O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes
disse nesta quinta que "ninguém se mantém no cargo com liminar
do Supremo", em referência às liminares dos colegas Teori Zavascki e Rosa
Weber que suspenderam o rito estabelecido pelo presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), para a tramitação de um eventual processo de impedimento da
presidente Dilma Rousseff no Congresso.
"Então é uma lição que aprendi da
época do Collor é que se o presidente não tiver 171 votos [para barrar o
impeachment], não pode mais ficar no cargo. Isso depende de legitimação
democrática", afirmou.
Ele, no entanto, reforçou a tese de que o rito para
a tramitação do impeachment traçado pela Câmara não pode fugir ao que está
disposto na Constituição e na lei dos crimes de responsabilidade