A poderosa Associação Comercial e Industrial de Novo Hamburgo, que só perde em importância para a própria Fiergs e o Centro da Indústria e Comércio de Caxias do Sul, reptou nesta quinta-feira a Apex para que cancele o Seminário de Internacionalização para o Setor de Calçados e Componentes, destinado a convencer os industriais gaúchos a levar suas fábricas para a República Dominicana. O evento foi agendado para o dia 29, justamente para a Fenac, em Novo Hamburgo.
. A presidente da ACI, Fátima Daudt, não usou meias palavras para mostrar sua oposição ao evento da Apex:
- Exportar empresas e empregos, construir um espaço oficial de oferta para a transferência das mesmas para República Dominicana dentro do solo brasileiro numa Feira setorial e trazer técnicos dominicanos no intuito de atrair investidores para aquele País parece-nos um equívoco grave.
. A Fiergs nada disse até agora, mantendo-se na posição de nova grande muda do meio empresarial do Estado.
. A reação ao seminário da Apex, já resultou em protestos semelhantes nos Vales do Sinos e Paranhana, onde concentram-se 90% das fábricas de calçados e componentes do Estado.
. A Apex prometeu trazer técnicos do governo da República Dominicana ao RS, para demonstrar as vantagens fiscais, cambiais e logísticas do País, uma república localizada na ilha que divide com o Haiti, próxima aos Estados Unidos.
. Além dos representantes do governo federal brasileiro e técnicos dominicanos, a Apex também incluiu um case do próprio Vale do Sinos, no caso a Paquetá, que fechou suas fábricas de Sapiranga e resolveu levar produção, empregos e renda para Santo Domingo.
. A ACI não se opõe a implementação de plataformas industriais no exterior, mas não admite que fábricas sejam fechadas no RS e levadas para outros Países - e principalmente com o estímulo e o apoio do governo federal, no caso a Apex. Sobre isto, disse a presidente, Fátima Daudt:
- Isto nos causa indignação e surpresa.
. Os calçadistas gaúchos e brasileiros enfrentam feroz disputa no mercado internacional por parte de fabricantes que se utilizam de práticas não-comerciais. Essa gente também exporta como nunca para o Brasil. No primeiro semestre, de cada dois pares de calçados exportados, um par foi importado, apesar de todas as pesadas sobretaxas, porque são utilizadas plataformas laranjas localizadas no Vietname, Tailândia e até Uruguai e Paraguai.
CLIQUE acima para ampliar e ler a carta enviada hoje para o presidente da Apex.
4 comentários:
Não adianta espernear. Se esse tipo de evento não sair pela mão estatal, sairá pelas mãos da inciativa privada. Todo empresário tem que, em primeiro lugar, buscar o melhor ambiente possível para sua empresa - nem que seja no exterior. O governo que trate de melhorar o ambiente interno e as associações que tratem de abrir as amentes.
OLHA PARABENS PARA A ASSOCIAÇÃO, QUEM QUER DAR O FORA DO BRASIL, TEM TODO O DIREITO, MAS O PAPEL DO GOVERNO É CRIAR UM AMBIENTE DE GERAÇÃO E MANUTENÇÃO DE EMPREGOS E DESENVOLVIMENTO POR AQUI.
TODOS OS PAISES FAZEM ISTO.
AGORA O GOVERNO ESTIMULAR E DAR COBERTURA AQUI DENTRO, PRA JAGUARADA VIR E SE SERVIR NEM PENSAR.
A REPUBLICA DOMINICA QUE SE VIRE POR LÁ PARA GERAR EMPREGOS.
Esta turma só reclama mas acham que só eles podem ganhar dinheiro. Suas aldeias vivem da monocultura do calçado, onde qualquer outra industria que queira entrar lá será barrada. A prova é comparar três Coroas com Igrejinha. Uma população culturalmente atrasada, salario médio é uma esmola e meia duzia de famílias dominam a economia. Uma grande fabrica de cerveja tentou se estabelecer lá e os colonos barraram. Foram para Igrejinha e o resultado é uma cidade que prospera com calçados, turismo e industria.
Pelo visto, o comentarista das 16:10 quer aqui um ambiente melhor, onde não se pague Férias, 13º, Descanso Semanal Remunerado, horas extras com adicional, que não tenham direito à Previdência Social, como acontece na China e em outros país onde os chineses já fincaram raízes...Daí vai ser um ambiente maravilhoso, não é @fitzca
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