Cerveró diz que Dilma, presidente, e Gerdau, membro, ambos do Conselho de Administração da Petrobrás na época, foram os verdadeiros responsáveis pela compra de Pasadena. Na CPI da Petrobrás, Cerveró escamoteou o assunto, mas agora, preso, começa a dar o serviço.
CLIQUE AQUI, também, para ler reportagem de hoje do jornal O Globo, na qual Cerveró diz que o Conselho da Petrobrás cometeu grave erro ao autorizar a compra da refinaria americana.
Neste comentáro, intitulado "Afinal, quem tem razão?", o jornalista Ricardo Noblat diz que Cerveró tem razão em responsabilizar o Conselho de Administração e a própria Dilma, sua presidente na época, mas também Dilma tem razão ao acusar Cerveró por disponibilizar um parecer técnico falho para o Conselho.
. Os dois e mais o Conselho de Administração todo da Petrobrás, inclusive o dr. Jorge Gerdau, devem ser chamados em juízo.
. Leia:
Dilma, que chamou de tecnicamente “falho” o parecer de
Nestor Cerveró, na época diretor da área internacional da Petrobras, sobre a
compra da refinaria Pasadena, no Texas, Estados Unidos?
Ou Cerveró, que chamou de “negligente” a decisão do
Conselho de Administração da Petrobras, presidido na época por Dilma, favorável
à compra da refinaria?
Tudo indica que os dois têm razão. E deveriam ser
processados.
Em 2006, a Petrobras pagou ao grupo belga Astra Oil 360
milhões de dólares por 50% da refinaria Pasadena. Dois anos depois, comprou os
outros 50%.
Ao todo, Pasadena acabou custando 1,18 bilhão de dólares
à Petrobras, mais de 27 vezes o que a Astra originalmente desembolsou por ela.
Foi “o negócio do século” para a empresa belga, segundo
os jornais de economia daquele país. Para a Petrobras foi um desastre. Não só
pelo que ela desembolsou. Mas porque a refinaria estava repleta de problemas.
Tinha pouco menos de três páginas o parecer de Cerveró no
qual se baseou o Conselho de Administração da Petrobras para autorizar a compra
de Pasadena.
Dilma alega que Cerveró omitiu duas cláusulas do
contrato. Cerveró alega que o Conselho de Administração poderia ter requisitado
todas as informações que desejasse para amparar a sua decisão.
Não requisitou por que não quis. Foi negligente.
O Tribunal de Contas da União livrou Dilma de qualquer
culpa, bem como Graça Foster, presidente da Petrobras. Culpou parte da
diretoria da empresa, Cerveró incluído.
Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, que
negociou com a Polícia Federal a delação premiada, disse que Cerveró recebeu
propina pela compra de Pasadena.
Mais cedo ou mais tarde se conhecerá a opinião do juiz
Sérgio Moro a respeito.