Na sua newsletter desta tarde, a consultoria Empiricus informou ao editor que diversos setores e indicadores da economia estão nos
níveis de mais de 10 anos atrás, e, mesmo sob a nova metodologia de cálculo do PIB, o
primeiro mandato Dilma termina com crescimento médio anual de 2,1%, o menor da
história republicana desde Floriano Peixoto (com o país basicamente em guerra,
no século 19), considerando Collor+Itamar como um ciclo de governo completo.
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O principal culpado
A desaceleração da economia brasileira foi generalizada
no ano passado.
Mas, fôssemos elencar um “principal culpado”, apolítico,
seria a indústria, cuja conta engloba as atividades manufatureiras e
extrativas, construção civil e a produção e distribuição de energia e gás.
Neste bolo todo, a soma de tudo o que foi produzido
marcou retração de 1,2%, número superado apenas pelo resultado negativo de
2009, quando desabou 4,8% na comparação com o ano anterior como efeito imediato
do estouro da crise americana.
O problema?
Tende a piorar. Quase como uma proxy do PIB industrial, o
Índice de Confiança da Indústria oscila entre mínimas históricas e o cenário
agora virou, para mal.
A indústria apurou retração de 1,2% no ano passado sob um
ambiente de desoneração da folha, incentivos ao consumo e fiscais (como IPI
reduzido, por exemplo), e um cenário inflacionário muito mais agradável, embora
não agradável, especialmente no que diz respeito a custos relacionados à
mão-de-obra, energia, e matérias-primas importadas.
Temos pela frente um ano de ajustes, que a depender da
intensidade fatalmente irá acabar asfixiando ainda mais a capacidade do setor
produtivo, em que pese a contribuição do dólar para as empresas exportadoras.
Pior do que está, infelizmente já ficou.
A decepção americana
Se comemoramos “crescimento” de 0,1% por aqui, lá fora o
crescimento de 2,2% da economia americana é motivo de decepção.
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