Firma seria usada pelos donos para intermediar negócios
em áreas de óleo e gás, energia e tecnologia
A Agência Estado passou informações para seus clientes nesta tarde, revelando que a Operação Lava
Jato investiga o pagamento de propinas em contrato do Banco do Brasil com a
Ação Informática Brasil. Dois ex-sócios da empresa revelaram em depoimento à
Polícia Federal (PF) terem repassado valores para a Credencial Construtora
Empreendimentos e Representações - acusada de ser empresa de fachada usada para
lavagem de dinheiro no escândalo Petrobras - por "consultoria" em
negócio de fornecimento de software para o banco, fechado em 2010, por R$ 53,2
milhões.
A Credencial, que tem sede em Sumaré (SP), pertence a
Eduardo Aparecido de Meira e Flávio Henrique de Oliveira Macedo, ambos presos
em maio na 30ª fase da Lava Jato (Operação Vício). A firma seria usada pelos
donos para intermediar negócios no governo federal - em áreas de óleo e gás,
energia e tecnologia - com vínculos com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu
(governo Lula).
A força-tarefa considera ter provas do repasse de
dinheiro de corrupção da Credencial para Dirceu em contratos de fornecimento de
tubos para obras da Petrobras.
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