Em Canoas, Grande Porto Alegre, está sendo assassinado um cidadão a cada duas horas e meia. Em 12 horas, foram 5 mortos.
O número é igual ao de julho inteiro.
Banrisul atrapalha-se no marketing e oferece empréstimos para servidores que não receberam salários
A mensagem ao lado, foi enviada hoje pelo Banrisul para todos os servidores estaduais. Trata-se de um negócio e uma ação de marketing vesgos, politicamente incorretos, porque passa toda a percepção de que o banco estatal tenta tirar proveito de um problema criado pelo seu controlador, o governo estadual.
Os agentes parecem tocar algo como criar dificuldade para vender facilidade.
Os empréstimos oferecidos não terão juros pagos pelo Tesouro do Estado, como aconteceu nos governos Rigotto e Yeda Crusius.
Durante alguns meses, os dois governos executaram uma política de pessoal que se caracterizou por empréstimos em vez de pagamentos de salários, mas com juros bancados pelo Tesouro do Estado, comprometendo-se este a cobrir os valores nos vencimentos dos contratos.
Neste caso atual do governo Sartori, caberá ao próprio devedor custear os juros.
Os agentes parecem tocar algo como criar dificuldade para vender facilidade.
Os empréstimos oferecidos não terão juros pagos pelo Tesouro do Estado, como aconteceu nos governos Rigotto e Yeda Crusius.
Durante alguns meses, os dois governos executaram uma política de pessoal que se caracterizou por empréstimos em vez de pagamentos de salários, mas com juros bancados pelo Tesouro do Estado, comprometendo-se este a cobrir os valores nos vencimentos dos contratos.
Neste caso atual do governo Sartori, caberá ao próprio devedor custear os juros.
Militantes do PT farão vigília, esta noite, por Dirceu, em frente ao Supremo
Militantes do PT fazem uma vigília,
na noite desta segunda-feira, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em
solidariedade ao ex-ministro José Dirceu. Eles querem que o petista seja
mantido em prisão domiciliar, em Brasília, e não seja transferido para Curitiba
(PR).
— O argumento é que ele atrapalha as investigações, então
por que não pede a prisão do Eduardo Cunha (presidente da Câmara)?. Ele sim tem
condições de atrapalhar o processo. O Dirceu está em prisão domiciliar, não tem
direito de ir e vir, está com os direitos políticos cassados — disse Pedro
Henrichs, um dos organizadores do ato, programado para as 20h.
Esse é o mesmo grupo que acampou em frente ao STF e ao
Complexo Penitenciário da Papuda enquanto Dirceu e outros petistas estavam
presos pelo mensalão.
Advogados confirmam acordo de delação premiada acertado com Renato Duque, o homem do PT na Petrobrás
Os três advogados que defendiam o ex-diretor da Petrobrás, Renato Duque, o homem do PT na estatal, anunciaram esta noite que abandonaram a causa.
Eles informaram que foram contra a adesão do ex-diretor ao instituto da delação premiada, coisa que acabou acontecendo.
Esta confirmação deixou o PT, Lula e o governo Dilma aflitos e atônitos, porque Renato Duque sabe tudo sobre a quadrilha do Petrolão.
E falará o que sabe.
Eles informaram que foram contra a adesão do ex-diretor ao instituto da delação premiada, coisa que acabou acontecendo.
Esta confirmação deixou o PT, Lula e o governo Dilma aflitos e atônitos, porque Renato Duque sabe tudo sobre a quadrilha do Petrolão.
E falará o que sabe.
Sartori receberá chefes de Poderes daqui a pouco. Depois, falará para a imprensa.
O governador José Ivo Sartori receberá as 18h os representantes dos Poderes Judiciário e
Legislativo, bem como os chefes do Ministério Público, do Tribunal de Contas do Estado e
da Defensoria Pública.
O encontro vai tratar da crise fínanceira do setor público gaúcho, o que acabou levando ao parcelamento dos salários dos funcionários do Executivo.
Será permitida uma janela para imagens no início da reunião.
Ao final, o governador atenderá a imprensa.
O encontro vai tratar da crise fínanceira do setor público gaúcho, o que acabou levando ao parcelamento dos salários dos funcionários do Executivo.
Será permitida uma janela para imagens no início da reunião.
Ao final, o governador atenderá a imprensa.
Governo gaúcho desmente boatarias da contrainformação
O governo estadual tem monitarado a guerrilha de contrainformações que circulam sobretudo nas redes sociais, implementando notícias que não conferem com o que seu pessoal consegue apurar.
Aí vão dois casos mais recentes:
Arrastões e assaltos - A Brigada Militar informou há pouco que foi conferir de perto as notícias e constatou que tudo é rebate falso de notas em Whats App.
Pagamentos privilegiados - Ninguém recebeu salários integrais no Executivo, sequer auditores da secretaria da Fazenda, governador e secretário de Estado.
O Piratini está aliviado pela situação de ordem pública que existe em todo o Estado, que não confere com as ameaças feitas no final da semana passada.
Aí vão dois casos mais recentes:
Arrastões e assaltos - A Brigada Militar informou há pouco que foi conferir de perto as notícias e constatou que tudo é rebate falso de notas em Whats App.
Pagamentos privilegiados - Ninguém recebeu salários integrais no Executivo, sequer auditores da secretaria da Fazenda, governador e secretário de Estado.
O Piratini está aliviado pela situação de ordem pública que existe em todo o Estado, que não confere com as ameaças feitas no final da semana passada.
Assustado com prisão de Dirceu, governo tenta blindar Dilma Roussef a todo custo
O governo e o PT estão assustadíssimos, porque diante da prisão do fundador do Partido, Zé Dirceu, teme que Lula seja preso a qualquer momento, abrindo caminho para o imediato impeachment de Dilma Roussef.
Nesta quinta, Lula e Dilma irão para a TV no horário eleitoral do PT, mas o governo teme que ocorra um panelaço de proporções continentais na ocasião.
Nesta quinta, Lula e Dilma irão para a TV no horário eleitoral do PT, mas o governo teme que ocorra um panelaço de proporções continentais na ocasião.
Líder do PT, indignado, diz que nova prisão do "herói do povo brasileiro" é perseguição da Justiça, MPF e PF ao PT
O líder do PT na Câmara, deputado Sibá Machado, criticou
nesta segunda-feira, 3, a prisão do ex-ministro José Dirceu na 17ª fase da
Operação Lava Jato.
Sibá Machado classificou o ato como uma "perseguição
declarada ao PT". "O juiz Sérgio Moro trabalha com suposições, vai à
imprensa, faz show. E a Polícia Federal acompanhando esse show. Isso está
virando uma aberração ao estado de direito", afirmou o líder petista.
"Está caminhando para um golpe político da caneta."
Segundo o deputado, o juiz Sérgio Moro trabalha para
"institucionalizar um golpe e para prejudicar o PT:
- Existe um
olhar diferente para os mesmos fatos. O Dirceu já estava em prisão domiciliar.
Não tinha motivo. É uma orquestra para colocar povo na rua. O juiz Moro faz
show calculado, pensado, para que isso se desenrole dessa maneira.
HSBC Brasil avisa que migração de clientes para o Bradesco será segura, gradual e lenta
Em aviso que está disponibilizando nos seus sites enas páginas de home banking dos seus correntistas, o HSBC Brasil informa que nenhum dos seus clientes terá que mexer nas suas contas, porque elas migrarão automaticamente para o Bradesco.
A migração será cocluída no segundo trimestre do ano que vem.
O HSBC informou esta tarde que manterá serviços no Brasil, mas apenas para atender seus clientes corporativos que possuem negócios no exterior.
A migração será cocluída no segundo trimestre do ano que vem.
O HSBC informou esta tarde que manterá serviços no Brasil, mas apenas para atender seus clientes corporativos que possuem negócios no exterior.
“Bomba caseira” pode acabar com Lula e o PT
A cúpula do PT tem discutido o “risco João Vaccari Neto”,
ex-tesoureiro do partido, preso desde abril pela PF na Lava Jato. Vacari tem se
queixado de “abandono” e tem citado o exemplo do que aconteceu ao mensaleiro
Marcos Valério, condenado a quase 40 anos de prisão por fechar a boca.
Vaccari insinua sempre uma possível delação premiada. O
ex-tesoureiro Vaccari sabe que, sem delação, terá pena longa. Ele foi acusado
por pelo menos cinco delatores, na Lava Jato.
Líderes do PT contam que a pressão em Vaccari deve
aumentar após o acordo de delação que tirou o lobista Mário Góes da prisão.
Dólar liderou ganhos dos investidores em julho. Valorização foi de 10,14%.
O euro também valorizou muito, fechando o mês com rendimento acumulado de 8,17% nominal.
Entre as piores opções, o editor situa a Bolsa. O índice Bovespa caiu 4,17%.
Ouro despencou 0,07%.
Os ativos de renda fixa ganharam da inflação, mas com valorizaçoes moderadas. Os melhores foram os fundos DI, com alta de 1,19%.
A poupança superou a inflação em apenas 0,15.
Ao lado, tabela completa, conforme publicação feita hoje pelo jornal Valor.
Dólar opera em alta nesta segunda-feira. Cotação é de R$ 3,46.
O dólar opera em alta e cotação já bate em R$ 3,46.
Juventude do PT reafirma apoio ao "herói do povo brasileira". E acusa: "Há fascismo judicial para destruir o Partido".
A Secretaria Nacional de Juventude do PT afirma em nota ter
reagido com "indignação" à nova prisão do ex-ministro da Casa Civil
José Dirceu, nesta manhã;
- Novamente, Dirceu é vítima de uma orquestração
que visa destruir o PT, mas, principalmente, as profundas transformações
experimentadas pelo nosso país.
O texto é assinado pelo Secretário
Nacional de Juventude da legenda, Jefferson Lima. Ele também condenou o que
chama de "fascismo judicial e as manipulações golpistas" por trás da
prisão do ex-minstro.
A reação da Juventude do PT não acusa a oposição pelas perseguições a Zé Dirceu, porque preferiu atacar diretamente o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Polícia Federal, além da legislação em vigor.
Jefferson Luna reafirnmou que Zé Dirceu é um herói do povo brasileiro.
Arquivamento de caso Anastasia pela PGR pode beneficiar Cunha
Por falta de provas e confirmação dos indícios
levantados, pode ser arquivada a denúncia contra o senador Antonio Anastasia
(PSDB-MG), que foi acusado por Jayme Alves de Oliveira Filho, conhecido
como o Careca, de recebido R$ 1 milhão em 2010.
Careca não foi encontrado para
trazer mais detalhes do depoimento e, por isso, o Supremo Tribunal Federal pode
paralisar o processo.
Se arquivado, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), que também denunciado por Careca, pode se valer desse artifício
jurídico para pedir a queda das investigações
Deputado psólico gaúcho recrudesce discurso comunista e propõe calote na dívida com a União
O deputado Pedro Ruas, PSOL do RS, recrudesceu e voltou aos tempos das cavernas comunistas, exigindo que a Assembléia aprove projeto demagógico e populista, que manda Sartori aplicar calote na dívida com a União.
E exigindo auditoria da dívida.
O deputado psólico parece não ter lido o contrato firmado com o governo federal, porque ele prevê bloqueio de repasses federais no caso de inadimplência.
Brasília repassa mensalmente a média de R$ 520 milhões, muito mais do que os R$ 280 milhões mensais da parcela da dívida.
E exigindo auditoria da dívida.
O deputado psólico parece não ter lido o contrato firmado com o governo federal, porque ele prevê bloqueio de repasses federais no caso de inadimplência.
Brasília repassa mensalmente a média de R$ 520 milhões, muito mais do que os R$ 280 milhões mensais da parcela da dívida.
C. Vale assume controle da gaúcha Marasca Comércio de Cereais
Já está sob administração da C. Vale, antiga Coopervale, Palotina, Paraná (foto ao lado), a empresa gaúcha de comercialização de grás, Marasca Comércio de Cereais, Cruz Alta, RS.
A Marasca estava muito endividada e buscou um acordo pelo qual os paranaenses assumiram a adminstração por 10 anos, com opção de compra,.
A C. Vale, faturamento de R$ 4,6 bilhões no ano passado, fundada por oriundos gaúchos, transformou-se na segunda maior cooperativa de cereais do Brasil, atrás apenas da Coamo, também do Paraná.
O mercado não sabe exatamente qual o tamnho das dívdias da Marasca, mas é possível estimar o nível dos seus problemas pelo valor de negócios que opera anualmente, algo como R$ bilhão.
A Marasca estava muito endividada e buscou um acordo pelo qual os paranaenses assumiram a adminstração por 10 anos, com opção de compra,.
A C. Vale, faturamento de R$ 4,6 bilhões no ano passado, fundada por oriundos gaúchos, transformou-se na segunda maior cooperativa de cereais do Brasil, atrás apenas da Coamo, também do Paraná.
O mercado não sabe exatamente qual o tamnho das dívdias da Marasca, mas é possível estimar o nível dos seus problemas pelo valor de negócios que opera anualmente, algo como R$ bilhão.
Policiais gaúchos algemam-se em Santa Maria para protestar contra Sartori
A Polícia Civil do RS representa o grupo de servidores públicos estaduais mais ativo nas manifestações desta segunda no Estado e tem radicalizado discurso e asção. Na cidade de Santa Maria, um grupo de policiais fez, na manhã desta
segunda-feira, manifestação em frente à Delegacia de Polícia de
Pronto-Atendimento (DPPA), na Rua dos A|ndradas. Segundo o site www.zerohora.com.br, os
manifestantes chegaram a se algemar para demonstrar a indignação com o
parcelamento dos salários. Eles aderiram à mobilização estadual, que leva
servidores estaduais às ruas e afeta o atendimento ao público.
Das nove delegacias de polícia da cidade, somente a DPPA
está fazendo atendimento, mas apenas em crimes graves, como estupro, homicídio
e casos envolvendo crianças, adolescentes e mulher.
Arrastão na Glória e assaltos na avenida Ipiranga tensionam Porto Alegre
O jornalista Diego Casagrande acaba de retuitar (Twitter) que bandidos armados assaltam neste momento os motoristas que trafegam pela avenida Ipiranga. O caso acontece na esquina com a avenida Cristiano Fisher.
Na esquina das avenidas Carlos Gomes e Plinio Brasil Milano foram vistos bandidos armados assaltando pedestres.
As 11h30min, um vagabundo completamente nu circulava entre carros e crianças que saídam do colégio, sem que houvesse qualquer repressão policial.
Ele também revelou que esta manhã aconteceram arrastões em Porto Alegre.
Na Glória, arrastão resultou em rapina num supermercado e assaltos a 15 clientes que estavam do lado de fora da loja.
A Brigada Militar nada informou sobre os incidentes, que não parecem casos isolados.
Na esquina das avenidas Carlos Gomes e Plinio Brasil Milano foram vistos bandidos armados assaltando pedestres.
As 11h30min, um vagabundo completamente nu circulava entre carros e crianças que saídam do colégio, sem que houvesse qualquer repressão policial.
Ele também revelou que esta manhã aconteceram arrastões em Porto Alegre.
Na Glória, arrastão resultou em rapina num supermercado e assaltos a 15 clientes que estavam do lado de fora da loja.
A Brigada Militar nada informou sobre os incidentes, que não parecem casos isolados.
Justiça manda Carris botar os ônibus nas ruas de Porto Alegre. Circulação já voltou à normalidade.
O prefeito José Fortunati acaba de postar no seu Twitter que a Justiça mandou desbloquear imediatamente as garantes da Carris, autorizou o uso da força e impôs multa de R$ 20 mil sobre o Sindicato, caso a ordem seja ignorada.
Os sindicalistas liberaram os portões e os ônibus recomeçasram a circular.
A greve na estatal foi selvagem.
Uma minoria de 50 ativistas sindicais de esquerda fizeram assembléia e em nome dos mil trabalhadores decidiu que os ônibus não serviriam a população nesta segunda, sob a alegação de que precisavam dar apoio aos funcionários estaduais em greve.
O prefeito reagiu imediatamente, mandou a guarda municipal para o local, protestou contra a falta de atendimento à população e ingressou com ação em juízo.
A atitude do prefeito José Fortunati foi decisiva e corajosa, enfrentando sindicalismo selvagem que há bastante tempo instalou-se na Carris e com frequência impõe atos ilegais de paralisações.
- A frota completa da Carris é de 383 veículos e 29 linhas, atingindo milhares de passageiros de Porto Alegre.
Os sindicalistas liberaram os portões e os ônibus recomeçasram a circular.
A greve na estatal foi selvagem.
Uma minoria de 50 ativistas sindicais de esquerda fizeram assembléia e em nome dos mil trabalhadores decidiu que os ônibus não serviriam a população nesta segunda, sob a alegação de que precisavam dar apoio aos funcionários estaduais em greve.
O prefeito reagiu imediatamente, mandou a guarda municipal para o local, protestou contra a falta de atendimento à população e ingressou com ação em juízo.
A atitude do prefeito José Fortunati foi decisiva e corajosa, enfrentando sindicalismo selvagem que há bastante tempo instalou-se na Carris e com frequência impõe atos ilegais de paralisações.
- A frota completa da Carris é de 383 veículos e 29 linhas, atingindo milhares de passageiros de Porto Alegre.
Jorge Furtado culpa a imprensa pelos problemas do PT e do governo Dilma
O cineasta gaúcho Jorge Furtado, que da mesma forma que seu amigo Luiz Fernando Veríssimo continua segurando a alça do caixão do PT, mas que igual ao escritor não teve coragem, hoje, de defender a nova prisão do ex-ministro Zé Dirceu, resolveu mais uma vez criticar a poltrona, no caso a imprensa, pelas mazelas pelas quais passa o Partido dos Trabalhadores e seus governos.
Em crítica à imprensa, o diretor e roteirista Jorge
Furtado afirmou que as "manchetes parecem as mesmas" e que, após a
eleição do ex-presidente Lula, os veículos de comunicação brasileiros mudaram
drasticamente o seu posicionamento político.
"Eles foram governistas na ditadura, no Sarney, com
Tancredo, criaram o Collor, foram totalmente governistas com Fernando Henrique
e descobriram Millôr Fernandes e a frase 'imprensa é oposição' quando Lula
chegou no governo", disse, em entrevista à TV Carta, da Carta Capital.
Criado numa família da Arena (o pai foi ministro da ditadura militar e a mãe foi deputada) Jorge Furtado nunca parou de fazer mea culpa, migrou fora do eixo para o campo da esquerda e esquece que a imprensa foi totalmente governista durante os 8 anos do governo Lula e durante quase todo o governo Dilma. Apenas alguns nichos da mídia escaparam.
Segundo ele, a opção por uma pauta unificada acabou por
resultar no fato de que os veículos de imprensa "abrissem mão de fazer
jornalismo muitas vezes para fazer política diretamente". O resultado
disso foi o aparecimento de blogs e sites alternativos, de defesa do governo.
"Ficou um negócio meio extremado. A única maneira é se informar em vários
veículos, não tem jeito", avaliou.
Em sua crítica, Furtado destaca que esta partidarização
acabou por fazer com que a mesma informação seja checada várias vezes pelo
leitor, de maneira a se obter uma informação confiável.
"É impossível acreditar se não checar duas três
vezes, em três, quatro fontes diferentes". Como exemplo desta necessidade
e da falta de uma informação consistente, ele fala da falta de consistência de
quem busca informação apenas por manchetes e que acabam falando de
"impeachment e roubalheira" como se fossem fatos reais.
- Furtado foi diretor e roteirista dos programas eleitorais do Partido dos Trabalhadores nas campanhas para a prefeitura de Porto Alegre (Tarso Genro, 1992; Raul Pont, 1996; Tarso Genro, 2000) e para o governo do estado (Olívio Dutra, 1994 e 1998).
- Furtado foi diretor e roteirista dos programas eleitorais do Partido dos Trabalhadores nas campanhas para a prefeitura de Porto Alegre (Tarso Genro, 1992; Raul Pont, 1996; Tarso Genro, 2000) e para o governo do estado (Olívio Dutra, 1994 e 1998).
Focus eleva novamente previsão para a inflação em 2015
Pela 16ª rodada consecutiva, a perspectiva para a inflação de 2015 foi revisada para pior. A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano avançou de 9,23% da semana anterior para 9,25% agora.
Há um mês, essa projeção estava em 9,04%. No Relatório Trimestral de Inflação de junho, o Banco Central havia apresentado estimativa de 9% no cenário de referência e de 9,1% usando os parâmetros de mercado.
A mediana das projeções para o IPCA de 2016, no entanto, ficou estancada nesta segunda-feira, no Relatório de Mercado Focus, divulgado há pouco pelo BC. O ponto central da pesquisa permaneceu em 5,40%. Há um mês, estava em 5,45%.
Há um mês, essa projeção estava em 9,04%. No Relatório Trimestral de Inflação de junho, o Banco Central havia apresentado estimativa de 9% no cenário de referência e de 9,1% usando os parâmetros de mercado.
A mediana das projeções para o IPCA de 2016, no entanto, ficou estancada nesta segunda-feira, no Relatório de Mercado Focus, divulgado há pouco pelo BC. O ponto central da pesquisa permaneceu em 5,40%. Há um mês, estava em 5,45%.
Começa a cair o castelo de cartas da esgotosfera. Milton Pascowitch desvendou relação espúria com blogs e jornalistas chapas brancas. Leonardo Attuch, Brasil247, foi denunciado por Milton Pascowitch.
O lobista Milton Pascowitch (denúncia ao lado), cuja delação premiada está no vórtice da prisão, hoje, de Zé Dirceu, delatou também vários jornalistas que levavam dinheiro do ex-ministro e também do Petrolão.
No depoimento à Polícia Federal, Milton explicou a respeito do jornalista Leonardo Attch, site Brasil247:
- Ficou claro que não
haveria qualquer prestação de serviço mas que era uma operação para dar
legalidade ao 'apoio' que o PT dava ao blog mantido por Leonardo". O valor
foi "abatido" da propina que estava à disposição de Vaccari.
Não é caso isolado.
Boa parte da blogsfera, chamada de esgotosfera, levava dinheiro sujo do Petrolão e leva dinheiro grosso do governo federal e suas estatais, tudo para defender o governo e o PT.
Globonews diz que sites, blogs e revistas amigos de Zé Dirceu estão sob investigação da PF e do MPF. Brasil247 já teria sido identificado na lista.
Desde que terminou a coletiva concedida por delegados federais e procuradores federais em Curitiba, agora há pouco, 11h, em Curitiba, os repórteres procuram saber quem são os jornalistas e quem são os sites que estão sob investigação no âmbito da Lava Jato, implicados diretamente no caso da prisão do ex-minsitro José Dirceu.
O delegado Márcio Adriano Anselmo, que participa da Operação Pixuleco Oficial ("Pixuleco", era como Vaccari tratava as propinas que recebia das empreiteiras) avisou que a PF não tinha prendido nenhum jornalista.
Agora há pouco, a Globonews informou que um dos sites identificados pela PF e pelo MPF é o Brasil247, mas avisou que outros sites, revistas e blogs que costumam abrir espaço para Zé Dirceu estão na mira da investigação em Brasília, Rio, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.
O delegado Márcio Adriano Anselmo, que participa da Operação Pixuleco Oficial ("Pixuleco", era como Vaccari tratava as propinas que recebia das empreiteiras) avisou que a PF não tinha prendido nenhum jornalista.
Agora há pouco, a Globonews informou que um dos sites identificados pela PF e pelo MPF é o Brasil247, mas avisou que outros sites, revistas e blogs que costumam abrir espaço para Zé Dirceu estão na mira da investigação em Brasília, Rio, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre.
Entenda por que razão a mídia e os jornalistas cobrem de modo tão completo o escândalo do Petrolão
O editor recebeu há pouco o texto completo das análises diárias do ex-prefeito do Rio, Cesar Maia, que vai na íntegra a seguir.
Leia agora e entenda:
1. A operação Lava-Jato, em suas diversas partes, tem uma
característica muito importante. As informações colhidas foram diretamente pelo
Estado, ou seja, pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e pelo Poder
Judiciário. O jornalismo investigativo não está na fonte de nenhuma dessas
informações.
2. Isso constrói uma relação pacífica e estável entre os
meios de comunicação e os jornalistas investigativos. Esses disputam quem chega
primeiro às informações colhidas por aqueles três sistemas. Assim, a imprensa
suita os três sistemas, muito mais que investiga.
3. A relação entre as empresas de comunicação e seus
jornalistas se torna estável e pacífica. Olhando a história do jornalismo, se
verifica os constrangimentos que ocorrem quando um jornalista investigativo
chega às informações que, divulgadas, contrariam ou criam constrangimentos
comerciais ou mesmo políticos a seus empregadores.
4. Sendo assim, o campo de liberdade do noticiário -no
Lava-Jato- é muito maior, pois as empresas de comunicação não precisam explicar
nada, pois estão cobrindo e não descobrindo. Seus jornalistas atuam -e da mesma
forma- com um amplo grau de liberdade, pois as informações secundárias que
colherem não criarão constrangimentos às empresas de comunicação empregadoras.
5. Será apenas a lógica da concorrência por “audiência”:
chegar na frente de uma notícia que estará disponível em breve e de forma
geral. As fontes estão fora das empresas de comunicação e seus jornalistas. E,
portanto, outras empresas ou empresários com que tenham relações próximas não
têm o que pedir e a quem pedir.
6. Um caso clássico de constrangimento é o que envolveu o
jornalista Edward R. Murrow (o mais importante radialista na segunda guerra),
que encerrava seus programas na TV -de enorme prestígio- e com base
investigativa, sempre repetindo Boa Noite, Boa Sorte (ver filme dirigido por
George Clooney). Os interesses da CBS e a tentativa de intervenção em seus
textos foi vista por Murrow como quebra de liberdade de imprensa e esse
preferiu demitir-se em 1954.
7. Agora recentemente (março de 2015), no México, o mesmo
ocorreu com a jornalista e radialista Carmen Aristegui, com o programa de maior
audiência, de investigações e denúncias. Sua equipe ao chegar aos
"porões" do "palácio" onde morava o presidente Peña Nieto
-que ela chamou de Casa Branca- e demonstrar que se tratava de favores de uma
empresa contratista desde que ele foi governador do estado do México, levou o
importante grupo de comunicação MVS a divulgar uma proibição da relação dela,
de seu programa, com México-Leaks (de linha investigativa), criando um
constrangimento que levou a sua saída (Ler El Despido de Wilbert Torre,
Editorial Planeta Mexicana 2015).
8. A operação Lava-Jato não cria esses atritos entre as
empresas de comunicação e seus jornalistas investigativos e analistas pelas
razões acima. Por isso, a liberdade de ação dos jornalistas é ampla e a
cobertura de muito maior alcance, profundidade e..., liberdade.
PSDC rejeita convite de Dilma para jantar dos Partidos da base aliada no Alvorada
A presidente Dilma Roussef convidou 10 Partidos da base aliada para participar do jantar que realizará esta noite no Palácio Alvorada, destinado a melhorar suas relações com os líderes, sobretudo os que está no Congresso, mas pelo menos um deles, o PSDC, tirou nota para rejeitar o convite.
O clima político dentro do PT e do governo Dilma pirou dramaticamente esta manhã, depois da prisão do fundador do Partido dos Trabalhadores, Zé Dirceu, envolvido na corrupção do Petrolão. Espera-se a prisão de Lula.
Leia a nota do PSDC, recebida há pouco pelo editor:
Carta para Presidente Dilma
O clima político dentro do PT e do governo Dilma pirou dramaticamente esta manhã, depois da prisão do fundador do Partido dos Trabalhadores, Zé Dirceu, envolvido na corrupção do Petrolão. Espera-se a prisão de Lula.
Leia a nota do PSDC, recebida há pouco pelo editor:
Carta para Presidente Dilma
Senhora Presidenta,
O PSDC – Partido Social Democrata Cristão, vem pelo
presente agradecer o convite para participar de jantar a ser realizado no
Palácio da Alvorada, em Brasilia – DF, no próximo dia 03 de agosto, reunindo
líderes e Presidentes dos Partidos considerados integrantes da Base Aliada do
Governo.
Respeitosamente, entretanto, declina do convite, uma vez
que, conforme já informado oficialmente à Secretaria de Relações
Institucionais, em 05 de março de 2015, a posição do PSDC perante o Governo
Federal é de Independência Construtiva.
Reafirma, de outro lado, conforme declarado em seu
programa político partidário de 21/07/15, em rede nacional de rádio e
televisão, sua confiança, a exemplo do que ocorreu na história das grandes
nações, que das dificuldades do hoje, nascerá a força para a construção de um
novo tempo: a construção do Brasil que Queremos e Podemos!
Ao final, a Democracia Cristã, neste 2015, alcançando 70
anos de Brasil, sustenta sua determinação de contribuir com ideias e propostas,
para superação dos desafios do presente e a reconquista do futuro, construindo,
como propôs, defendeu e aprovou na Assembleia Nacional Constituinte, uma
Sociedade Livre, Justa e Solidária, inscrita no inciso I do artigo 3º da
Constituição Federal.
Deputado Federal Constituinte
JOSÉ MARIA EYMAEL
Procurador Federal diz em coletiva que organização criminosa do Petrolão começou no governo Lula
Terminou há pouco (10h58min) a entrevista coletiva concedida por delegados e procuradores do MPF. Os que mais falaram foram o delegado Márcio Adriano Anselmo e o procurador Carlos Fernando dos Santos.
O procurador disse aos jornalistas que a organização criminosa formatada como quadrilha e agindo de modo sistemático e organizado começou no primeiro governo Lula.
O delegado e o procurador informaram que José Dirceu recebia propinas mesmo estando preso. Parte do dinheiro ia para o PT.
As propinas eram cobradas mensalmente e destinavam-se a facilitar contratos entre empreiteiras e as estatais Petrobrás e Eletrobrás.
O procurador disse aos jornalistas que a organização criminosa formatada como quadrilha e agindo de modo sistemático e organizado começou no primeiro governo Lula.
O delegado e o procurador informaram que José Dirceu recebia propinas mesmo estando preso. Parte do dinheiro ia para o PT.
As propinas eram cobradas mensalmente e destinavam-se a facilitar contratos entre empreiteiras e as estatais Petrobrás e Eletrobrás.
Delegado da PF diz que ainda não há mandato de prisão contra jornalistas envolvidos no Petrolão
Há ainda um mandato de prisão a ser cumprido pela Polícia Federal, mas não há informação ate´agora sobre quem seja.
Em Curitiba, na coletiva de procuradores do MPF e da PF, um repórter do G1 quis saber se a prisão astingiria um jornalista de um site de notícias, mas o delegado que respondeu a pergunta avisou:
- Não se trata de um jornalista.... ainda.
Em Curitiba, na coletiva de procuradores do MPF e da PF, um repórter do G1 quis saber se a prisão astingiria um jornalista de um site de notícias, mas o delegado que respondeu a pergunta avisou:
- Não se trata de um jornalista.... ainda.
Delegados da Polícia Federal explicam, neste momento, no Canal 40 da Sky, razões da prisão do fundador do PT, o ex-ministro Zé Dirceu
O MPF explicou ainda há pouco que além das prisões, cada um dos investigados teve bens e valores bloqueados no valor de R$ 20 milhões. -
O canal 40, Globonews, Sky, apresenta neste momento entrevista coletiva de delegados da Polícia Federal do Paraná.
Procuradores do MPF também estão na entrevista.
A PF explica como e por quê prendeu o fundador e ex-presidente nacional do PT, Zé Dirceu, mais seu irmão e assessores, todos implicados no esquema de corrupção do Petrolão.
O canal 40, Globonews, Sky, apresenta neste momento entrevista coletiva de delegados da Polícia Federal do Paraná.
Procuradores do MPF também estão na entrevista.
A PF explica como e por quê prendeu o fundador e ex-presidente nacional do PT, Zé Dirceu, mais seu irmão e assessores, todos implicados no esquema de corrupção do Petrolão.
Bob Marques, cúmplice de Zé Dirceu no Mensalão, é agora preso no âmbito do Petrolão
Bob Marques, cúmplice do fundador do PT no Mensalão, também foi preso hoje pela Polícia Federal.
Ele é cúmplice do fundador do PT no Petrolão.
Ele é cúmplice do fundador do PT no Petrolão.
Fogaça diz que não há razões para o impeachment de Dilma
O ex-prefeito e atual deputado Federal do PMDB, José Fogaça, avisou hoje em entrevista de página dupla no Jornal do Comércio que não existem razões para o impeachment de Dilma.
A entrvista é de Guilherme Kolling. Vai na íntegra, a seguir:
A entrvista é de Guilherme Kolling. Vai na íntegra, a seguir:
''É muito difícil; Sartori só está adotando essa linha
porque as opções são zero'', diz Fogaça
Crítico ao PT, o deputado federal José Fogaça (PMDB)
avalia que não há motivos para o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT),
como defende parte da oposição. "Há um setor do País que está descontente
com a eleição, mas não há uma razão dada para impeachment", aponta.
Seis meses após seu retorno ao Congresso Nacional, Fogaça
mostra descontentamento com a falta de um debate sobre temas importantes para o
País neste momento de crise e observa, por exemplo, que a Câmara dos Deputados
teve a chance de votar uma reforma política que alterasse o sistema eleitoral
atual, o que não aconteceu.
Nesta entrevista ao Jornal do Comércio, Fogaça ainda
comenta a difícil situação do governo José Ivo Sartori (PMDB), que parcelou a
folha de pagamento do Estado.
Jornal do Comércio - Qual é a sua percepção do Congresso
nessa sua volta como deputado?
José Fogaça - O Senado é diferente da Câmara...
Quando saí, havia terminado o governo Fernando Henrique (Cardoso, PSDB, em
2002), estávamos numa fase de muitas lutas: desde a ditadura, Diretas Já,
depois a elaboração da Constituinte, organização das leis complementares à
Constituição e, por fim, a guerra contra a inflação, com o Plano Real. Esses
últimos 12 anos foram bem mais favoráveis, não havia mais dívida externa
brutal, inflação, crises internacionais que levavam a ataques especulativos
violentos. Foram situações brutais, que Lula (PT) nunca enfrentou. Nesses 12
anos, o governo do PT teve uma situação muito mais favorável, preço das
commodities elevado, o real se tornou uma moeda forte e estável, com a possibilidade
de pensar um pouco mais alto nas políticas sociais. É uma época completamente
diferente, que agora resulta em uma outra crise, com outras características. E
é - múltipla política, econômica, orçamentária...
JC - Quando o senhor identifica o início desta crise?
Fogaça - Com o novo governo, na reeleição, surge a
visibilidade desses fatores na economia, além de outros aspectos relativos à
política, como a questão da Petrobras, as relações PMDB-PT no Congresso,
fatores que surgiram agora, distintos de épocas anteriores.
JC - A oposição está pautando o debate do impeachment da
presidente Dilma, fala-se nas contas no Tribunal de Contas da União (TCU), na
Operação Lava Jato. Qual é a sua avaliação?
Fogaça - O que está acontecendo neste momento é o
seguinte: há um setor do País que está descontente com a eleição da presidente,
as iniciativas do campo econômico, a contradição entre o discurso da eleição e
as iniciativas após a posse - aliás, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, foi
nomeado antes da posse. Então, descontentes com isso, procuram alguma coisa que
possa justificar um impeachment. Discordo de tudo o que a presidente fez,
inclusive não votei nela. Nosso projeto político tinha outra definição:
apoiamos Eduardo Campos (PSB, para a presidência), depois Marina Silva (PSB) e
depois apoiamos Aécio Neves (PSDB, no segundo turno). Foi a linha adotada pelo
projeto que elegeu Sartori. Então, trata-se de ter uma noção institucional, de
que não há uma razão dada para impeachment. Muita gente vai atrás, procura, enfim...
JC - O senhor quer dizer que há uma inversão: ao invés
de, a partir de um fato, discutir o impeachment, busca-se um fato para
justificar o impeachment?
Fogaça - Exatamente. Uma coisa é fazer oposição,
manifestações de rua contra as políticas da presidente. Outra coisa é querer
tirar a presidente por causa disso. E não estou perdoando o PT, porque o PT
também fez isso com o "Fora FHC". Queriam que o Fernando Henrique
fosse processado, submetido a impeachment ou que ele renunciasse, enfim, se
tenta fazer isso com a presidente (Dilma).
JC - Do ponto de vista democrático, institucional, não
estaria correto?
Fogaça - Não, ainda não cabe isso. Se couber, será
por um processo político, que vai resultar de quase um consenso da sociedade
brasileira, que aconteceu no período do (ex-presidente Fernando) Collor (PTB).
Fui senador, votei pelo impeachment, sou dos poucos daquela época que ainda
estão no Congresso. Mas aquela era uma situação, a de hoje é outra, tem
características diferentes. Não há esse consenso nacional, essa maioria pela
saída da presidente.
JC - O PMDB é o maior partido aliado do governo, tem o
vice-presidente Michel Temer. Qual é o papel do PMDB na estabilidade do País e
do governo?
Fogaça - Para mim é difícil, por causa da nossa
posição (contrária ao apoio ao PT na eleição), o que fazemos é respeitar essa
postura do PMDB que apoia o governo. A linha que temos adotado, os deputados do
PMDB que têm uma certa independência, é pensar sobretudo no interesse nacional.
JC - E um eventual rompimento do PMDB com o governo no
momento atual?
Fogaça - Não que eu não o queira, até gostaria que o
PMDB tivesse rompido. O momento atual é que fica muito complicado. Seria muito
negativo para o PMDB romper agora. Seria até uma situação de deslealdade. Já
que errou em apoiar o governo, agora não é o momento de consertar.
JC - O senhor vê alguma diferença no discurso de
candidatura própria do PMDB à presidência da República para 2018?
Fogaça - Há outro discurso, desejo por parte de
deputados, governadores, espero que esse discurso seja consistente. Vejo que há
uma parcela que olha com bastante interesse para o prefeito do Rio de Janeiro,
Eduardo Paes (PMDB).
JC - No Congresso, esse contexto de crise política desde
o início da nova legislatura desvia o foco de grandes questões, como a reforma
política?
Fogaça - Não desvia nem explica o fracasso dessa
tentativa. Poderíamos fazer isso (reforma política) até em razão da própria
crise, que demonstrou, por exemplo, a necessidade de uma profunda, séria e
meticulosa reforma política. Não foi o que aconteceu.
JC - O senhor defendia o fim de financiamento privado de
campanha...
Fogaça - Defendia excluir as empresas privadas do
mundo político, não tem que ter relação com as empresas. Não foi o que
aconteceu. A reforma política foi mal sucedida. Muita coisa foi aprovada (na
Câmara), mas é superficial e secundário. O essencial seria um sistema eleitoral
que reduzisse custos de campanha, mas ficou o mesmo sistema, com fatores que
levam cada um (candidato) a correr mais do que o outro em busca de recursos
financeiros. Isso continua e deveria ter sido anulado na origem, ou seja,
campanhas que fossem necessariamente de baixo custo. Há vários sistemas
eleitorais que poderiam ser adotados, desde o voto distrital absoluto, como o
da Inglaterra, que acabaria com a necessidade de grandes financiamentos. Outro
exemplo é o voto por lista (fechada dos partidos), não há necessidade de um
candidato fazer campanha individualmente.
JC - O senhor defendia lista fechada?
Fogaça - É uma das alternativas. No debate que
integrei na Comissão Especial da Reforma Política, na Câmara, se chegou à
conclusão que o ideal seria o voto misto, pelo qual teria o voto em lista,
(para eleger) metade dos deputados, e a outra metade pelo sistema atual. Isso
seria um avanço extraordinário, mas não foi acatado.
JC - O plenário não levou muito em consideração o
trabalho da comissão.
Fogaça - O plenário não levou nada em consideração.
Nada, zero. Porque o presidente (da Câmara, Eduardo Cunha, PMDB-RJ) nomeou de
última hora um relator, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), e anulou totalmente o
trabalho da comissão. O que veio para o plenário foi um relatório novo e
desvinculado da comissão, produzido pelo deputado nomeado em última hora pelo
presidente Eduardo Cunha.
JC - Podem ocorrer mudanças positivas nessa legislatura?
Fogaça - A matéria já foi aprovada, a reforma do
presidente da Câmara e dos que se afinam com as ideias dele foi alcançada. Mas
não é a reforma que a comissão da reforma política queria. Quais eram os
objetivos? Atender ao clamor popular. A população reclama dessas deformações
que existem no sistema eleitoral e que muito têm a ver com a presença das
empresas, de financiamentos. O modelo apresentado pela comissão, de voto
distrital misto, tinha bom senso para fazer um grande avanço, mudar o sistema
eleitoral e, ao mesmo tempo, manter elementos importantes (do atual).
JC - Uma análise repetida neste ano foi de que o
Legislativo retomou o seu protagonismo e deixou de ficar a reboque do
Executivo. O senhor concorda?
Fogaça - Em parte. Ganhamos independência, ou seja,
o Executivo deixou de pautar o Congresso. Mas quem pauta o Congresso hoje é a
presidência da Câmara, e isso não significa que o Congresso esteja pautando o
Congresso. Reconheço que há um trabalho intenso. A questão é o conteúdo...
JC - A qualidade das votações em plenário?
Fogaça - E o que leva a essa decisão de pauta. Temos
um colégio de líderes com 28 partidos. Alguns têm dois ou três deputados. Naquele
colégio de 28 partidos, vigora um sistema que não conheço, mas quem dá as
cartas é o presidente (da Câmara). Não sei se a pauta que estamos seguindo é a
melhor, das necessidades cruciais do País. Esse debate não existe no Congresso,
a pauta está sendo feita previamente. O que se tem é o seguinte: o colégio de
líderes define uma pauta e depois a gente vota contra ou a favor.
JC - E nesse contexto de crise, não seria o caso de
buscar uma pauta comum para evitar que o País fique paralisado?
Fogaça - Isso deveria ter uma influência, mas não
tem. Tanto que a reforma política foi votada sem levar minimamente em
consideração tudo isso.
JC - Casos de corrupção e o sistema político-eleitoral...
Fogaça - Parece que não há relação...
JC - E mudanças no pacto federativo?
Se vê a situação do
Estado, agora as dificuldades para pagar a folha do funcionalismo. É possível
haver melhora nessa partilha de recursos?
Fogaça - Temos que buscar uma mudança do pacto
federativo, mas o Rio Grande do Sul está nessa situação não só por causa da
distribuição de recursos. Outros estados vivem uma situação difícil, todos
estão em crise, o País também, mas a crise do Rio Grande do Sul é única. Em boa
parte, a culpa também é nossa, distribuída ao longo de muitos governos.
JC - Ao que o senhor atribui essa parte da culpa?
Fogaça - À dificuldade de tomar medidas duras, ao
fato de nenhum governador querer tomar medidas impopulares. Sartori está
enfrentando essas questões de frente e estamos vendo a reação. Enfim, é muito
difícil. Nenhum governador quer enfrentar essa situação, só se não tiver outra
alternativa. Todos evitaram isso. E Sartori só está adotando a linha que está
adotando porque as opções que ele tem são zero.
JC - Recursos da União estão descartados?
Fogaça - Se a União está tentando reduzir gastos e,
ao mesmo tempo, tendo suas dificuldades gritantes, pensar que vai socorrer o
Rio Grande do Sul é uma hipótese muito pouco provável.
JC - Seria ingenuidade esperar esses recursos?
Fogaça - Não. Cabe ao governador, e é o que ele está
fazendo, tentar todos os meios e caminhos que estejam a seu alcance.
JC - Mas tem que tomar medidas aqui...
Fogaça - Sou solidário com ele em qualquer coisa que
fizer. Sei da boa intenção, boa-fé e seriedade do Sartori. O fato é que a crise
é gigantesca e está sendo enfrentada de maneira transparente pelo governo.
Diante de uma situação tão negativa, vejo um governador franco, honesto e
positivo.
JC - E existe apoio político para o governo aprovar
medidas duras na Assembleia?
Fogaça - Em tese, sim, do ponto de vista matemático
e político, na soma das bancadas... Mas tudo isso vai depender dos debates e de
que alternativas à crise o governo vai apresentar no futuro. O governo tem duas
saídas: aumentar impostos, arrecadação ou cortar gastos. O governo está lidando
com a crise das finanças do Estado, que merece um enfrentamento muito duro.
JC - O governo projeta um plebiscito para privatizações.
É uma saída?
Fogaça - É um dos caminhos e pode ser um dos complementos.
A privatização faz parte daquela redução de custos. A privatização sozinha não
resolverá. Ela é parte, um elemento, que ajudará a criar bases permanentes de
redução de custos.
Perfil
José Alberto Fogaça de Medeiros, 68 anos, é natural de
Porto Alegre. Formado em Direito e Letras pela Pucrs, iniciou sua vida política
no movimento estudantil. Foi professor, compositor, comunicador e cronista.
Lutou contra a ditadura militar e ingressou na vida pública em 1978 pelo então
Movimento Democrático Brasileiro (MDB), elegendo-se deputado estadual. Quatro
anos depois, chegou à Câmara dos Deputados e, em 1985, atuou na campanha pelas
Diretas Já. Em 1986, elegeu-se senador pelo PMDB, permanecendo na Casa por dois
mandatos (1987-2002). Foi um dos responsáveis pelo texto final da atual
Constituição Federal e relator do Plano Real. Em 2001, migrou para o PPS e,
três anos depois, interrompeu a trajetória de 16 anos de gestão petista em
Porto Alegre, ao vencer a eleição para a prefeitura. Em 2007, Fogaça retornou
ao PMDB, pelo qual foi reeleito prefeito da Capital no ano seguinte. Renunciou
ao comando do Paço Municipal em 2010 para concorrer ao governo do Estado.
Perdeu a disputa. Em 2014, elegeu-se suplente de deputado federal e assumiu o
mandato em fevereiro deste ano.
Brigada já garante policiamento ostensivo normal em Porto Alegre
9h22min
O policiamento ostensivo efetuado pela Brigada Militar já é maior em Porto Alegre e no interior gaúcho do que em dias quando não ocorria greve anunciada.
O Comando da Brigada está com o controle da situação e deslocou todo seu pessoal para policiamento de rua.
A percepção de brigadianos nas ruas é até maior do que a de dias normais.
Existem protestos isolados, como o que bloqueou as portas do 9o Batalhão, zona central da Capital.
O policiamento ostensivo efetuado pela Brigada Militar já é maior em Porto Alegre e no interior gaúcho do que em dias quando não ocorria greve anunciada.
O Comando da Brigada está com o controle da situação e deslocou todo seu pessoal para policiamento de rua.
A percepção de brigadianos nas ruas é até maior do que a de dias normais.
Existem protestos isolados, como o que bloqueou as portas do 9o Batalhão, zona central da Capital.
Governo diz que 70% dos brigadianos estão nas ruas
O governo estadual confirmou que a Brigada Militar está nas ruas. Há número menor de efetivos, mas sobretudo no interior, 70% dos brigadianos fazem policiamento ostensivo.
Na Polícia Civil o cenário é diferente e a paralisação é muito forte.
Esta manhã, até um helicóptero da Brigada ajudou o policiamento ostensivo em Porto Alegre.
Na Polícia Civil o cenário é diferente e a paralisação é muito forte.
Esta manhã, até um helicóptero da Brigada ajudou o policiamento ostensivo em Porto Alegre.
Irmão de Zé Dirceu também é preso pela Lava Jato
A foto é do jornal O Globo, desta manhã. Acusado por novas práticas de corrupção, desta vez no Petrolão, o ex-ministro de Lula, fundador e ex-presidente do PT, acaba de ser preso. =-
O irmão de Zé Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, foi também preso nesta segunda-feira, tudo no âmbito do Lava Jato.
A transferência do fundador do PT para Curitiba depende de decisão do ministro Teori Zavascki, STF.
Zé Dirceu foi para a sede da Polícia Federal em Brasília.
A questão da transferência só será tomada depois do meio dia.
As 10h, os procuradores do MPF darão entrevista coletiva em Curitiba para explicar as razões das prisões dos irmãos.
O irmão de Zé Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, foi também preso nesta segunda-feira, tudo no âmbito do Lava Jato.
A transferência do fundador do PT para Curitiba depende de decisão do ministro Teori Zavascki, STF.
Zé Dirceu foi para a sede da Polícia Federal em Brasília.
A questão da transferência só será tomada depois do meio dia.
As 10h, os procuradores do MPF darão entrevista coletiva em Curitiba para explicar as razões das prisões dos irmãos.
Análise - As pedaladas fiscais no RS desde 1958. Sem dinheiro, Brizola pagava salários com moeda falsa, a Brizoleta.
O editor republica o material jornalístico a seguir, intitulado "Brizoletas", publicado na edição do dia 9 de agosto de 2012 na seção que o jornal zero Hora chama de Almanaque Gaúcho.
A história resgatada pelo jornal conta que quando o engenheiro Leonel Brizola foi eleito governador
do Rio Grande do Sul nas eleições de 1958, também não pagou o funcionalismo, mantendo esta situação durante muitos meses. Brizola chegou ao ponto de emitir uma espécie de moeda própria, a Brizoleta, com a qual pagava os funcionários.
Leia tudo:
Brizolas tinha apenas 36 anos quando se elegeu governador. No governo do
Estado, a ousadia de algumas das suas atitudes foi, muitas vezes, atribuída a
arroubos de um jovem político.
Seu comportamento audacioso ficou mais evidente e
conhecido quando encampou empresas norte-americanas e quando, resistindo ao
golpe militar – após a renúncia do Presidente Jânio Quadros, em 1961 –, liderou
a Campanha da Legalidade, garantindo a posse do vice João Goulart.
Um desses atrevimentos, pouco lembrado, foi cometido pelo
jovem engenheiro nos primeiros meses de governo, em julho de 1959, quando ele,
respaldado pela Assembleia Legislativa, emitiu letras do Tesouro do Estado que
ficaram conhecidas como as “brizoletas”.
Sem dinheiro no caixa sequer para pagar os funcionários
públicos, quem diria para levar adiante algum projeto novo, como o plano da
escolarização (Nenhuma Criança Sem Escola, no Rio Grande do Sul), Brizola fez
como fizeram alguns países, inclusive o Brasil em 1942, em tempos de guerra:
lançou as letras ou Brizoletas. Elas eram o equivalente a bônus de guerra. A
população passou a usar brizoletas como usava as cédulas de cruzeiros: para
pagar as compras, abastecer o carro e tudo o mais. Hoje, são raridade e
procuradas por colecionadores de cédulas.
Essa que ilustra este post foi ganha por João Curio de
Carvalho, como parte do pagamento do seu salário de ferroviário. João é pai do
chargista Marco Aurélio e foi presidente do Nacional Atlético Clube, um clube
de futebol porto-alegrense extinto em 1958 e fundado por funcionários da Viação
Férrea.
OS PASSOS DO ENDIVIDAMENTO
1. A PRÉ-HISTÓRIA DA DÍVIDA
Na Porto Alegre, velhas apólices expostas em molduras de
vidro lembram peças de museu. São o que se poderia chamar de
"pré-história" da dívida.
— Até a década de 90, ainda vinha gente aqui tentando
resgatar esses títulos. Muitos eram encontrados enterrados ou guardados embaixo
de colchões, só que já não valiam mais nada — conta o subsecretário-adjunto do
Tesouro, Eugênio Carlos dos Santos Ribeiro.
Algumas relíquias datam do fim do século 19 e se referem
ao Estado como "Província de São Pedro". Trazem valores em réis. A
maioria é de meados do século 20, quando foram lançados dois grandes planos de
obras no Rio Grande do Sul.
2. O ENDIVIDAMENTO PRECOCE
O primeiro plano foi executado no governo de Ernesto
Dornelles (1951-55) e o segundo, na gestão de Leonel Brizola (1959-1963). Ambos
tinham o foco em estradas, e Brizola ainda criou as "brizoletas" —
títulos de pequeno valor que acabaram virando moeda paralela — para viabilizar
a construção de escolas.
— Nesse período, a nossa dívida já era um pouco maior se
comparada a outros Estados. O governo gaúcho acabou assumindo obras que, nas
demais regiões, foram feitas pela União — diz o economista Bolivar Tarragó
Moura Neto.
Os valores, no entanto, ainda eram compatíveis com a
receita. Até 1964, as operações de crédito não eram corrigidas e pesavam pouco
sobre as finanças estaduais. O dinheiro arrecadado com impostos superava o
valor da dívida pública.
3. O GERME DO DESCONTROLE
A situação saiu do controle a partir da década de 1970,
na ditadura militar. Na onda do chamado "milagre econômico", as
restrições ao endividamento foram afrouxadas, e a União estimulou os Estados a
buscarem empréstimos externos. A bola de neve começou a se formar.
Sob o comando do governador Euclides Triches, da Arena
(partido de sustentação do regime), o Estado entrou no mercado de capitais para
ampliar as opções de crédito. A meta era dar à administração a eficiência de
uma empresa. É dessa época, por exemplo, o projeto de construção do Centro
Administrativo, na Capital, um símbolo dessa nova fase.
Com o aval do então ministro da Fazenda, Delfim Netto,
Triches sancionou uma lei para poder emitir títulos com correção monetária _
conhecidos como Letras do Tesouro (LTEs) e Obrigações Reajustáveis (ORTES). A
primeira emissão, segundo o especialista em finanças públicas Darcy Francisco
Carvalho dos Santos, ocorreu em dezembro de 1972.
4. A PANACEIA DOS TÍTULOS
Considerados atrativos pelos investidores privados, esses
papéis tiveram rápida aceitação no mercado. O governo conseguiu forrar o caixa
e, com isso, viabilizar seu projeto desenvolvimentista. Foram construídos mais
de 6 mil quilômetros de estradas.
— Era o período do milagre brasileiro. Havia um clima de
euforia, e nós não podíamos deixar o cavalo passar encilhado. Foi muito bom
para o Estado. O problema é que o processo foi se deteriorando, e não tínhamos
como prever isso. Com o tempo, os títulos viraram panaceia, e a coisa desandou
— conclui o ex-secretário da Fazenda e ex-professor de economia da UFRGS, José
Hipólito Machado de Campos, 79 anos.
Os reflexos das duas crises do petróleo, em 1973 e 79,
contribuíram para o descalabro. Quando Synval Guazelli (Arena) ocupou o lugar
de Triches, os juros estavam nas alturas, as receitas próprias despencavam e as
despesas cresciam. Segundo Moura Neto, a dívida externa do Estado chegou a
crescer 1.736%.
5. DÍVIDAS PARA PAGAR DÍVIDAS
A década seguinte, marcada pela hiperinflação, foi de
explosão do Os títulos lançados nos anos de 1970 começaram a expirar, e o
Estado já não podia resgatá-los. Mal tinha recursos para pagar a folha, cada
vez mais onerosa. A solução foi rolar a dívida, isto é, adiar o pagamento, o
que desencadeou um ciclo vicioso perverso, que perduraria por 20 anos. Para
substituir os papéis vencidos, novos títulos passaram a ser emitidos, sempre
com juros mais altos.
— Eram dívidas para pagar dívidas. Foi aí que tudo
começou — sintetiza Darcy Santos.
Houve ainda um agravante. Com o avanço da
redemocratização, o governo militar decidiu, segundo Moura Neto, abrandar o
controle sobre as despesas e o endividamento dos Estados. Em 1982, quando o
país vivia as primeiras eleições para governador desde 1964, a União liberou um
volume enorme de papéis. O chefe do Executivo gaúcho, Amaral de Souza (Arena),
foi um dos beneficiados.
6. O DESAFIO DE PAGAR A FOLHA
A disputa eleitoral resultou na vitória de Jair Soares,
do PDS (um desdobramento da Arena), que começou a montar a equipe no mesmo ano.
Em uma tarde calorenta de dezembro de 1982, Jair chamou o economista Ary Burger
para conversar. Queria que ele fosse seu secretário da Fazenda. A resposta foi
"não":
— O Ary sabia que o Amaral tinha lançado novos títulos,
que iriam estourar no meu governo. Ele disse que eu assumiria em março e, em
maio, não pagaria o funcionalismo. Foi uma bomba.
E a bomba só não explodiu porque o Estado passou a fazer
operações de crédito por antecipação da receita repetidas vezes. Isto é,
recorreu ao mercado para adiantar o que ainda estava por arrecadar, pagando
juros e correção.
Com isso, Jair conseguiu fazer obras de infraestrutura,
abriu concurso público, contratou professores e deu aumento ao funcionalismo.
Em 1985, no entanto, o déficit (despesa maior do que a receita) era motivo de
preocupação.
7. O PEDIDO DE SOCORRO E A GRAVATA ITALIANA
Sem alternativa, Jair Soares foi a Brasília, em 1985,
pedir ajuda ao então presidente José Sarney (PMDB):
— Adotei uma política de austeridade e não fiz novos
empréstimos, mas precisava de autorização para rolar a dívida e emitir títulos.
Ao chegar ao gabinete de Sarney, recebeu um elogio
inesperado.
— Fui chorar as pitangas, e ele disse: "Que gravata
linda!" Era uma peça italiana e fazia parte da minha coleção. Tirei e dei
para ele. Lembro disso, porque logo depois o Sarney ordenou a rolagem da
dívida. Foi um alívio, mas ainda sinto falta daquela gravata — brinca o
ex-governador, hoje com 79 anos.
Em 1986, o Plano Cruzado causaria novo cataclismo nas
contas. Em função da conversão de cruzeiros para cruzados, o orçamento caiu
pela metade.
8. UM ESTADO À BEIRA DA FALÊNCIA
Prestes a deixar o cargo, Jair Soares fez uma visita a
seu sucessor em Brasília. Pedro Simon (PMDB), então ministro da Agricultura,
saiu vencedor do pleito de 1986.
— Ouvi o Jair dizer que eu deveria me preparar, porque as
coisas andavam muito difíceis no Rio Grande do Sul. Era praticamente uma massa
falida — relembra Simon, aos 83 anos.
O senador não gosta de falar daquele período. Ao assumir,
suspendeu a folha e anulou atos do predecessor, entre eles a decisão de pagar
2,5 salários aos professores. Foi o primeiro grande choque, segundo o
economista Eugenio Lagemann, à crise financeira que se instalara. A decisão
desencadeou uma série de paralisações, entre elas a maior greve da história do
magistério gaúcho, com 90 dias de duração.
Em outros Estados, o caos da economia também causava
estragos, o que levou a União a implementar, em 1987, um programa de ajuda
financeira. Parte dos empréstimos bancários foi refinanciada pelo Tesouro
Nacional, mas os problemas persistiram.
A DÉCADA EM QUE A DÍVIDA DISPAROU
15202530354045501990199119921993199419951996199719981999Valor
da dívida (em bilhões de reais)
Na década de 90, a dívida pública do Estado deu um salto
com o fim da inflação e o início do Plano Real, em 1994. Em quatro anos, de
1994 a 1998, o valor mais do que duplicou em função da alta dos juros. A partir
de 1998, com o acordo que levou a União a assumir a maior parte dos débitos, a
situação se estabilizou. Mesmo assim, o passivo segue impagável.
9. QUILOS A MAIS E TRANQUILIDADE DE MENOS
Quando Alceu Collares (PDT) assumiu o poder, em 1991, a
situação havia chegado a tal ponto que os títulos precisavam ser rolados
diariamente. Era necessário oferecer prêmios de risco para que os investidores
continuassem financiando o rombo. Muitas vezes, o ônus acabava recaindo sobre
os bancos públicos.
Todas as noites, o ex-secretário da Fazenda, Orion
Cabral, esperava o telefone tocar, ansioso.
— Fechou a posição? — perguntava.
Era o jargão usado para saber se os operadores do
Banrisul haviam conseguido renovar os títulos.
— O estresse era tanto que engordei 12 quilos — recorda
Cabral, hoje com 78 anos.
Nesse período, o Estado foi proibido de lançar novos
papéis, exceto para a rolagem. O Piratini conseguiu negociar com a União o
pagamento de contratos de financiamento de longo prazo, mas a dívida em títulos
se manteve, e a pressão também.
— O clima era de terrorismo. Queriam que pagássemos nas
piores condições. Mas eu sou de Bagé. Não me dobrei — afirma Collares, que
chegou a apresentar uma proposta de federalização, sem sucesso.
10. AS CONDIÇÕES PARA O ACORDO
Uma nova possibilidade de negociação começou a se
constituir a partir de 1995. Com bom trânsito no governo FH, o então governador
Antônio Britto (PMDB) pediu ajuda. Não havia mais como protelar.
As mudanças decorrentes do Plano Real, sustentadas por
juros altos, afetaram todos os Estados. O fim da inflação acabou com a elasticidade
da receita, e as rolagens continuavam. O Rio Grande do Sul, segundo o
ex-secretário da Fazenda, Cézar Busatto, beirava a bancarrota:
— Começamos a ter de vender patrimônio público para pagar
as contas. É polêmico dizer isso. Hoje as pessoas descontextualizam e criticam,
mas não tínhamos opção.
Em 20 de setembro de 1996, o então ministro da Fazenda,
Pedro Malan, foi recebido com festa no Palácio Piratini para a assinatura do
protocolo de intenções do acordo — o primeiro do país. A União se tornaria a
principal credora do Estado.
11. A RENEGOCIAÇÃO DE 1998
Após a celebração, ainda foram necessários dois anos até
fechar o contrato final. Sob pressão, Britto desistiu de privatizar o Banrisul,
uma das exigências do governo federal.
— A negociação foi dura. Lembro bem das discussões.
Diziam que os gaúchos se achavam diferentes, que queriam privilégios — recorda
Nelson Proença, ex-chefe da Casa Civil.
Outros Estados, como São Paulo e Rio, já haviam entregado
seus bancos, e o recuo levou à alteração das condições iniciais para pior.
Ainda assim, a transação foi comemorada no Piratini, porque o Estado deixaria
de ser refém da rolagem, cujos juros chegavam a 25% ao ano.
Pelo acordo, a União assumiu praticamente toda a dívida.
O Estado ficou obrigado a pagar R$ 7,9 bilhões em 30 anos, com juros anuais de
6% e correção pelo IGP-DI. Os repasses ficaram limitados a 13% da receita.
— O contrato foi praticamente imposto, mas na época todo
mundo achou que era um negócio de pai para filho. Depois é que a coisa mudou —
diz o economista João Batista Soligo Soares, do TCE.
12. O REVÉS
O assunto parecia resolvido, mas não estava. Os dois
governos que se seguiram enfrentaram O primeiro a pagar a fatura foi o
ex-governador Olívio Dutra (PT), que derrotou Antônio Britto (PMDB) numa
votação acirrada. O petista entrou na Justiça contra o acordo:
— Vimos ali um desrespeito ao pacto federativo. O governo
anterior havia aceitado um garrote.
Com o passar do tempo, o IGP-DI cresceu além do esperado.
Só em 2002, a variação foi de 26,4%, fazendo com que a dívida superasse a
receita em três vezes.
— Nós assumimos o Piratini e, no terceiro dia, os
repasses da União foram bloqueados, porque o Estado estava inadimplente —
recorda Paulo Michelucci, ex-secretário da Fazenda de Germano Rigotto (PMDB).
Os anos de 2003 e 2005 registraram duas grandes secas,
fazendo a arrecadação desabar. Para receber o 13º, os servidores tiveram de
pedir empréstimo no Banrisul.
— Foram anos duríssimos — diz Rigotto.
13. O DÉFICIT ZERO
Em 2006, a economista Yeda Crusius (PSDB) elegeu-se
governadora com o compromisso de ajustar as contas. Apostou no chamado
"déficit zero".
— Era quase um conceito filosófico, um princípio.
Decidimos que a despesa não podia mais ser maior do que a receita e foi o que
fizemos — diz Aod Cunha, ex-secretário da Fazenda.
Os gastos foram cortados ao limite. A conjuntura
econômica ajudou, e os ganhos cresceram. Após décadas de resultados negativos,
o Estado voltou a registrar superávit (receita maior do que a despesa).
Para amenizar os custos da dívida, o governo buscou um
empréstimo junto ao Banco Mundial. O dinheiro foi usado para quitar débitos que
ficaram de fora do acordo de 1998. Na prática, trocou-se uma dívida cara por
outra mais barata.
— Meus colegas diziam que era impossível, mas nós
reestruturamos o Estado — afirma Yeda.
Apesar disso, o "déficit zero" foi alvo de
duras críticas da oposição. Em 2010,
no último ano da gestão tucana, o Estado voltou a entrar
no vermelho. E não
saiu mais.
Governo gaúcho emite comunicado sobre greve do funcionalismo
O editor recebeu e publica na íntegra a nota a seguir emitida pelo Piratini:
Gestão Pública
Comunicado à população gaúcha
·
O Governo do Estado do Rio Grande do Sul, desde o
início do ano, comunicou de maneira transparente e aberta a situação de
gravidade das finanças públicas estaduais.
· O Governo adotou medidas severas de austeridade para
manter a governabilidade, procurando causar o menor dano possível aos
servidores e aos diferentes setores da sociedade.
· Na última sexta, em medida extrema, o poder público se
viu obrigado a parcelar o salário de 48% do funcionalismo público. Respeitamos
e compreendemos as dificuldades que isso impõe aos servidores e às suas
famílias.
· Diante de tal fato, o Governo do Estado reconhece e
respeita a legitimidade das manifestações sindicais que possam ocorrer de
maneira democrática e responsável. Ao mesmo tempo, fará todos os esforços para
manter a normalidade dos serviços públicos.
· Temos convicção de que, neste momento do Estado, os
líderes sindicais saberão adotar uma postura de respeito à população e ao papel
constitucional e institucional que possuem. Estamos todos do mesmo lado e
precisamos encontrar soluções conjuntas para superar o desequilíbrio
financeiro.
· O governador José Ivo Sartori determinou que todas as
equipes de governo mantenham permanente diálogo com os servidores e seus
representantes, especialmente os secretários da Casa Civil, Márcio Biolchi, da
Segurança Pública, Wantuir Jacini, da Educação, Vieira da Cunha, e da Saúde,
João Gabbardo.
· Durante esta semana, o Governo do Estado estará em
contato permanente com o Governo Federal, poderes, organizações, sindicatos e
equipe de governo para ultimar um novo conjunto de projetos de enfrentamento da
crise e de mudança estrutural do Estado, que será enviado à Assembleia
Legislativa.
· Renovamos à população gaúcha nossa disposição de
enfrentar esta situação por meio da solidariedade de toda a sociedade. A crise
é estrutural e não será resolvida pelo velho radicalismo político. O
enfrentamento real e decisivo depende da união de todos os gaúchos.
Canoas, sem policiamento, registra dois primeiros assassinatos
Sem policiamento nas ruas, saíram os dois primeiros gaúchos assassinados esta manhã em Canoas, em plena rua central.
Bandidos balearam um homem e uma mulher.
Eles não estavam juntos.
Bandidos balearam um homem e uma mulher.
Eles não estavam juntos.
Atrasos salariais só atingem funcionários do Poder Executivo do RS
O atraso e parcelamento de salários atinge exclusivamente funcionários e servidores públicos do Poder Executivo.
Exceções existem, como Banrisul, Badesul e CEEE.
Assembléia, Ministério Público e Tribunal de Contas estão fora do contingenciamento
Exceções existem, como Banrisul, Badesul e CEEE.
Assembléia, Ministério Público e Tribunal de Contas estão fora do contingenciamento
Polícia Federal prende o preso Zé Dirceu, fundador do PT, envolvido agora no Lava Jato
O advogado do ex-presidente nacional e um dos fundadores do PT, José Dirceu, foi preso esta manhã pela Polícia Federal, segundo informou à jornalista Mônica Bérgamo, Folha de S. Paulo, o advogado Roberto Podval. A
detenção ocorreu no âmbito da Operação Lava Jato.
Os policiais discutiram com os advogados se Dirceu se ele podia ou não ser levado a uma detenção já que ele se encontra em prisão
domiciliar em Brasília, cumprindo pena por causa do processo do mensalão.
Segundo os advogados, seria necessário que o STF (Supremo Tribunal Federal)
autorizasse a remoção.
Embora a situação não seja comum, a corte já autorizou,
por exemplo, que uma pessoa que tem direito a prisão domiciliar mas ainda está
numa carceragem lá permaneça em caso de nova condenação.
Greve já paralisa todo o governo estadual do RS
A greve geral decretada pelas 40 entidades que representam os funcionários públicos gaúchos começou forte nesta segunda-feira em todo o Estado.
A parte mais visível da greve é a paralisação dos serviços policiais, tanto da Brigada quanto da Polícia Civil.
A greve geral do funcionalismo estadual ocorrerá apenas hoje, mas novas assembléias poderão estender ou agendar paralisações.
Porto Alegre apesenta movimento de carros e pessoas reduzido nas ruas, não apenas por causa da greve, que paralisa setores públicos de segurança, saúde e escolas, mas também porque os grevistas da Brigada aconselham as pessoas a não sair de casa.
Supermercados, lojas e indústrias abriram as portas.
As 10h, o teste será na área bancária, porque por decisão judicial os bancários só entrarão nas agências caso haja asegurança nas ruas.
O governo ainda não disse o que fará em caso de distúrbios ou de prolongamento da greve, sobretudo da área da segurança pública.
HSBC sai do Brasil. Banco foi vendido para o Bradesco por US% 5,2 bilhões.
O HSBC confirmou nesta segunda-feira que vendeu suas operações no Brasil para o Bradesco. Vai faturar US$ 5,2 bilhões.
Quem tem conta no HSBC não deve temer nada, porque seus valores serão prservados, mas a administração passará para o Bradesco, de quem serão correntistas, aplicadores ou investidores.
Quem tem conta no HSBC não deve temer nada, porque seus valores serão prservados, mas a administração passará para o Bradesco, de quem serão correntistas, aplicadores ou investidores.
Carris faz greve ilegal, abusiva e cruel em Porto Alegre. Prefeitura diz que não aceita a paralisação.
A Carris,que detém a maior fatia do transporte coletivo de Porto Alegre e é empresa pública controlada pela prefeitura de Porto Alegre, que não tem nada a ver com os atrasos salariais dos servidores estaduais, parou esta manhã.
A decisão foi tomada numa assembléia da qual participaram apenas 50 dos mil trabalhadores.
É uma greve ilegal, abusiva e cruel.
A direção da Carris avisou que 70% dos trabalhadores querem sair com os ônibus e são impedidos pela força. A estatal resolveu pedir garantias judiciais. A guarda municipal tentará impedir os bloqueios e liberar os ônibus.
Os sindicalistas que controlam com mão de ferro a estatal, avisaram que se trata de solidariedade aos funcionários públicos estaduais em greve.
A decisão foi tomada numa assembléia da qual participaram apenas 50 dos mil trabalhadores.
É uma greve ilegal, abusiva e cruel.
A direção da Carris avisou que 70% dos trabalhadores querem sair com os ônibus e são impedidos pela força. A estatal resolveu pedir garantias judiciais. A guarda municipal tentará impedir os bloqueios e liberar os ônibus.
Os sindicalistas que controlam com mão de ferro a estatal, avisaram que se trata de solidariedade aos funcionários públicos estaduais em greve.
Zé Diceu foi preso mais uma vez. Desta vez por corrupção no Lava Jato.
O ex-ministro de Lula e ex-presidente nacional do PT,Zé Dirceu, está preso.Desta vez, por acusação de corrupção no Lava Jato.