A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, também defendeu a sentença proferida por Moro.
O procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da
Lava Jato em Curitiba (PR), manifestou-se a respeito da decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF) de anular a condenação de Aldemir Bendine, ex-presidente
do Banco do Brasil (2009-2015) e da Petrobras (2015-1016). Em seu perfil no
Twitter, hoje, sábado, Dallagnol afirmou que a decisão “abriu a possibilidade de uma série de
condenações da Lava Jato serem anuladas” e que “não houve nada de errado nem no
caso Bendine nem nos demais”.
A decisão da 2ª Turma do STF representa um marco negativo
para a atuação da Lava Jato. Foi a 1ª vez que o Supremo anulou uma condenação
do então juiz Sergio Moro, atual ministro da Justiça.
O argumento é que Moro teria errado ao abrir prazo
simultâneo para o ex-presidente da Petrobras e os executivos da Odebrecht,
delatores do caso, apresentarem alegações finais. A maioria da Corte entendeu
que, como os réus citaram Bendine em delação premiada, este teria o direito de
manifestar-se por último para defender-se.
A força-tarefa da Lava Jato reagiu à decisão. Em nota
oficial, afirmou que o novo entendimento poderia anular “praticamente todas as
condenações” da Lava Jato até agora. Contabilizou que 32 processos, envolvendo
143 réus, poderiam ser afetados.