* Clipping O Estado de S. Paulo
Num dos meus primeiro mandatos de deputado federal
defendi na tribuna da Câmara Os Paralamas do Sucesso, acusados de caluniar o
Congresso Nacional com a música Luís Inácio (300 picaretas'). Os primeiros
versos diziam: “Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou/ são trezentos picaretas
com anel de doutor!'.
Defendi-os em nome da liberdade de expressão. Não
concordava inteiramente com Lula. Talvez fossem 312 ou 417. Reconheço que 300 é
um número redondo, mais fácil de inserir nos versos de uma canção popular. Além
do mais, nem todos têm anel de doutor. Mas isso são detalhes. O mais importante
é registrar que estávamos na véspera da chegada do PT ao governo federal,
início da era do “nunca antes neste país”. E aonde chegamos, agora, uma década
depois?
Renan Calheiros deve assumir a presidência do Senado,
Henrique Eduardo Alves, a da Câmara e o deputado Eduardo Cunha, a liderança do
PMDB. Caso se concretizem, esses eventos representam um marco na História do
Congresso. Significa que, para muitas pessoas informadas, o Congresso deixa de
existir. É o fim da picada...
Conheço os passos dessa estrada porque transitei nela 16
anos.
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