Gilmar Mendes, ao lado: "Para jogador ruim (Dilma) até as pernas atrapalham".
O presidente do STF, Ricardo Lewandowsky, tentou fazer um intervalo de 10 minutos, mas os demais ministros não concordaram, com o que começou a falar o ministro Celso de Mello. A ação movida pelo PCdoB foi amplamente rejeitada.
O tom dos discursos e o resultado da votação, são indicativo seguro para as demais votações da noite no STF. Desta vez a Corte não fará o jogo do governo. O time do governo perdeu.
São 20h39min.
Todos os demais ministros já falaram.
Celso de Mello, agora, 20h39min, o último a falar, abriu o voto pelo indeferimento da reclamação do PCdoB, o que significa que a votação será como anunciada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, ou seja, alternadamente entre Estados do Norte e do Sul, e por cada Estado através de chamada por ordem alfabética.
O relator do caso, Marco Aurélio Melo, fazendo o jogo do governo, tentou fulminar a decisão da Câmara, mas foi amplamente contestado.
O ministro Gilmar Mendes foi particularmente feroz com seu colega, deixando claro que Marco Aurélio tentou resolver as coisas no tapetão. Disse Mendes, ferino:
- Lembro o ministro José Nery da Silveira, que ao apreciar recurso de Collor, cassado, avisou: "
Se para garantir o cargo ele precisa de uma decisão judicial, é porque já não governa".
Gilmar Mendes também avisou, referindo-se indiretamente a Dilma Roussef e aos advogados que batem às portas do STF para impedir o julgamento de domingo:
- Para jogador ruim, até as pernas atrapalham.
O ministro lembrou que por trás das reclamações do PCdoB, PT e do advogado da AGU, José Eduardo Cardozo, o que está em jogo, de verdade, é a falta de votos no plenário da Câmara. E advertiu:
- Não é aqui que devem buscar os votos que lhes faltam.
