A Andifes, que não leu ou não entendeu Sérgio Moro, insurge-se contra o estado democrático de direito e as instituições republicanas, que funcionam para apurar, denunciar, julgar e punir os bandidos do colarinho branco, sejam autoridades ou simples burocratas.
Em linguagem inapropriada para o dramático momento e tentando politizar o gesto extremo, a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes
das Instituições Federais de Ensino Superior) divulgou nota na qual lamenta o
suicídio do reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luis
Carlos Cancellier Olivo, de 60 anos, nesta segunda-feira.
Usando o mesmo tom do lulopetismo quando defende Lula e seus acusados petistas da Lava Jato, a Andifes critica, como
fatores que teriam levado à morte do docente, a “atuação desmedida do aparato
estatal”, as “práticas de um estado policial” e a destruição da honra das
pessoas “em nome de um moralismo espetacular”. Na nota, a Andifes afirma que “é inaceitável que pessoas investidas de responsabilidades públicas de enorme repercussão social tenham a sua honra destroçada em razão da atuação desmedida do aparato estatal”. E completa: “É inadmissível que o país continue tolerando práticas de um estado policial, em que os direitos mais fundamentais dos cidadãos são postos de lado em nome de um moralismo espetacular”.
Nem uma só linha para explicar tudo que foi investigado pela PF, origem das denúncias do MPF, que no dia 14 de setembro desencadeou a Operação Ouvidos
Moucos, que apura um esquema de corrupção que teria desviado bolsas e
verbas no valor total de 80 milhões de reais nos recursos para cursos de
educação a distância (EaD) do Programa Universidade Aberta (UAB).
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