por ser "bitolado". Confesso não gostar lá muito de Serra. Ele atropelou a lógica de pessoas que conhecem o assunto previdência geral quando apoiou Lulex, dizendo que ele está certo. Erradíssimo. Lula sabe que o dinheiro da previdência foi e é desviado, não precisa ser gênio, só saber pensar, usar a massa cinzenta(todos deveriam ter!), estudar e ler. É aí que mora minha preocupação. Todos os profissionais da iniciativa privada um dia irão aposentar-se e serão levados a miséria inevitavelmente(exceto aquele que está vinculado a empresas de economia mista e empresas públicas). Aí vem a pergunta: quando teremos um Presidente com P maiúsculo e irá ser honesto e correto. Quando poderei escolher um candidato por ser completo e não para fugir de um analfabeto, conveniente, "ista", etc. Rezo(sei lá se ajuda), mas não sei se isso um dia, num país como o nosso, vai acontecer.
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