A Procuradoria-Geral do
Estado dirá segunda-feira quem são os responsáveis pelos calotes de R$ 157 milhões sofridos pelo Badesul durante o governo Tarso Genro, PT, e que por pouco não quebraram o banco. O relatório final será apresentado em entrevista coletiva na manhã de segunda-feira no auditório da PGE. A sindicância apurou os empréstimos à Iesa Óleo e Gás, Wind Power Energy e D'Itália Móveis. Todas elas entraram em processo de recuperação judicial depois da aquisição dos financiamentos. Juntas, deixaram um prejuízo de R$ 157 milhões ao banco gaúcho, controlado pelo governo estadual. Os três contratos foram assinados entre 2011 e 2014, no governo Tarso Genro.
Em alguns empréstimos, os técnicos do comitê de crédito do banco emitiram pareceres contrários às operações, mas a direção, usando das suas prerrogativas de decisão, optava por levar os negócios adiante.
A apuração está finalizada desde 20 de janeiro, mas, até
agora, seguia sob sigilo. A sindicância ouviu 28 depoentes, em um processo de
cerca de 10 mil páginas. O relatório final ficou em 130 páginas.
Os responsáveis poderão sofrer indisponibilidade de bens, impossibilidade de
contratar com o poder público e suspensão de direitos políticos dos
responsáveis, além de abrir administrativamente processos de demissão de
servidores eventualmente envolvidos.