A leveza das colunas de mármore, projetadas como penas
pousando no chão, dissimula o clima pesado de conspiração permanente no Palácio
do Planalto. Não é obra do PT, apesar de a burocracia do partido se vangloriar
de ter inventado o Brasil a partir de 2003.
É da natureza do poder, registrou o escritor francês
Honoré de Balzac em “A comédia humana”, obra exaustiva sobre a elite na era
pós-napoleônica, que o levou a ideias desesperadas como a de “levar meus ossos
ao Brasil, num empreendimento louco e que escolhi justamente por causa da sua
loucura…” - escreveu à namorada polonesa, em 1840.
Desde a campanha de 2010, é evidente que a presidente e o
vice convivem, se toleram e, eventualmente, compartilham tapetes. Dilma
Rousseff, que completa 68 anos na próxima segunda-feira, e Michel Temer, 75
consolidados em setembro, nunca foram amigos, mas se tornaram inimigos íntimos.
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