O oncologista Artur Katz, que integra a equipe que cuida de Luiz Inácio Lula da Silva, informou nesta segunda-feira que o tratamento contra a pneumonia do ex-presidente deve durar até duas semanas, o que não significa que Lula terá de permanecer internado ao longo de todo esse período. "Normalmente são de 10 a 14 dias de antibióticos, mas não obrigatoriamente esse período se dará no hospital", afirmou Katz. "Uma vez consolidada a melhora ele pode tomar os antibióticos em casa".
De acordo com Katz, Lula foi submetido neste domingo a uma tomografia que não detectou a presença do tumor na laringe. Contudo, o exame que vai comprovar o sucesso do tratamento só será feito após a melhora da inflamação e do inchaço na garganta. "O que a gente pode dizer é que não se vê um tumor grosseiro", revelou.
Lula foi internado neste domingo no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, com febre baixa e dificuldade para engolir. Segundo o médico, o ex-presidente já se sente melhor e vem respondendo bem ao tratamento. Katz contou que Lula não sente mais dor para engolir, apenas um desconforto. "A dor maior foi ter visto a derrota do Corinthians ontem", brincou.
Katz disse também que a restrição às visitas foi necessária não devido à pneumonia, mas para evitar que Lula faça esforço para falar, o que causa desconforto na laringe. "É para tentar fazer o ex-presidente dar uma pausa vocal e falar menos", explicou. De acordo com o médico, a pneumonia é uma reação considerada natural ao tratamento que provocou a redução da imunidade de Lula, além de queda de peso e de seu ânimo geral. Os efeitos da quimioterapia e da radioterapia podem durar de três a quatro semanas após o término das sessões e a melhora é gradual. "O tratamento ao qual o ex-presidente foi submetido é extraordinariamente pesado".
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