PSDB pede para Ministério Público investigar ministro da Comunicação Social

O PSDB quer que o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Thomas Traumann, seja investigado pelo Ministério Público Federal (MPF). Ao solicitar a abertura de investigação, os tucanos falaram em “possível crime de responsabilidade administrativa praticado” pelo subordinado da presidente Dilma Rousseff.
O pedido foi protocolado na última sexta-feira, 20, pelo líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Carlos Sampaio (SP), o primeiro da foto ao lado. No documento, o parlamentar paulista fala em ações da Secom que, na visão dele, violaram “os princípios da administração pública descritos pela legislação”. Para o deputado, o órgão comandado por Traumann apresentou “completa dissonância com os objetivos institucionais”.
Para a solicitação encaminhada ao MPF, Sampaio e o PSDB se basearam em reportagem publicada pelo Estadão na última semana. Na terça-feira, 17, os repórteres Valmar Hupsel Filho e Ricardo Galhardo divulgaram o conteúdo de um documento que seria reservado ao Palácio do Planalto. Sem assinatura, o material apresentou a análise de que o governo federal estava adotando estratégia “errática” na comunicação e que um dos passos para a correção seria aumentar o investimento em publicidade oficial em São Paulo, cidade gerida pelo petista Fernando Haddad.
“Percebe-se que o mote das análises realizadas pela Secom é a imagem da pessoa de Dilma Rousseff, especialmente no que se refere às questões de natureza eleitoral”, menciona o texto assinado por Sampaio. O deputado tucano garante, no requerimento, que a reportagem produzida pela dupla de jornalistas do Estadão serviu como “confissão quanto a inexistência de um fim público” dos trabalhos da Secom.
“As responsabilidades da comunicação oficial do governo federal e as do PT/Instituto Lula/bancada/blogueiros são distintas. As ações das páginas do governo e das forças políticas que apoiam Dilma precisam ser muito melhor coordenadas e com missões claras. É natural que o governo (este ou qualquer outro) tenha uma comunicação mais conservadora, centrada na divulgação de conteúdos e dados oficiais. A guerrilha política precisa ter munição vinda de dentro do governo, mas ser disparada por soldados fora dele”, afirma parte do documento revelado pelo Estadão e mencionado pelo líder do PSDB na Câmara.


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