Deputados federais gaúchos do PP recebiam “mesada” do Petrolão, garante doleiro

A rádio Gaúcha divulgou há instantes que o doleiro Alberto Youssef assegurou em depoimento que os deputados federais gaúchos do Partido Progressista, que seriam de menor importância na hierarquia do esquema, recebiam uma espécie de “mesada” do esquema, que variava de R$ 30 mil a R$ 150 mil.

Já os líderes do PP faziam jus a importâncias maiores, entre R$ 250 mil a R$ 500 mil.

Em mensagem no Facebook, o deputado Jerônimo Goergen nega veementemente as acusações, abriu seus sigilos bancário e fiscal para comprovar o que diz e avisa que não deve, não teme e irá provar sua honradez em juizo e fora dele.

STF inclui Vaccari Neto, tesoureiro nacional do PT, na lista do Petrolão

O STF acaba de informar que dois outros nomes foram incluídos na lista dos políticos que serão investigados no âmbito dos processos do Petrolão:

João Vaccari Neto, tesoureiro nacional do PT
Fernando Baiano, operador que fazia elo do PMDB no Petrolão

Ambos roubavam dinheiro sujo da Petrobrás para irrigar os cofres de políticos e dos próprios Partidos, PT e PMDB.

A ilustração ao lado revela de que modo a roubalheira foi sistêmica na Petrobrás, tudo com o conhecimento e autorização de Lula e de Diklma.

Da Espanha, Goergen reage com indignação à lista divulgada pelo STF

O deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), que está na Espanha representando a Câmara em um evento, reagiu com indignação e estranheza ao saber que seu nome está na lista da Procuradoria-Geral da República como beneficiado com recursos desviados da Petrobras.

Em contato com o editor, ele disse que “a lista coloca toda a bancada gaúcha no mesmo saco de gatos”. Segundo o parlamentar, o partido recebeu doações de diversas fontes e as repassou aos candidatos, sem discriminar sua origem.

Goergen suspeita de uma doação que recebeu da Braskem – citada na Lava Jato - como uma possibilidade de desconfiança do procurador-geral, Rodrigo Janot, com relação a seu nome.

Adiantou que, na segunda-feira, quando retorna ao Brasil, convocará uma entrevista coletiva porque, assegurou, não vai se esconder, já que tem sua consciência tranquila.

PT já festeja poucos nomes na lista do Petrolão. Estranhamente, PP e PMDB lideram relação dos aliados de Dilma. Base aliada fraturou de vez

O PT nacional acaba de tirar nota se congratulando com os procuradores do MPF e com o ministro Teori Zavascki, porque apenas seis dos seus parlamentares foram incluídos na lista da PGR e liberada pelo STF.

O Partido entrou em terceiro lugar na lista

PP e PMDB lideram a relação.

A base aliada fraturou de vez, porque a divulgação da lista e a nota do PT expõem o que os líderes do PMDB - Renan e Cunha - já desconfiavam há bastante tempo, o que os levou aos recentes enfrentamentos com o Partido e com o governo Dilma: eles foram escolhidos como boi de piranha.

Resta saber até onde levarão o racha, mas tudo indica que irão às últimas consequências, o que só engrossará o discurso pelo impeachment.

Isto tudo é surpreendente, porque ninguém acredita que o dinheiro sujo da Petrobrás fosse maciçamente para PMDB e PP em primeiro lugar.

Por muito pouco, a lista do PGR e de Teori Zavascki não suprimiu toda a presença petista.

É noite de festa no PT e no governo Dilma, embora penas um nome - Anastasia - não integre a base aliada, o que sublinha o caráter corrupto da administração petista, mas concede evidente alívio ao PT e ao governo, Ninguém em exercício de mandato foi citado - sequer Dilma, que durante a semana resultou nominada várias vezes pela imprensa como integrante da relação. 

Dilma e Lula sequer foram citados, embora se saiba que como presidentes da República, portanto responsáveis pelo governo nos últimos 12 anos, nada fizeram para conter a roubalheira na estatal, liderada por pelo menos três diretores da maior extração.

Como no Mensalão, mais uma vez os chefes da organização criminosa, Lula e Dilma, parecem ficar de fora, impunes, desta vez no Petrolão.

Analistas dizem esta noite que aparecem tantos nomes do PP e do PMDB porque os dois diretores presos e que delataram, Paulo Costa e Cerveró, foram nomeados por indicação do PP e do PMDB. O PT não teria sido tão atingido porque o diretor deles, Renato Duque, claramente também larápio do dinheiro público da pior espécie, foi surpreendentemente solto por Teori Zavascki, depois de pedido pessoal de Lula, conforme foi publicado em todo o País.

Estes são os seis nomes do PT que serão investigados..

– Senadora Gleisi Hoffmann (PR)
– Senador Humberto Costa (PE)
– Senador Lindbergh Farias (RJ)
– Deputado José Mentor (SP)
– Deputado Vander Loubet (MS)

– Ex-deputado Cândido Vaccarezza (SP)

Supremo divulga a lista com os nomes dos políticos denunciados como beneficiários do Petrolão

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, acaba de divulgar a lista com os 54 nomes de políticos envolvidos em denúncias feitas à Operação Lava Jato, que apura o achaque aos cofres da Petrobras.

Faz parte da lista toda a bancada de deputados federais do PP do Rio Grande do Sul, na legislatura 2010-2014, que eram: Afonso Hamm, Jerônimo Goergen, José Otávio Germano, Luís Carlos Heinze, Renato Molling e Vilson Covatti. À exceção de Covatti, que desistiu de concorrer à reeleição em favor de seu filho, os demais foram reeleitos para a atual legislatura.

A lista completa está abaixo:

PP
- Senador Ciro Nogueira (PI)
- Senador Benedito de Lira (AL)
- Senador Gladson Cameli (AC)
- Deputado Aguinaldo Ribeiro (PB)
- Deputado Simão Sessim (RJ)
- Deputado Nelson Meurer (PR)
- Deputado Eduardo da Fonte (PE)
- Deputado Luiz Fernando Faria (MG)
- Deputado Arthur Lira (AL)
- Deputado Dilceu Sperafico (PR)
- Deputado Jeronimo Goergen (RS)
- Deputado Sandes Júnior (GO)
- Deputado Afonso Hamm (RS)
- Deputado Missionário José Olímpio (SP)
- Deputado Lázaro Botelho (TO)
- Deputado Luis Carlos Heinze (RS)
- Deputado Renato Molling (RS)
- Deputado Roberto Balestra (GO)
- Deputado Roberto Britto (BA)
- Deputado Waldir Maranhão (MA)
- Deputado José Otávio Germano (RS)
- Ex-deputado e ex-ministro Mario Negromonte (BA)
- Ex-deputado João Pizzolatti (SC)
- Ex-deputado Pedro Corrêa (PE)
- Ex-deputado Roberto Teixeira (PE)
- Ex-deputada Aline Corrêa (SP)
- Ex-deputado Carlos Magno (RO)
- Ex-deputado e vice governador João Leão (BA)
- Ex-deputado Luiz Argôlo (BA) (filiado ao Solidariedade desde 2013)
- Ex-deputado José Linhares (CE)
- Ex-deputado Pedro Henry (MT)
- Ex-deputado Vilson Covatti (RS)

PMDB
- Senador Renan Calheiros (AL), presidente do Senado
- Senador Romero Jucá (RR)
- Senador Edison Lobão (MA)
- Senador Valdir Raupp (RO)
- Deputado Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara
- Deputado Aníbal Gomes (CE)
- Ex-governadora Roseana Sarney (MA)

PT
- Senadora Gleisi Hoffmann (PR)
- Senador Humberto Costa (PE)
- Senador Lindbergh Farias (RJ)
- Deputado José Mentor (SP)
- Deputado Vander Loubet (MS)
- Ex-deputado Cândido Vaccarezza (SP)

PSDB
- Senador Antonio Anastasia (MG)

PTB
- Senador Fernando Collor (AL)

Operadores do esquema
- João Vaccari Neto, tesoureiro do PT
- Fernando Soares, o Fernando "Baiano"

Calheiros e Cunha, medindo forças com Dilma, preparam novo golpe contra o governo

Os presidentes do Senado, Renan Calheiros, e da Câmara, Eduardo Cunha, ambos do PMDB, acertaram a pauta da semana que vem do Congresso.

Ambos articulam mais um golpe nos planos do governo: uma sessão extra na quarta-feira de manhã para a análise do veto de Dilma à emenda que reajustaria a tabela do Imposto de Renda em 6,5%.

O deputado Mendonça Filho (DEM-PE), autor da emenda, recebeu a garantia de lideranças do PMDB de que o partido votará com a oposição, derrubando o veto de Dilma.

Toda bancada de deputados federais do PP do RS foi para a lista de investigados do Petrolão

Toda a bancada gaúcha do PP da legislatura atual foi incluída na lista do Perolão: Zé Otávio, Renato Molling, Vilson Covatti, Afonso Hamm e Luiz Carlos Heinze. Eles serão investigados no âmbito do Petrolão, segundo relação divulgada neste momento pelo STFl  CLIQUE AQUI para ler lista conseguida por Exame, com o destino que cada caso terá, segundo decisão do ministro Teori Zavascki.

Até este momento (21h17min), os fundamentos das acusações não foram revelados.

Veja a lista completa a seguir.

A lista inclui os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros e Eduardo Cunha, PMDB, além dos senadores Gleise Hoffmann e Humberto Costa, PT. Costa e Gleise foram ministros dos governos federais do PT.

Os nomes divulgados na primeira leva:

- Fernando Collor
- Antonio Anastasia
- Antonio Palocci (1ª instância)
- Luiz Argôlo
- José Olímpio Moraes
- Lázaro Martins
- Mário Negromonte
- Pedro Corrêa
- Pedro Henry
- Romero Jucá
- Renato Egídio
- Renato Molling
- Valdir Raupp
- Valdir Maranhão
 - Anibal Gomes
- Roseana Sarney
- Edison Lobão
- Joao Pizzolatti
- Eldo Pizolatti
- Lindbergh Farias
- Cândido Vaccarezza
- Humberto Costa
- Renan Calheiros
- Eduardo Cunha
Simão Sessim
- Arthur Lira
- José Mentor
- Roberto Coutinho da Fonte
- Ciro Nogueiro (arquivado)
- Aline Corrêa
- Aguinaldo Borges
- Anibal Ferreira Gomes
- Carlos Magno Ramos

- Dirceu Esperafico

Lobby do próprio PT quer que Dilma troque Pepe Vargas por Eliseu Padilha

Petistas da corrente Construindo um Novo Brasil, a maior do partido, estão defendendo que a Secretaria de Relações Institucionais, hoje ocupada pelo gaúcho Pepe Vargas, seja entregue ao PMDB, preferencialmente a um homem de confiança de Michel Temer.

Sugerem o nome de outro gaúcho, Eliseu Padilha, hoje na Aviação Civil.

Executivo da empreiteira Engevix quer antecipar depoimento e admitir propina

O juiz federal Sergio Moro, responsável pela Operação Lava Jato em Curitiba, autorizou nesta sexta-feira que o diretor da Engevix Gerson Almada antecipe o depoimento que terá de prestar à Justiça como réu em processo por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção.

O pedido da defesa de Almada foi feito com a justificativa de dar uma "contribuição relevante" para a ação penal. A intenção é reconhecer o pagamento de propina em troca de contratos na Petrobras e demonstrar uma forma de colaboração com a Justiça.

O executivo também solicitou a mudança de testemunhas de defesa e informou que os novos depoentes podem viajar a Curitiba para serem ouvidos. A mudança dispensa videoconferências e agiliza o processo. No despacho, Moro considerou "louvável" a atitude dos advogados de Almada.

Lamas, condenado no mensalão, pede ao STF que sua pena seja extinta

O ex-tesoureiro do extinto PL, Jacinto Lamas, condenado a cinco anos de prisão no julgamento do mensalão, protocolou pedido no Supremo Tribunal Federal para ter a pena extinta com base no decreto de indulto de Natal editado no final do ano passado pela presidente Dilma Rousseff.

Outro mensaleiro, José Genoíno, já foi beneficiado pela mesma medida esta semana.

O que remete à célebre frase de Nicolau Maquiavel, em O Príncipe: “Aos amigos, tudo. Aos inimigos, a lei”.

Belo Monte rendeu R$ 100 milhões em dinheiro sujo para PT e PMDB

O diretor-presidente da Camargo Corrêa, Dalton Avancini informará à Justiça do Paraná que a empresa pagou pouco mais de R$ 100 milhões em propina para obter contratos da usina da Belo Monte (PA).

Segundo Avancini, o valor foi dividido entre PT e PMDB, com cada um dos partidos abocanhando 1% do valor dos contratos. 

A Camargo Corrêa tem 16% dos contratos do consórcio responsável pela usina, o que representa R$ 5,1 bilhão; esse é o valor do contrato da empresa em obras da Belo Monte; foram pagos, a título de propina, cerca de R$ 51 milhões para cada um dos partidos políticos.

Agora dá para entender por que PT e PMDB elegeram as duas maiores bancadas da Câmara e do Senado, o presidente e vice, além da maioria dos governadores. 

Renan quer ter acesso às investigações que citam seu nome como beneficiário do Petrolão

O advogado-geral do Senado, Alberto Cascais, entrou nesta sexta-feira com pedido no Supremo Tribunal Federal para ter acesso aos autos da Operação Lava Jato, particularmente aos elementos que embasaram o pedido de abertura de inquérito contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Ele pede que o ministro Teori Zavascki, que relata as investigações da Lava Jato no Supremo, permita a Renan consultar as delações premiadas e prestar esclarecimentos antes da abertura do inquérito.

Cascais alega que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, “atropelou” resoluções do Conselho Superior do Ministério Público Federal e do Conselho Nacional do Ministério Público ao pedir a abertura das investigações sem ter ouvido antes o presidente do Senado, apontado na relação dos políticos suspeitos de participarem do esquema de corrupção na Petrobras.

Dilma convoca reunião com todo o ministério para a manhã de domingo

A presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião ministerial extraordinária para a manhã de domingo.

Artigo, Luiz Flávio Gomes, Jurista - Lava Jato: próximas etapas, prisões e cassações

No monstruoso esquema de corrupção cleptocrata da Petrobras, o procurador-geral da República (PGR) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) 28 pedidos de investigação contra 54 pessoas (incluindo os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros e Eduardo Cunha, respectivamente). A iniciativa do PGR coincide com a divulgação (por Josias de Souza) da seguinte declaração do ministro Cid Gomes: “Tem lá [na Câmara] uns 400 deputados, 300 deputados que quanto pior melhor para eles. Eles querem é que o governo esteja frágil porque é a forma de eles achacarem mais, tomarem mais, tirarem mais, aprovarem as emendas impositivas”.

As declarações de Cid Gomes (como ainda sublinha Josias de Souza) ecoam uma frase pronunciada por Lula em setembro de 1993: “Há no Congresso uma minoria que se preocupa e trabalha pelo país, mas há uma maioria de uns trezentos picaretas que defendem apenas seus próprios interesses”.

Eleito presidente duas eleições depois, Lula aliou-se aos que chamava de “picaretas”. Mais um exemplo em que a ética da convicção não se afinou com a ética da responsabilidade (consoante a distinção de Max Weber, feita no início do século XX: veja em Gil Villa, La cultura de la corrupción: 102).

Os “picaretas” políticos, juntos com os poderosos econômicos e financeiros, fazem parte de um sistema cleptocrata instalado no Brasil desde sempre. O Brasil não é uma democracia cidadã, é uma capenga democracia eleitoral cleptocrata (ou seja, uma cleptocracia em que o Estado é governado, sobretudo, pelo método da ladroagem que acontece por meio do patrimonialismo, clientelismo, parasitismo, fisiologismo e corrupção). O aprofundamento das investigações no caso Petrobras servirá para apurar (dos políticos indicados) quais parlamentares podem receber o rótulo de cleptocratas (no escândalo citado).

Seis partidos estão envolvidos (até aqui): PT, PP, PMDB, PSDB, PTB e PSB. Mais sete pedidos de arquivamento (envolvendo políticos) foram formulados pelo PGR (por falta de indícios mínimos). O arquivamento não será refutado pelo STF, conforme sua jurisprudência. Não há notícia de qualquer denúncia, ou seja, não será iniciado imediatamente nenhum processo.

A razão: o PGR teve por base apenas delações premiadas (até aqui já foram 13), que não são provas (são fontes de provas). Dentre as 54 pessoas existem algumas sem foro privilegiado. Serão investigadas normalmente, mas depois não serão processadas no STF (sim, em primeira instância, no local da consumação das infrações).

Próximas etapas

As próximas etapas da Lava Jato são as seguintes: cabe ao ministro relator Teori Zavascki autorizar ou não a investigação (colheita de provas materiais, depoimentos, perícias etc.) e manter ou não o sigilo das investigações; salvo casos excepcionalíssimos, como é a hipótese da quebra de sigilo telefônico, a tendência é determinar a publicidade do processo. A investigação será feita pela PF (Polícia Federal), sob a supervisão do Ministério Público (PGR).

Todo ato investigativo (sobretudo quebra de sigilos) depende de determinação do relator (Teori). Concluída a investigação o PGR pode pedir o arquivamento (quando não há provas) ou denunciar (iniciar o processo, quando há indícios de crime e sua autoria). Se recebida a denúncia, pela 2ª Turma do STF, ratificam-se as provas em juízo e depois vêm as alegações finais.

No dia do julgamento (a ser feito pela 2ª Turma, salvo se se trata do presidente do Senado ou da Câmara, que são julgados pelo Plenário) é possível sustentação oral. Em seguida vêm os votos dos ministros (sem televisionamento, o que pode ser positivo porque se evita o espetáculo midiático).

Hoje a 2ª Turma não está completa (está faltando um ministro, em razão da aposentadoria do ministro Joaquim Barbosa). Quem vai indicar o novo juiz? A presidente da República. Em seguida haverá sabatina no Senado. É possível que vários senadores venham a “sabatinar” o juiz do seu próprio caso? Sim. Claro que se o juiz for de tendência mais dura os “senadores-réus” tendem a recusá-lo. Em certo sentido podem os réus estar escolhendo o juiz para os seus processos? Sim (coisas da política que a razão não explica).

Prisões cautelares (imediatamente)? Não é possível (art. 53, § 2º da CF), salvo se se trata de flagrante em crime inafiançável. No caso da corrupção cleptocrata da Petrobras (ocorrida preteritamente) a possibilidade de flagrante já passou. Eventual prisão dos políticos denunciados só pode ocorrer após a condenação final. Contra a decisão da Turma cabem embargos infringentes? A polêmica está instalada.

Eles são previstos no Regimento do STF para decisões do Pleno (não das Turmas). A tendência é desconsiderá-los (por falta de previsão legal específica). Não está previsto o recurso de apelação para o Pleno, como vem recomendando há anos a Corte Interamericana de Direitos Humanos. Sem essa apelação não se observa o duplo grau de jurisdição. Esse ponto, tal como no mensalão, pode ser questionado na referida Corte.

Cassação dos mandatos dos políticos: se condenados criminalmente, com certeza o STF determinará a cassação dos mandatos. A outra possibilidade de cassação dos políticos envolvidos comprovadamente no escândalo da Petrobras é interna (cada Casa parlamentar pode cassar o deputado ou senador por falta de decoro; isso pode ocorrer em qualquer momento, mesmo antes da condenação penal).

Mas depende de muita pressão popular democrática. Cadê o povo nas ruas? A lei brasileira deveria ser mais clara para dizer o seguinte (nos casos do político comprovadamente corrupto): teria que devolver em dobro tudo que auferiu ilicitamente com a ação cleptocrata e não poderia mais voltar para a política, em nenhum cargo. Seria um tipo de “pena de morte política”. Para isso fazem falta mudanças e evoluções éticas e morais. Estaria o povo brasileiro apto para essas mudanças?

Para aplacar a crise política, PT cogita propor um pacto nacional, incluindo o PSDB

A gestão Dilma Rousseff começa a considerar a hipótese de resolver a “deterioração do quadro político” com um pacto nacional que inclua o PSDB, principal partido de oposição ao petismo. A ideia surge em meio à avalanche de inquéritos contra políticos citados na Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção na Petrobras, e diante de uma parceria “capenga” entre PT e PMDB, como classificou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), com o agravante da crise econômica que obriga o governo a tomar medidas impopulares.

A informação é da colunista Mônica Bergamo, na edição desta sexta-feira da Folha de São Paulo. Dirigentes e ex-ministros do PT já discutem a trégua para fugir do conjunto de problemas.

O “empurrão” no acordo suprapartidário teria o patrocínio de setores empresariais e financeiros “com pânico da recessão”, diz Mônica. Apenas o setor de máquinas e equipamentos estima uma demissão em massa de cerca de 30 mil em 2015. Além do setor produtivo, as próprias lideranças políticas acometidas pela crise estariam empenhadas em mudar o quadro.

A colunista lembra ainda que, nesta semana, uma mobilização de milhares de professores em greve foi às ruas protestar contra o governador do Paraná, Beto Richa, do PSDB. Outro exemplo foi a recente onda de bloqueios de estradas em diversos estados do país, por parte de caminhoneiros insatisfeitos com o aumento do preço do diesel e do valor do frete. A situação levou a presidente Dilma a sancionar, na segunda-feira, sem vetos, a Lei dos Caminhoneiros.

PMDB escolhe novo presidente no dia 29, com dois candidatos lançados, até agora

Será no dia 29 de março a eleição para a presidência estadual do PMDB. A data foi aprovada ontem à noite, em reunião do diretório em Porto Alegre. Por ora, há apenas dois candidatos confirmados: o atual presidente, Edson Brum, que também preside a Assembleia Legislativa e buscará a reeleição, e o deputado federal Alceu Moreira.

Com isso, está praticamente descartada a possibilidade de o deputado estadual Ibsen Pinheiro ser alçado à condição de candidato único, de consenso. Ele já manifestou que, se não for dessa maneira, desistirá de concorrer.

PEC da Bengala pode atrapalhar os planos de Schirmer e Capoani

Se a PEC da Bengala, que aumenta de 70 para 75 anos a idade para a aposentadoria dos ocupantes de cargos em carreiras jurídicas, for aprovada pelo Congresso, frustrará os planos do atual prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer, e do deputado estadual Gilberto Capoani, ambos do PMDB, que aguardam indicação para assumir as próximas duas vagas no Tribunal de Contas do Estado.

Contrariando o que prometeu na campanha, Sartori deve autorizar aumento da alíquota de ICMS

O governador José Ivo Sartori pode descobrir, da pior maneira possível, que entre o discurso e a prática, existe uma distância abissal. A situação financeira, pelo pouco que a Secretaria da Fazenda tem divulgado, parece estar tão devastada que Sartori cogita fazer o oposto do que prometeu em campanha: aumentar impostos. A Fazenda estuda aumentar a alíquota geral de ICMS, de 17% para 18%.

Nota do editor: em se confirmando esse reajuste, os consumidores serão chamados a fazer, compulsoriamente, sua cota de sacrifício a que se referiu Sartori no início do ano. Isto porque, é óbvio, a indústria, o comércio e os serviços não irão dar a sua, absorvendo o impacto desse 1 ponto percentual a maior.

A população espera, sentada, que os secretários de Estado também deem sua cota de sacrifício, abrindo mão do reajuste de seus salários, aprovado no final do ano passado pela Assembleia Legislativa.

Da mesma forma, aguarda que os deputados estaduais – pelo menos os da base aliada – façam igual e demonstrem o quanto estão comprometidos com o projeto do governo que apoiam e que lhes tem retribuído generosamente, com farta distribuição de cargos a seus apadrinhados.

Do Judiciário, os gaúchos nada esperam.

FEE ainda não apurou tamanho do PIB de 2014, mas resultado pode ter apontado recessão no RS

Ainda não saíram os números do PIB do RS, mas eles oscilarão entre 0,5% mais a 0,5% menos do que o total apurado para o Brasil.

Isto significa um número final igual a algo abaixo de zero.

A FEE ainda não falou, mas é quase certo que houve recessão em 2014 no RS.

Até o terceiro trimestrre, no acumulado do ano, o resultado foi pouco inferior ao nacional, porque a expansão da economia gaúcha foi de 0,1%. O número é da FEE. No período, a agropecuária (setor primário) avançou apenas0,8%, enquanto que a produção industrial, setor secundário, despencou 4,8% (os dados da indústria cobriram janeiro a novembro). A FEE não revelou números sobre o desempenho do setor terciário.

Emater RS aposta em safra de soja recorde de 15 milhões de toneladas

A produção gaúcha de soja que está em colheita será de 14 milhões de toneladas, recorde histórico. É número da Emater do RS.

A Conab prevê 14,1 milhões de toneladas, que poderá chegar a 14,7 milhões de toneladas.

A Emater acha que o clima foi perfeito e a produtividade bateu recorde.


Menção ao nome de Dilma, por Janot, pegou o Planalto de surpresa

O Palácio do Planalto foi surpreendido pela informação de que o nome da presidente Dilma Rousseff havia sido citado em despacho do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal. Janot informou que a petista foi mencionada em depoimentos de delação premiada, mas que não caberia pedido de investigação.

O procurador-geral baseou sua decisão em artigo da Constituição Federal, segundo o qual a presidente só pode ser alvo de processo por crime de responsabilidade em atos ocorridos no exercício do mandato.

Interlocutores da presidente afirmam que "jamais alguém pensou que isso pudesse ocorrer". Para um dos assessores do Palácio do Planalto, ouvido pelo jornal O Estado de São Paulo, "não havia a menor base" para qualquer tipo de investigação sobre Dilma relacionada à Lava Jato.

Uruguai e Argentina fornecerão energia via RS

A Aneel colocou em alerta as estações conversoras de frequência de Rabi e Uruguaiana para importar energia argentina a partir da segunda quinzena deste mês. Poderão ser importados até 2.070 MW.

A estação conversora de frequência de Rivera, fronteira com a cidade gaúcha de Livramernto, também foi alertada. A idéia é importar 70 MW do Uruguai.

Brasileiro ficou, em média, 17,61 horas sem energia elétrica em 2014

Os brasileiros ficaram, em média, 17,61 horas sem luz no ano passado, por falhas no serviço de distribuição de energia. Embora o número represente uma melhora com relação ao ano anterior, ainda está bem acima do limite estipulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), de 14,58 horas.

É o sexto ano seguido em que as distribuidoras deixam de cumprir o limite estabelecido para o indicador de Duração Equivalente de Interrupção (DEC) no fornecimento de eletricidade.

O ranking de qualidade do serviço da Aneel é encabeçado pela CPFL Santa Cruz, que abastece 27 municípios em São Paulo e 3 no Paraná, que fechou 2014 com DEC de 6,74 horas e FEC de 5,29 interrupções. A pior empresa, entre as que distribuem mais de 1 terawatt-hora por ano, é a Celg, de Goiás. O relatório mostra mau desempenho também da AES Sul, do Rio Grande do Sul, que caiu 12 posições no ano, para a 24ª colocação entre as 36 empresas consideradas de grande porte pela Aneel.

OAB quer imediato fim do sigilo na Operação Lava Jato. Nota cobra posição de Zavascki.

reunidos em Florianópolis na manhã desta sexta-feira, os presidentes das 27 seccionais da entidade aprovaram nota sobre o tema. A posição foi do Colégio Nacional de Presidentes de Seccionais da OAB. O editor acaba de receber cópia da nota:

Nota do Colégio de Presidentes

A Ordem dos Advogados do Brasil, por seu Colégio de Presidentes, hoje reunido na cidade de Florianópolis, acompanhando os fatos recentemente noticiados, defende a ampla publicidade dos pedidos de abertura do inquérito e de arquivamento, bem como dos fatos e razões que os motivaram.
A sociedade brasileira espera que o inquérito se processe em um ambiente de transparência, como se requer em uma República Democrática.
É inconcebível o sigilo que discrimine e privilegie. Os brasileiros em geral, quando investigados, não se beneficiam do privilégio do sigilo. Os governantes que sempre devem agir à luz do dia, com mais razão, não podem ser protegidos por investigações secretas.
A OAB reitera a defesa dos princípios constitucionais da presunção da inocência e do devido processo legal. Nada melhor do que a luz do sol numa República Democrática.

STF deve divulgar hoje nomes de políticos que serão investigados

Os nomes dos políticos que serão investigados por suposta participação no esquema de corrupção deflagrado pela Operação Lava-Jato devem ser divulgados na tarde desta sexta-feira, pelo STF.

Os pedidos de abertura de inquérito foram encaminhados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Tribunal na noite da última terça-feira, mas estão sob sigilo.

O ministro Teori Zavascki, relator dos casos da Lava Jato no Supremo, deve divulgar nas próximas horas as informações, após decidir sobre a retirada do segredo de cada um dos casos.

Nanosatélite brazuca, projeto abandonado por Tarso, "morre" em órbita. O sonho do satélite gaúcho acabou em 15 dias

A alegria do primeiro nanosatélite 100% brasileiro não durou mais que 15 dias. O CubeSat AESP-14 foi declarado inoperante pela Agência Espacial Brasileira (AEB) na última quarta-feira. A informação é do site gaúcho Baguete, focado em TI. O texto a seguir também é do site.

Depois de 15 dias tentando resolver o problema da antena, a bateria do AESP-14 morreu, decretando o fim do primeiro nanosatélite feito totalmente com componentes nacionais no espaço. Com uma dimensão de 10 centímetros cúbicos e peso de 700 gramas, o nanossatélite deveria ter três meses de vida útil, tempo durante o qual transmitiria uma sequência de cem arquivos armazenados. Agora, o equipamento ficará vagando no Espaço. Mesmo assim, foi uma experiência cara, já que para fazer o pequeno CubeSat, a AEB investiu R$ 250 mil no desenvolvimento do satélite, cabendo ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) o aporte de R$ 150 mil em bolsas para pesquisas.

Em dezembro de 2014, o então governador Tarso Genro (PT-RS) publicou uma carta afirmando que os recursos liberados pela Finep eram insuficientes para a materialização do projeto, o que deixava "sem objeto" o protocolo de intenções firmado com a AEL.  A decisão de Tarso de tirar o corpo fora teve um viés político. A carta foi endereçada à Federação Palestina do Rio Grande do Sul, que vinha criticando o acordo, uma vez que a AEL é uma subsidiária da gigante de defesa israelense Elbit.


Em comunicado, a AEB informou que o satélite, lançado no dia 5 de fevereiro, falhou em ligar sua antena de comunicação, tarefa que deveria ser feita cerca de 30 minutos após entrar em órbita. Segundo destacou a AEB à agência EFE, especialistas do Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA), entidade responsável pela operação do satélite, fizeram diversas tentativas de reparar o equipamento, porém não tiveram sucesso.

Criticas de Dilma e isolamento podem tirar precocemente Levy do governo

Amigos do ministro Joaquim Levy (Fazenda) não apostam que ele fique no cargo por muito tempo. Isolado no governo, sem apoio do PT e aliados e hostilizado pelos sindicatos, não gostou de ter sido criticado publicamente por Dilma, após chamar de “brincadeira” e “grosseiras” as ações de política fiscal dos antecessores.

Levy também ficou sentido com a bronca por não atender prontamente as convocações Dilma. Controladora, Dilma saber de cada passo do ministro, mas às vezes Levy não pode atender a convocação imediatamente, e isso a irrita.

Levy também enfrenta dificuldade, dizem os amigos, de tomar broncas seguidas de esculachos, em meio a palavrões impublicáveis. As informações são do Diário do Poder.

IBGE: custo da contrução civil sobe menos em fevereiro

O Índice Nacional da Construção Civil (INCC/Sinapi), divulgado nesta sexta-feira (6), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), variou 0,18% em fevereiro, após uma alta de 0,21% em janeiro. O índice acumulado foi de 0,39%, e o resultado em 12 meses ficou em 5,67%.

Segundo o IBGE, o custo nacional da construção alcançou R$ 916,85 por metro quadrado em fevereiro, acima dos R$ 915,22 por metro quadrado estimados em janeiro. A parcela dos materiais variou 0,18%, enquanto o custo da mão de obra ficou também em 0,18% em fevereiro, ante 0,22% em janeiro.

Dólar tem maior valor desde 2004 e vai a R$ 3,059

O dólar subia mais de 1% ante o real pela quinta sessão seguida nesta sexta-feira, após absorver a notícia de que o mercado de trabalho dos Estados Unidos criou mais vagas do que o esperado em fevereiro, reforçando as apostas de que os juros devem começar a subir em breve na maior economia do mundo.

Às 12h05, a moeda norte-americana subia 1,51%, cotada a R$ 3,0595 na venda, perto da máxima, tendo atingido R$ 2,9832 na mínima da sessão. Na véspera, a divisa fechou acima de R$ 3 pela primeira vez desde agosto de 2004.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 480 milhões de dólares.

Inflação em 12 meses fica em 7,7% e é a maior desde maio de 2005

O aumento dos preços registrado no Brasil em fevereiro ficou em 1,22%, o mais alto para o mês desde 2003. Considerando o período de 12 meses (de março de 2014 a fevereiro de 2015), a inflação acumulada é de 7,7%, a maior desde maio de 2005, quando foi de 8,05%.

O objetivo do governo é manter a inflação em 4,5% ao ano, com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos --ou seja, pode variar entre 2,5% e 6,5%.
Se a inflação passar desse teto, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, tem que fazer uma carta aberta explicando o motivo do descumprimento da meta.

As informações foram divulgadas nesta sexta-feira pelo IBGE, que calcula o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Procurador acusa Luís Adams de fazer 'apologia à impunidade' em acordos de leniência

Adams, ao lado, falando em nome do governo Dilma, defende as empreiteiras sob o argumento de que o País para, o que é falso. Na verdade, ele tenta salvar os empreiteiros e por tabela Dilma e Lula - 

A disputa entre o Ministério Público e a Controladoria Geral da União para ver quem deve ou não ter o direito de fechar acordos de leniência com empresas investigadas na Lava Jato ganhou mais um capítulo. O procurador do Ministério Público de Contas junto ao Tribunal de Contas da União, Julio Marcelo de Oliveira, enviou mais um pedido ao ministro do TCU João Augusto Ribeiro Nardes solicitando que a CGU, ligada ao poder Executivo, se abstenha de celebrar esse tipo de acordo com as empreiteiras envolvidas na Lava Jato. O procurador acusa, indiretamente, integrantes do governo de fazer "apologia à impunidade". Oliveira também vê "terrorismo" nos argumentos do Executivo.
"Quem defende que apenas os executivos das empresas sejam punidos e que as empresas não devam ser punidas, faz apologia à impunidade", escreveu em sua petição ao TCU. Em declarações públicas realizadas em janeiro deste ano, a presidente Dilma Rousseff defendeu que apenas pessoas devem ser punidas e que empresas não podem ser destruídas. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o advogado geral da União, Luis Inácio Adams corroborou a fala da presidente.

Procuradores temem que a colaboração das empresas com a CGU não seja tão frutífera e rigorosa como são os termos assinados com o Ministério Público. Na petição, Julio Marcelo escreve que um eventual acordo com a Controladoria não pode ser usado como "um pequeno e conveniente purgatório por onde as empresas podem escapar do inferno da inidoneidade para regressar felizes ao paraíso da impunidade".

Há cerca de um mês, Oliveira já havia enviado uma petição ao TCU com o mesmo objetivo. Entretanto, antes de decidir sobre a questão o ministro Nardes quis ouvir a CGU. Agora, neste novo texto, o procurador tenta rebater todos os argumentos apresentados pela Controladoria e reforçar o seu pedido para que o Tribunal de Contas não endosse esse tipo de acordo.


Na petição entregue na quarta-feira ao TCU, Julio Marcelo solicitou: "É preciso que se pare com a falácia de que se as empresas não fizerem acordo de leniência com a CGU e forem punidas, o Brasil vai parar, todas vão desaparecer, milhares de pessoas vão perder seus empregos. Isso é apenas terrorismo e chantagem. O que se espera que pare de funcionar efetivamente é o propinoduto alimentado por essas empresas para o enriquecimento ilícito de agentes públicos e o financiamento inadequado de partidos e campanhas políticas."

Advogado-Geral da União continua fazendo o lobby das empreiteiras sujas: "Operação Lava-Jato afeta meio milhão de empregos"

As 23 grandes empresas que estão diretamente envolvidas no caso correspondem a 13% do PIB, diz Luís Adams, advvogado-Geral da União, em nova investida pelas empreiteiras do dinheiro sujo da Petrobrás. Ao lado, MPF do Paraná mostrando o dutodo dinheiro sujo.

A cadeia econômica que tem no topo 23 grandes empreiteiras e empresas do setor de energia envolvidas diretamente no caso Lava-Jato tem abaixo de si cerca de prestadoras e fornecedoras de produtos e serviços, totalizando quase . Juntas, elas correspondem a do país. O cálculo é do ministro Luís Adams, da Advocacia-Geral da União (AGU), que se encontrou com empresários fluminenses na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) na quinta-feira.

Luís Adams acredita que a melhor saída para que a investigação dos atos de corrupção na estatal não acabem brasileira pode estar na efetivação de acordos de leniência, quando os grupos envolvidos assumem suas culpas e se comprometem a fazer uma série de medidas para pagar financeiramente pelos crimes cometidos e evitar futuros desvios de conduta, em troca da volta à condição de poderem fechar contratos com a área pública. O acordo passa pela AGU e pela Controladoria-Geral da União (CGU).

- Nós compreendemos que existe uma relação de produção muito grande entre as empresas, que não existem sozinhas. É um encadeamento de várias atividades que se relacionam. Nós fizemos um levantamento inicial que identificou que esse núcleo de produção representa de 12% a 13% da atividade econômica do país e tem uma relação que vai a 50 mil empresas, desde fornecedores [de produtos], de mão de obra, investidores e bancos. Como essas 23 empresas têm uma forte participação em várias áreas de investimento, não só petróleo, uma situação de quebra impacta negativamente e profundamente nesta realidade - disse Adams, após a reunião, em entrevista a imprensa ao lado do presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvea Vieira.

 O advogado-geral da União ressaltou que o esforço do governo não é somente salvar as empresas, mas garantir e preservar a atividade econômica como um todo, mantendo o combate à ilegalidade.

- Preservar a atividade econômica não é incompatível com combater a corrupção. Temos institutos legais que viabilizam uma solução que permite o efetivo combate à corrupção com a submissão da empresa, mudança comportamental, colaboração, ressarcimento, associado à preservação. Mas nós não temos que transformar essas consequências em realidade traumática para 500 mil empregados e os milhares de investidores que apostaram nessa atividade econômica e que não têm nenhuma responsabilidade porque alguns agentes tiveram em relação à Lava Jato.

Luís Adams destacou que os acordos de leniência preveem uma série de requisitos, incluindo a participação direta de um integrante do governo dentro dessas empresas.

- Um dos elementos internacionais (dos acordos de leniência) é que há um tipo de monitoramento interno da empresa por parte de um agente indicado pelo Estado para acompanhar sua atuação e apurar se ela está efetivamente colaborando com a investigação. Esse é um desafio que a empresa terá que aceitar. Na medida em que há um acordo de leniência, impõe-se as condições mínimas para a própria empresa demonstrar que está procurando resgatar sua reputação junto à sociedade e ao Estado 


Outra medida obrigatória, segundo Adams, é o afastamento, ainda que temporário, até que se concluam as investigações, dos gestores das empresas acusadas. 

Dólar recua com investidores se desfazendo da moeda

O dólar à vista no balcão abriu nesta sexta-feira em baixa, com vendas para uma realização de lucros, após ter fechado na quinta-feira, no maior valor desde 13 de agosto de 2004 (R$ 3,009). Os investidores aguardam a divulgação, às 10h30min, do relatório oficial de emprego nos Estados Unidos, que tende a definir a direção dos negócios.

PSDB vai para a TV dizer que Dilma é mentirosa e falsa

A partir deste sábado, o PSDB levará ao ar comerciais em que acusa a presidente Dilma Rousseff de faltar com a verdade. A data para exibição dessas inserções coincide com o período para o qual estão programadas duas manifestações na Avenida Paulista.


Além do dia 7 de março, as inserções do PSDB serão veiculadas, em rádio e TV, nos dias 15 e 22. No dia 13, ocorrerá um ato da CUT em defesa da Petrobras, mas contra o ajuste fiscal promovido pelo governo Dilma. Para o dia 15, domingo, estão marcados uma série de protestos pelo impeachment da presidente.

Cushman & Wakefield foi posta à venda

A Cushman & Wakefield, uma das maiores empresas de consultoria imobiliária do mundo, que opera inclusive em Porto Alegre, foi colocada à venda.cushman

A família italiana Agnelli, que controla a Cushman e também a Fiat, está tentando aproveitar os preços recordes dos imóveis em cidades como Londres e Nova York para obter um bom preço pela empresa.


De acordo com o The Wall Street Journal, a família contratou a Goldman Sachs e o Morgan Stanley para achar um comprado

Agritech, empresa do grupo Stédile, Caxias, exporta tratores e implementos para a República do Senegal

A República do Senegal, país situado na parte ocidental da África, adquiriu 59 tratores, 80 microtratores e 249 implementos agrícolas da Agritech, cuja fábrica localiza-se em Indaiatuba, SP, e pertence ao grupo Stédile, Caxias do Sul, RS. O primeiro embarque saiu ontem. 

A Agritech, pioneira na indústria brasileira ao fabricar linhas voltadas especialmente para a agricultura familiar,

A República do Senegal receberá 59 tratores modelo 1175 (75 cv), 80 microtratores modelo TC 14 (14 cv) e 249 implementos agrícolas, entre roçadeiras, encateiradores e sulcadeiras, com o objetivo de ajudar no desenvolvimento agrícola do país, que tem mais de 70% de sua população economicamente ativa empregada no setor.
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O Programa Mais Alimentos Internacional estabelece uma linha de crédito concessional para o financiamento de exportações brasileiras de máquinas e equipamentos destinados à agricultura familiar e fornecer apoio a projetos de desenvolvimento rural para o fortalecimento da produção da agricultura familiar por meio da cooperação técnica e do intercâmbio de políticas públicas.

Coordenado pelo MDA, o programa tem a participação de mais de 100 empresas brasileiras, que exportam para seis países: Zimbábue, Moçambique, Senegal, Gana, Quênia e Cuba.

O governo brasileiro já aprovou R$ 1,2 bilhão em exportação de tecnologia de máquinas agrícolas, área em que o Brasil é referência mundial. A previsão é de que mais de 2,5 mil tratores sejam comercializados pelo programa. Além disso, mais de 60 mil equipamentos e máquinas agrícolas também serão usados nas lavouras dos países cooperantes.
Sobre a Agritech

 No final de 2014 a empresa atingiu a marca de 100 mil tratores produzidos pela sua fábrica, em Indaiatuba (SP). 

- A Agritech Lavrale – Divisão Agritech faz parte do Grupo Stédile e surgiu com a cisão da Yanmar do Brasil. A Agritech fabrica ainda os motores diesel Yanmar, implementos agrícolas e autopeças. A empresa faz parte do Grupo Francisco Stédile, de Caxias do Sul (RS), um dos mais respeitados grupos industriais do Brasil e que também engloba as empresas Agrale S.A., Germani Alimentos, Fazenda Três Rios e a Fundituba Indústria Metalúrgica.


Sigte:  www.agritech.ind.br

Inflação de fevereiro tem alta de 1,22%, aponta IBGE

Nos últimos doze meses, a taxa foi para 7,70%, a mais elevada desde maio de 2005, quando atingiu 8,05%.

Faturamento da indústria despencou desastrosos 7,9% em janeiro no RS. Fiergs omite-se na crítica à desindustrialização.

Ao lado, Heitor Muller, que continua beijando a mão de Dilma, apesar da destruição da indústria do RS - A Fiergs informou ontem que o faturamento real da indústria gaúcha recuou pela quarta vez seguida e fechou janeiro com queda desastrosa de 7,9%, em comparação com dezembro de 2014. Este resultado impactou o Índice de Desempenho Industrial do Estado (-0,5%). 

A Fiergs não analisou as razões do desastre, omitindo-se mais uma vez em relação à desastrosa política econômica seguida pelo governo Dilma, apoiada sem restrições pela entidade.

O presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Heitor José Müller, preferiu fazer projeções dramáticas sobre o futuro, que vê ainda mais negro, embora compreenda as "razões" do governo, que não critica, até porque só fala sobre os efeitos e não sobre as causas da desindustrialização:

- A necessidade de ajustes em uma economia em situação de recessão, com o aumento de impostos, a retirada de incentivos e elevação dos juros e da energia elétrica, além da retirada de incentivos, deve agravar em muito as dificuldades do setor fabril. As empresas já vinham sendo afetadas por outra conjunção de fatores, como o desaquecimento da demanda e os baixos níveis de investimentos.

Todos os dados estão no site da Fiergs. 

Os demais componentes do Índice de Desempenho Industrial ficaram positivos nessa base de comparação, apesar de terem apenas recuperado parte das perdas dos meses anteriores: horas trabalhadas na produção (6,5%), utilização capacidade instalada (3,4%) e as compras industriais (2,8%). O levantamento é realizado mensalmente pela entidade.  Todos os indicadores mostraram forte desaceleração, sobretudo o faturamento real (-13,3%) e as compras industriais (-20,9%). A utilização da capacidade instalada apresentou a maior ociosidade dos últimos seis anos.

Além da intensidade, também chama atenção a ampla disseminação desse cenário no início do ano ante janeiro de 2014. De um total de 17 setores pesquisados, 13 desaceleraram. Pela influência no indicador geral, os destaques negativos foram Montagem de Veículos (-25,0%), Químicos e Refino de Petróleo (-12,1%), Produtos de Metal (-9,3%) e Máquinas e Equipamentos (-6,0%). 

O Exército de Lula, o MST, destrói 15 anos de pesquisa em biotecnologia

Em uma ação criminosa e obscurantista, 1.500 mulheres do Movimento dos Sem-Terra (MST) depredaram e destruíram, ontem, mudas de árvores transgênicas que eram objeto de pesquisa há quinze anos no interior de São Paulo. Repetiram o que já tinham feito em centros de pesquisa e experimentação científica do RS.

Elas invadiram e ocuparam um centro de pesquisa da FutureGene, empresa do grupo Suzano Papel e Celulose, em Itapetininga. A Polícia Militar teve de intervir, mas ninguém foi preso, de acordo com o Jornal Nacional, da TV Globo. A Polícia Civil investiga o caso e talvez nunca "descubra" nada., 

Não se sabe por que ninguém foi preso. 

O alvo da fúria do MST eram as mudas de uma espécie de eucalipto transgênico, H421. Com lenços encobrindo o rosto, barras de ferro, machados e facões em punho, elas bloquearam e picharam a entrada da empresa.


Assim que conseguiram entrar no local, foram direto à estufa onde os cientistas faziam testes com as mudas. Em um ato de selvageria - enaltecido em vídeo publicado pelo grupo, no qual a empresa é chamada de "maldita" - bateram com pedaços de pau nos viveiros, arremessaram as mudas geneticamente modificadas no chão e as pisotearam.

Artigo, Marta Suplicy, Folha de S. Paulo - A vaca vai pro brejo?

É um privilégio neste momento crítico da política brasileira voltar a este espaço que ocupei em 2011 e 2012. Já colaborei na Folha, em cadernos e anos diversos, exercendo atividade diferente da que tenho hoje. Tenho consciência da importância que foi chegar a milhares de pessoas quebrando tabus, defendendo os direitos do povo, das mulheres e minorias, avançando em temas de difícil aceitação.

Senadora, e com uma visão muito crítica da situação política brasileira, sinto-me no dever de exercer neste espaço a audácia e transparência que caracterizaram minha vida.


Em política existem duas coisas que levam a vaca para o atoleiro: a negação da realidade e trabalhar com a estratégia errada.

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Congresso poderá reduzir o tamanho do mandato de Dilma ?

O atual ministro de Ciência e tecnologia e ex-líder do governo, Aldo Rebelo (PCdoB), reconhece que a atual aliança partidária ainda procura lideranças para dar rumo, mas afasta possibilidade de ruptura no Congresso: 

-Ninguém vai cogitar a hipótese de reduzir o mandato presidencial. Há uma reação organizada aos efeitos indesejáveis da investigação da operação Lava Jato; mas destruir o patrimônio de interesse público e nacional é inadmissível. Fragilizar e expor a Petrobras e as construtoras é danoso para o País.

O encurtamento do mandato de Dilma seria uma solução menos traumática do que o impeachment.

É tudo gente da base aliada do governo Dilma, PT

Além de Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Renan Calheiros (PMDB), mais seis nomes de senadores foram incluídos na lista de pedidos de inquérito ao STF enviada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot: são eles: Lindbergh Farias (PT-RJ), Humberto Costa (PT-PE), Romero Jucá (PMDB-RR), Edison Lobão (PMDB-MA), Fernando Collor (PTB-AL) e Ciro Nogueira (PP-PI).

São todos da base aliada do governo Dilma, PT, o que inclui o próprio líder do Partido no Senado, dois ex-ministros da própria Dilma e um ex-presidente da República, que pode ser cassado pela segunda vez, agora como senador, por corrupção. 

A lista não inclui um só senador da oposição. 

Marta Suplicy irá para o PSB. Ela disputará a prefeitura de São Paulo com apoio do PSDB.

A senadora Matrta Suplicy, PT, decidiu ir para o PSB, e no ano que vem disputará a prefeitura de São Paulo com o apoio do PSDB do governador Geraldo Alckmin, que quer ser o candidato tucano à presidência.

Consultorias esperam inflação de até 9% para este ano

Por causa da forte elevação da tarifa de energia elétrica, consultorias independentes e ligadas a bancos revisaram para cima a projeção de inflação para este ano, que já chega a 8%. Se a expectativa se confirmar, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano será o maior desde 2003, quando a inflação fechou em 9,3% e também foi afetada pelo aumento da eletricidade e pela disparada do câmbio.

Eis três previsões:

Credit Suisse, 8%
trendências, 7,9%
LCA Colnsultores, 9,3%

Se a Odebrecht cair, Lula também cairá

O que segue está no site O Antagonista, escrito e dirigido por Diogo Mainardi (Manhattan Conection e ex-Veja) e Mario Sabino, ex-Chefe de Redação de Veja. No âmbito da grande mídia nacional são dois profissionais muito bem informados.

Enquanto os jornalões e grandes redes de TV fingem que estão revelando tudo o que acontece nos bastidores do petrolão, a mega roubalheira na Petrobras, O Antagonista foi atrás a partir de informações fragmentadas e que, a rigor, constituem apenas tiros n’água. O jornalismo de verdade exige o árduo trabalho investigativo e fontes altamente qualificadas.

Vejam o que descobriram:

César Mata Pires, fundador da OAS, é um homem desesperado. A sua empreiteira está afundando depois de deflagração da Operação Lava Jato. Desesperado e amargurado com a Odebrecht, com quem mantinha, digamos, acordos bastante lucrativos. Ele foi aconselhado a ameaçar Lula, como contaremos a seguir.
No dia 20 de fevereiro, reproduzimos aqui que César Mata Pires procurou Marcelo Odebrecht, diretor-presidente da dita-cuja, para saber como era possível que a empreiteira comandada pelo menino não tivesse ninguém preso. Na mesma conversa, ele disse que não estava preocupado em salvar a própria pele, mas que não deixaria os seus herdeiros pagarem por "erros cometidos em equipe" -- menção a lambanças cometidas pela OAS com a cumplicidade da Odebrecht, que até agora vem se safando. A informação foi tirada de uma reportagem publicada pelo Estadão, cujo tema principal eram os encontros de Lula e Paulo Okamotto com empreiteiros à beira de um ataque de nervos. Ao jornal, a Odebrecht negou o encontro e a OAS saiu-se com uma evasiva.
O Antagonista resolveu apurar os desdobramentos dessa história e descobriu que César Mata Pires procurou também Emílio Odebrecht, pai de Marcelo e presidente do Conselho de Administração da empresa. O encontro foi na ilha de Kieppe, na baía de Camamu, no sul da Bahia, de propriedade dos Odebrecht. O dono da OAS formulou a mesma pergunta a Emílio: como era possível que a empreiteira dele não tivesse ninguém preso, ao passo que a sua estava com toda a diretoria em cana. E acrescentou: o que eu posso fazer para salvar a OAS?
A resposta de Emilio Odebrecht foi: "Procure Lula".
Emílio contou-lhe então que, temendo pela prisão de Marcelo, foi direto ao ponto com o petista. Emílio Odebrecht disse a Lula o seguinte: "Se for preso, o Marcelo não aguentará a pressão: ele vai abrir a boca e contará tudo o que sabe sobre as suas relações com a Odebrecht."
O Antagonista revelou que Lula interferiu para que Renato Duque fosse solto, depois de ser ameaçado pela mulher do ex-diretor da Petrobras, operador do PT na estatal. Não se sabe se Lula moveu um dos seus tentáculos para manter, até o momento, graúdos da Odebrecht fora da prisão. Não se está insinuando, aqui, nada contra a Justiça. O empenho dos procuradores da Lava Jato em incriminar a empreiteira é grande, assim como o do juiz Sergio Moro. A nossa impressão é de que a Odebrecht será pega no momento certo pelos bravos paranaenses.
O único fato da nossa apuração -- e fato assombroso, por mais que conheçamos as relações promíscuas entre a Odebrecht e Lula -- é que Emilio Odebrecht ameaçou Lula e recomendou a César Mata Pires que fizesse o mesmo com o petista se quisesse salvar a sua empresa.

A única certeza da nossa apuração é que,se a Odebrecht cair, Lula também cairá.
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