Durante quase um ano, os oficiais de Justiça da 5ª. Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre bateram cabeça em Porto Alegre para citar o Governador Tarso Genro, que é réu na Ação Popular ajuizada no dia 13 de outubro de 2003. O caso diz respeito à privatização da Área Azul para a empresa Estapar. É réu também o ex-prefeito Raul Pont, que assinou o primeiro decreto de outorga da concessão da exploração do estacionamento pago, concedendo ilegalmente até o poder de polícia para a empresa privada (decreto 13.183, 2001).
. Junto com os dois ex-prefeitos, é réu o ex-presidente da EPTC, Mauri Cruz, um dos empreendedores do Fórum Social Mundial. Na ação, Mauri Cruz alegou pobreza extrema, não pagará custas e também não pagará indenização, caso seja condenado.
. O caso de Tarso Genro é curioso, porque no ano passado os oficiais de Justiça alegaram ao juiz Hilbert Obara que não conseguiam achar o Governador. No dia 7 de novembro, o magistrado pareceu irritado e avisou: “
Procurem no Palácio Piratini. É notório o endereço”.
. No mesmo ano do ajuizamento da ação, 2003, o juiz da 5ª. Vara da Fazenda Pública concedeu liminar ao advogado Fernando Dani, autor da ação, mandando a Estapar depositar num Fundo Judicial todos os valores cobrados indevidamente dos motoristas infratores.
. Fracassaram todas as tentativas da prefeitura, EPTC, Estapar, Tarso Genro, Raul Pont e Mauri Cruz, no sentido de trancar o processo. Durante seis anos, agravos e apelações de todo o gênero bateram sem sucesso às portas do Tribunal de Justiça e do STJ, o que dá boa medida do que poderá acontecer.
- A Estapar não administra mais a Área Azul, portanto não cobra mais nada e nem usa o poder de polícia que lhe concederam ilegalmente os ex-prefeitos Raul Pont e Tarso Genro, ao privatizar os serviços, atualmente sob gestão total da EPTC. Em caso de condenação, os réus serão obrigados a indenizar os cofres da prefeitura. O editor retirou as 1.230 páginas do processo 114723225 para leitura e exame.
CLIQUE AQUI para examinar a petição inicial, protocolada no dia 14 de outubro de 2003. Trata-se de uma peça de enorme consistência e grande rigor jurídico. O editor procurou 12 vezes o advogado Fernando Dani no decorrer dos últimos 60 dias, mas ele não quis falar e não deu retorno.