O PMDB só foi um partido sério quando se opôs à ditadura
militar de 64 sob a liderança de políticos do porte de Ulysses Guimarães e de
Tancredo Neves. Fora muitos outro
01/10/2015 - 08h01
Ricardo Noblat
“É preciso que surja alguém para unificar o país”, pediu
Michel Temer, vice-presidente da República e presidente do PMDB.
O pedido dele instalou a cizânia dentro do governo e
conferiu-lhe o título de conspirador número 1 da República.
Foi aí que tudo começou a desandar entre ele e seu
partido, de um lado, e Dilma e seus demônios do outro.
A primeira providência tomada por Dilma foi a de subtrair
de Temer a condição de coordenador político do governo. Esqueceu-se de
avisá-lo, porém.
Temer esticou a corda reunindo-se em São Paulo com
desafetos do governo. Na ocasião, admitiu que Dilma seria incapaz de governar
até o fim com popularidade tão baixa.
O programa do PMDB na televisão, na semana passada,
permitiu a Temer avançar mais uma casa na rota de se distanciar de Dilma e do
governo.
A próxima casa seria ocupada com a realização, em
novembro próximo, do Congresso do PMDB, onde se debateria o rompimento da
aliança com o PT.
E agora? O que aconteceu com Temer? Como ele se
comportará doravante?
Temer fingiu não se interessar pela reforma ministerial.
Disse que não indicaria ninguém. E que não avalizaria nenhuma escolha.
Então para que se reuniu tantas vezes com Dilma de lá
para cá? Para ouvi-la calado? Para repetir: “Não comento”? Só para ser gentil?
Atropelado por Dilma, que procurou isolá-lo – e também a
Eduardo Cunha – negociando diretamente com o baixo clero do PMDB, Temer cedeu
às pressões do seu partido por mais cargos.
Simples assim. Era previsível, a levar-se em conta o
prontuário do PMDB.
Coitados dos ingênuos que acreditaram na eventual
conversão do PMDB em um partido menos escrachado.
O PMDB só foi um partido sério quando se opôs à ditadura
militar de 64 sob a liderança de políticos do porte de Ulysses Guimarães e de
Tancredo Neves. Fora muitos outros.
De lá para cá, sem líderes de peso para conduzi-lo, sem
ideologia, sem um projeto para o país que não se resuma apenas a um projeto de
poder, procede como uma libertina companhia de ocasião.
Dá para quem lhe pague melhor. Qualquer um.
Deram cabo de Ulysses Guimarães, naquele estranho sumiço do helicóptero, para que os neo emedebistas, vindos na maioria da Arena nordestina,transformassem o partido num cabaré.
ResponderExcluirComo o PMDB é essencial para o projeto de poder pelo poder do PT, deveria exigir a metade dos ministérios para ele... O PT deveria ficar penas com os ministérios decorativos.
ResponderExcluirA unica diferenca que o preco é bem mais caro.
ResponderExcluirEle tambem sabe que o PMDB e' a maior prostituta do Brasil.
ResponderExcluirSE DEREM UM TIRO NO SACO(ESCROTO) DO PODER, O PMDB PERDE AS MÃOS!!!
ResponderExcluirTEMER TEM COMO 'OBRIGAÇÃO' SALVAR LULA, NEM QUE PARA ISSO PRECISE 'PEGAR' A PRESIDENCIA. SÃO ORDENS 'SUPERIORES'. TEM QUE CUMPRIR.
ResponderExcluirO Noblat esqueceu de dizer que o PMDb ou antigo MDB só existe porque foi o "alter ego" do Golbery do Couto e Silva,, já nasceu corrupto. Foi o herdeiro da democratização, o maior erro cometido junto com a constituinte de 1988. Toda aquela pantomima do Ullises criou um monstro de safadeza e corrupção que permitiu o PMDB ser o dono da politica e dos cargos no estado. Vejam hoje só por dois exemplos, o Renen e o Couto, fazem de conta que divergem mas estão se adonado do governo Dilma. O PMDB é um virus maléfico, que não tem anti-virus, ele se instalou e fica latente e vai devorando o estado e os governos pouco a pouco. Sempre esta no poder mas se faz de anjo, do mal (satana´s era um anjo bom) e conquista os trouxas. Infelizmente não temos saída, a não ser do aeroporto...
ResponderExcluirJoel Robinson
POLIBIO. Perfeito o detalhado artigo de Ricardo Noblat em O Globo, pois este Partido do Movimento Pendular, como venho interpretando há algum tempo, só teve alguma dignidade quando reuniu contestadores ao Governo Militar. Para este agrupamento o cidadão só merecia crédito declarando-se "oposição " Quando se submeteu a ordem de colocar um P na sua legenda, para continuar a se nutrir, com um eleitorado confiante na democracia, passou a aceitar qualquer ordinário que lhe desse votos a fim de sobreviver sempre no governo. "Se hay gobierno estoi a favor" Carlos Edison Domingues
ResponderExcluirAlguém avisa o noblat que o PMDB é governo. Tem o vice-presidente Michel Temer.
ResponderExcluirTchê, Polibio: a moça aí da foto, na posição que está e o detalhe da iluminação, dizem tudo.
ResponderExcluirComo disse Reagan:"Eu achava que a política era a segunda profissão mais antiga. Hoje vejo que ela se parece muito com a primeira".
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk...
PMDB a maior prostituta, mas tem muitas outras dos PTRALHAS!
ResponderExcluirO primeiro comentarista está com toda razão, o Ulisses foi assassinado porque a esquerda sozinha, o PT e as outras porcarias, nunca conseguiriam se manter no poder por mais de 4 anos, para isso precisariam do apoio do PMDB e de lixos dentro deste partido, como o Sarney, Renan Canalha, Michel Temer, entre outros menos conhecidos!
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