Enquanto o Brasil muda de casca, desfazendo-se de sua
centenária crosta de fisiologismo, a última e desvairada oligarquia encarnada
no lulopetismo tenta mudar de pelo, mas, como diz o velho provérbio latino, o
lobo muda de pelo, não de caráter.
Lula com quem a natureza foi generosa ao lhe dotar de
esperteza velhaca, mas extremamente avara em lhe prover de inteligência,
assoprou para Dilma colocar um banqueiro à testa da fazenda para, por esse
artifício, seduzir a crédula classe rica, empresários e financistas, de cujo
apoio sempre se valeu para implantar seu ruinoso populismo.
Ao ver que o engodo se desfaz, Joaquim Levy zanzando de
um lugar para outro, levando trompadas como terneiro novo que erra a mãe, Lula
quer substituí-lo. Falto de inteligência, socorre-se da esperteza para tentar
pela segunda vez a mesma vigarice. Não vai levar.
Até os paralelepípedos da Avenida Sete, Deus os conserve,
sabem que a solução não passa por ministros da fazenda, geniais que fossem, e
não o é Henrique Meirelles. Lula quer seu antigo servidor no lugar de Levy.
Ambos são altamente qualificados em seu ofício: defender o interesse dos
Bancos. De política entendem tanto quanto entendo eu de afinação de violinos.
Somente um governo que devolva seriedade à gestão da
coisa pública, e isto é o bastante, nos tirará do barro. Além de pretender
aplicar-nos o conto do vigário, talvez pretenda Lula também promover uma hora
da saudade, para recordar os tempos em que Meirelles o ajudava a malversar os
bilhões que o tesouro acumulou quando a economia do mundo soprava de outro
lado.