Homem da Fronteira do RS, Octavio Corrêa completaria 130
anos de nascimento neste dia 3 de junho. O ginete muito rico que trocou o
Quaraí por Paris, estava à frente dos rebeldes militares da Revolta do Forte de
Copacabana, trajando chapéu, terno, gravata e com o fuzil na mão, quando
apenas 18 heróis enfrentaram oito mil militares, em 1922. O mais longo
estado de sítio que o país sofreu, com perseguições, censura e prisões de
jornalistas promovidas pela República Velha, impedia que se falasse sobre ele.
Depois, com a Revolução de 30, o marketing da nova ordem idealizava o único
civil dos 18 do Forte, mas nem o nome de Octavio era escrito corretamente. O
personagem real desapareceu nas sombras da História.
Restaram registros dizendo que ele era um advogado que
desceu de carro a Serra de Petrópolis tendo um cobertor enfiado no pescoço como
um poncho, para ir morrer numa briga que não era sua. Nada disso confere com a
imagem do quaraiense elegante e sereno entre os líderes da marcha para a morte
na calçada mais famosa do mundo que a foto da revista O Malho não deixa
desmentir.
Após seis anos de pesquisas, este capítulo da História do
Brasil que nunca foi contado agora ganha informações inéditas sobre a motivação
de Octavio Corrêa e os acontecimentos de 5 e 6 de julho de 1922.
Muito oportuna a escolha do tema pelo autor, a participação de Otacvio Correa na revolta era uma completa incógnita, uma omissão histórica. Exceção feita ao tratamento ficcional dado por Alcy Cheuyche no romance A Mulher no Espelho, no qual o autor foi muito feliz ao caminhar por esse fio de navalha: ousar fazer ficção sobre um fato histórico real.
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ResponderExcluirCedo ou tarde a verdade aparece, assim como esta estoria do governo Sartori de que não existe dinheiro.
Entretanto, teme a CPI da Segurança.