Ouvi recentemente a definição de que o governo Michel
Temer é um governo “vintage”. Nada mais adequado se considerarmos que isso
significa a volta aos conceitos básicos, aqueles que são atemporais e definem
os alicerces e as práticas que sobrevivem a modismos e experimentos nem sempre
bem-sucedidos.
Podemos colocar na categoria “vintage” o realismo fiscal
e as ações de controle de gastos; a volta a uma política econômica liberal e o
abandono do desastre que foi a “nova matriz econômica”; a agenda de
privatizações, que tomou o lugar das “desestatizações” envergonhadas do governo
afastado; o resgate da responsabilidade fiscal e, no campo político, a relação
com o Congresso Nacional, em que governo é governo e projeto de governo tem
apoio da base do governo. Básico, não? Pois não era assim até pouquíssimo tempo
atrás.
Ainda nesse conjunto, o Projeto de Lei Complementar (PLP)
257 surge também como uma volta ao básico. Embora tenha sido alçado ao
conhecimento público como o projeto que perdoa a dívida dos Estados com a
União, ele vai muito além.
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Não mexendo nos direitos dos trabalhadores, OK. Reajuste anual garantido, OK.
ResponderExcluirBem, mas esse 257 já está naufragando pois justamente onde o caos é maior, no sentido de ser o maior gerador de despesas e desigualdades foi ou estão sendo feitas as concessões. O Judiciário, o Ministério Público, a Defensoria, os Tribunais de Com
ResponderExcluirntas, as Assembléias Legislativas e o Congresso Nacional, não serão atingidos pelas medidas restritivas.
Quer dizer que só os servidores do Executivo é que sofrerão congelamento.
Será porque são em maior número?
Será porque os servidores do executivo é que prestam a maior parte dos serviços públicos e com isto o contribuinte é que será prejudicado?
E o contribuinte, o maior prejuducado vai ficar quieto, acchando que não é com ele o problema?
Mas o problema é com ele mesmo, pois é quem continuará com saúde precária, educação precária, segurança precária e infraestrutura precária.
Depois não adianta reclamar, pois Inês é morta.