Heloísa Starling, conduzida coercitivamente para depor nas investigações sobre desvio de dinheiro público na Ufmg, foi uma das vozes mais ferozes contra os militares na Comissão Nacional da Verdade (veja ao lado). Na ocasião, ela disse: "A nossa democracia só vai se completar o dia que o poder
militar obedecer o poder civil".
A Operação deflagrada quarta-feira pela Polícia Federal e batizada
de “Esperança Equilibrista” investiga o suposto desvio de R$ 4 milhões dos R$
19 milhões destinados pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) à obra
do Memorial da Anistia Política, em Belo Horizonte. As intervenções tiveram
início em 2009 e até hoje não foram concluídas. Os recursos são provenientes do
Ministério da Justiça.
Durante a operação, foram cumpridos
oito mandados de condução coercitiva e 11 de busca e apreensão. O reitor e a
vice-reitora da UFMG, Jaime Ramirez e Sandra Goulart, foram levados à sede da
PF, juntos com Alfredo Gontijo, atual presidente da Fundep, as ex-vice-reitoras da
UFMG Rocksane de Carvalho e Heloísa Starling, a ex-secretária de Cultura do
Estado, Eleonora Santa Rosa, e as ex-funcionárias da Fundep Sandra Regina de
Lima e Silvana Coser.
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