A ilustração ao lado é da Folha de hoje.
Foi tudo resultado de chantagem: ou dava o dinheiro, ou ficava sem obras.
Leia tudo:
Segundo Pessoa, a contribuição da empresa foi tratada
diretamente com o tesoureiro da campanha de Dilma, o atual ministro da
Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva.
Preso desde novembro do ano passado e hoje em regime de
prisão domiciliar, o empresário negocia desde janeiro com o Ministério Público
Federal um acordo para colaborar com as investigações em troca de uma pena
reduzida.
Nos contatos com os procuradores e no documento em que
indicou as revelações que está disposto a fazer caso feche o acordo, Pessoa
descreveu de forma vaga sua conversa com Edinho, mas afirmou que havia
vinculação entre as doações eleitorais e seus negócios na Petrobras.
O empreiteiro contou ter se reunido com Edinho a pedido
do então tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, apontado como o principal
operador do partido no esquema de corrupção descoberto na Petrobras e hoje
preso em Curitiba.
As doações à campanha de Dilma foram feitas legalmente.
Segundo os registros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), foram três: duas em
agosto e outra em outubro de 2014, dias antes do segundo turno da eleição.
Se Pessoa fechar o acordo de delação premiada com os
procuradores, ele terá então que fornecer provas e detalhar suas denúncias em
depoimentos ao Ministério Público e à Polícia Federal.
Em janeiro, Pessoa já havia indicado sua disposição de
falar sobre a campanha de Dilma Rousseff em documento escrito na cadeia e
publicado pela revista "Veja". "Edinho Silva está
preocupadíssimo", escreveu o empresário.
CAIXA DOIS
Pessoa também afirmou aos procuradores que fez
contribuições clandestinas para a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva à reeleição, em 2006, e a do prefeito petista de São Paulo, Fernando
Haddad, em 2012.
O empreiteiro disse que deu R$ 2,4 milhões à campanha de
Lula, via caixa dois. O dinheiro teria sido trazido do exterior por um
fornecedor de um consórcio formado pela UTC com as empresas Queiroz Galvão e
Iesa e entregue em espécie no comitê petista.
Pessoa afirmou também que, a pedido de Vaccari, pagou
outros R$ 2,4 milhões para quitar dívida que a campanha de Haddad teria deixado
com uma gráfica em 2012. O doleiro Alberto Youssef, outro operador do esquema
de corrupção na Petrobras, teria viabilizado o pagamento.
Segundo o empreiteiro, o valor foi descontado de uma
espécie de conta corrente que ele diz ter mantido com Vaccari para controlar o
pagamento de propinas associadas a seus contratos na Petrobras.
Pessoa também promete revelar às autoridades detalhes
sobre seus negócios com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que hoje
cumpre prisão domiciliar por seu envolvimento com o mensalão.
O empreiteiro, que pagou R$ 3,1 milhões à empresa de
consultoria de Dirceu entre 2012 e 2014, diz que o contratou para prospectar
negócios no Peru, mas afirmou aos procuradores que a maior parte dos repasses
foi feita após a prisão do ex-ministro, para atender a um pedido de ajuda
financeira da sua família, em razão de sua influência no PT.
OUTRO LADO
O PT rejeitou as acusações do empresário Ricardo Pessoa e
afirmou em nota que todas as doações à campanha da presidente Dilma Rousseff em
2014 foram feitas de acordo com a legislação eleitoral.
O partido ressaltou que as contas da campanha de Dilma
foram aprovadas por unanimidade na Justiça Eleitoral.A assessoria do ministro Edinho Silva, chefe da
Secretaria de Comunicação Social, que foi o tesoureiro da campanha
presidenical, informou que a nota do PT deveria ser considerada sua reposta às
alegações do empreiteiro. A Presidência da República e a assessoria do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disseram que não fariam comentários
sobre o assunto. O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou que as
doações à sua campanha foram todas feitas de acordo com a lei, e que as dívidas
foram absorvidas e quitadas posteriormente pelo PT. O advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, que defende o
ex-tesoureiro petista João Vaccari Neto, disz que ele só captou doações legais
para o partido e não participou do esquema de corrupção descoberto na
Petrobras.
O advogado do ex-ministro José Dirceu, Roberto Podval,
informou que seu contrato de consultoria com a UTC tinha como objetivo
prospectar negócios no Peru, sem qualquer relação com a Petrobras.
Correção: Num acordo que não ocorreu e que dificilmente ocorrerá, o empreiteiro Ricardo Pessoa, preso em novembro do ano passado e hoje em regime domiciliar, delataria as mais importantes figuras do PT, criminalizando doações legais à campanha da presidente Dilma e envolvendo ainda o ex-presidente Lula, o prefeito de São Paulo Fernando Haddad e o ex-ministro José Dirceu; rascunho do suposto acordo com os procuradores da Lava Jato foi vazado ao jornal paulista para constranger as figuras petistas; a própria força tarefa reconhece que o empresário descreve as situações de forma vaga......
ResponderExcluirTUDO ISSO E NADA ACONTECE ?
ResponderExcluir- Coisa chata, discutir alguns "milhonzinhos" $$ dinheiro de "51" pinga. Tudo contabilizado. Dinheirinho de "quebra de caixa" (sobra de moedinhas) no fechamento do caixa, caixa 2 é claro. Perto do que é capaz um certo "ParTidinho, tudo isto é "fixinha".
ResponderExcluirEssa Folha de São Paulo......Ao comentar a manchete deste sábado da Folha de S. Paulo, sobre o que pode vir a ser a delação premiada (que não foi feita) do empresário Ricardo Pessoa, o jornalista Ricardo Kotscho afirma se tratar de mais uma tentativa de alimentar o projeto golpista no País; "Disse como, a quem, aonde, quando, em que circunstâncias? Como já se tornou rotina na cobertura da Operação Lava-Jato, tudo é vago e colocado no condicional, não há resposta para estas perguntas, não se apresentam provas e as fontes são sempre anônimas, mas o conjunto da obra cumpre sua tarefa de municiar os porta-vozes da oposição, sempre em busca de um fato novo para pedir o impeachment da presidente, criminalizar o PT, colocar o governo na defensiva e tirar Lula da disputa sucessória".
ResponderExcluirE ainda tem gente que duvida que seja um "governo do crime organizado"!!! A Máfia chega a estar com inveja diante de tanta "criatividade"!
ResponderExcluirQuer-se dizer, ninguém recebeu nada, mas ele pagou e ficou com provas. Psicopatas.
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