Ato de Rosseto e Jorge Furtado pró-Dilma resultou em "retumbante" fracasso em Porto Alegre

Na montagem ao lado, em circulação livre nas redes sociais, foto do raquítico público amestrado (não houve distribuição de sanduíches de mortadela) e uma brincadeira com a editoria de Política de ZH, Rosane Oliveira, geralmente alinhada com a vanguarda do atraso.

Jorge Furtado ataca "canalhas" como o aliado petista Renan Calheiros, mas não despreza a companhia de bandidos presos, como os petistas Delcídio Amaral, Zé Dirceu, Zé Genoíno, Delúbio, André Vargas ou Renato Duque, todos "heróis do povo brasileiro". 

O editor contabilizou pouco mais de 120 pessoas entre os curiosos e ativistas que foram ontem à tarde ao Parque da Redenção, Porto Alegre, para ouvir o ministro do Trabalho, Miguel Rosseto, e o cineasta gaúcho Jorge Furtado. Foi as 16h. A convocatória, com direito a fotos da dupla, tinha como chamada o seguinte apelo:

"Democracia.Qual a agenda dos golpistas ?

As convocatórias não tiveram coragem de assumir a defesa de Dilma.

O ministro Rosseto nunca teve compromissos com a democracia representativa e republicana insculpida na Constituição do Brasil, já que seu grupo neotrotskista, a DS, defende o que ele chama de democracia popular, um sinônimo barato de ditadura.

Não é o caso do cineasta Jorge Furtado, que embora filho de antigo serviçal da ditadura militar (ele foi secretário geral dos ministérios do Trabalho e da Educação) e de uma parlamentar do seu partido de sustentação, a Arena, tem vocação claramente democrática. No seu discurso, o festejado cineasta reconheceu que o PT uniu-se com "notórios canalhas", não poupando sequer o presidente do Congresso, Renan Calheiros, aliado incondicional de Dilma, Lula e PT. Ele não se referiu a outros "notórios canalhas", também aliados do governo Dilma e do PT, como Paulo Maluf, Fernando Collor, José Sarney e Gilberto Kassab, todos comensais do Planalto.

Eis o que disse Jorge Furtado:

- Não há democracia sem política e por isso precisamos sair às ruas para defendê-la”, disse ainda Furtado, acrescentando: “O PT cometeu alguns erros ao longo desses últimos anos e um deles foi se aliar a canalhas. Só estou aqui hoje porque o PT, esta semana, tomou uma decisão correta em favor da cassação de Eduardo Cunha. Estou junto nesta luta”. Jorge Furtado afirmou ainda que existe um enorme interesse internacional pela Petrobras. “Essa quadrilha começou a roubar a Petrobras em 1997, no final do governo Fernando Henrique Cardoso. O ministro da Justiça na época era Renan Calheiros”. Esse esquema, prosseguiu, está sendo desbaratado agora graças a duas leis sancionadas pela presidenta Dilma, uma delas sobre a delação premiada.