Trump derrota pesquisas, mídia, establishment e a própria adversária, Hillary Clinton

Embora as pesquisas de intenção de voto indicassem o contrário e apesar dos desejos explícitos da mídia e da maior parte do establishment, inclusive republicano e o próprio presidente Obama, Donald Trump venceu a candidata democrata, a ex-secretária de Estado e ex-primeira-dama Hillary Clinton, conquistando ao menos 276 dos 538 votos do Colégio Eleitoral em contagem parcial dos votos pela Associated Press às 5h35 (horário de Brasília). Hillary obteve 218 votos nessa contagem.

Ela perdeu em Estados importantes como a Flórida, Ohio e a Carolina do Norte.

A onda azul chegou com força aos Estados Unidos, que agora será mais conservadora dentro e fora do País.

Trump assumirá o cargo ao lado de seu vice, o governador do Estado de Indiana, Mike Pence. 

Ele foi cumprimentado durante a madrugada por sua adversária, que admitiu a derrota.

O mercado financeiro reagiu negativamente ainda durante a apuração. Na Ásia, as bolsas registraram forte queda. O peso mexicano alcançou o nível mais baixo dos últimos 20 anos.

Além da eleição de Donald Trump, o Partido Republicano também obteve maioria nas duas casas do Congresso – no Senado, já conquistou 51 senadores ante os 49 necessários para tanto, enquanto na Câmara dos Deputados obteve até o momento 235 deputados frente aos 218 requeridos para obter maioria. Em seu discurso inicial, Donald Trump fez menção à necessidade de conciliar o país, com elogios ao esforço da candidata derrotada Hillary Clinton de trabalhar por todos os americanos e criar novas oportunidades para uma parcela da população que ficou à margem do crescimento econômico recente. Além disso, sinalizou disposição em trabalhar em conjunto no comércio internacional com aqueles países que se dispuserem ao diálogo harmônico com os Estados Unidos. Trump deverá tomar posse no dia 20 de janeiro, e até lá será possível ter maior clareza sobre os rumos políticos e econômicos que seu governo pretende seguir, com especial atenção ao comércio internacional, políticas migratórias e perspectivas de estímulo fiscal.