Empresas de ônibus poderão obter subsídios provisórios para enfrentar a crise financeira

A nova administração de Porto Alegre ainda não tem uma definição sobre o caso dos preços das passagens de ônibus, que estão defasados. No ano passado, os valores não foram reajustados e ainda diminuíram. "Foi menos R$ 0,15 por passagem", disse o prefeito Sebastião Melo, ontem, em reunião do secretariado.

O governo trata a questão com urgência, porque o sistema pode entrar em colapso. O vice-prefeito Ricardo Gomes disse que um dos grandes desafios do setor é lidar com os custos e receitas: "Precisamos redimensionar o sistema como um todo". Isto é correto, mas o caso atual é de urgência e exige solução imediata, porque existe descompasso tremendo entre custos cada vez mais altos e receitas cada vez menores.

As soluções imediatas seriam 1) aumentar os preços das passagens. 2) injetar dinheiro público no sistema para manter os preços congelados.

A solução por subsídio parece ser a opção dominante. Uma das alternativas de buscar dinheiro para isto é taxar os serviços dos aplicativos tipo Uber. 

Eis o que disse o prefeito, ontem, na reunião do secretariado:

 - Não vamos colocar dinheiro público sem aval do Tribunal de Contas e Ministério Público", diz o prefeito, ressaltando que nos próximos dias o governo municipal irá se debruçar sobre a repactuação do contrato de concessão dos ônibus.